𝐁𝐀𝐂𝐊 𝐓𝐎 𝐁𝐋𝐀𝐂𝐊 • 𝐡𝐨𝐮𝐬𝐞 𝐨𝐟 𝐭𝐡𝐞 𝐝𝐫𝐚𝐠𝐨𝐧

𝟎𝟏 - 𝐬𝐚𝐲 𝐡𝐞𝐥𝐥𝐨 𝐭𝐨 𝐭𝐡𝐞 𝐝𝐞𝐚𝐭𝐡

Os antigos costumam falar que quando o Deus da morte vem nos buscar nós sentimos antes. Alguns não aceitam e sofrem com o frio da morte até que ela realmente chegue. Outros, por outro lado, esperam o chamado do Deus da morte com calma e serenidade. A morte é fria, para alguns sombria mas para outros serena, para uns o fim e para outros apenas o começo.

Bem, na teoria a morte deveria ser fria para todos mas quando Rhaenyra Targaryen morreu, sua morte foi de um calor intenso e reluzente que a cegou antes que as chamas de Sunfyre a envolvessem e os dentes afiados do dragão de seu meio irmão rasgassem sua pele.

Rhaenyra Targaryen teve tempo de apenas levantar a cabeça para o céu e gritar um último insulto ao meio-irmão antes que a boca de Sunfyre se fechasse em volta dela, arrancando um braço e um ombro. O dragão dourado devorou a rainha em seis mordidas, deixando apenas a perna esquerda, a partir da canela para "O Estranho". Elinda Massey, a mais jovem e dedicada dama de companhia de Rhaenyra arrancou os próprios olhos ao ver a cena, enquanto Aegon, o Jovem, filho da Rainha, observou horrorizado a morte da mãe.

No vigésimo segundo dia da décima lua do ano 130 após a conquista de Aegon, Rhaenyra Targaryen, deleite do reino e Rainha de Meio ano morria aos Trinta e três anos de idade.

Bom, pelo menos era isso que ela e todos acreditavam...

A rainha acordou em sobressalto, tinha certeza que o que viveu não tinha sido um sonho, ao abrir os olhos, se viu em um quarto semelhante ao seu em Pedra do Dragão. Ao se levantar, Rhaenyra abriu as portas em desespero atrás de seu último filho vivo. A cada cômodo vazio o pânico ia sufocando o peito da platinada.

— AEGON, ONDE VOCÊ ESTÁ? SUA MÃE ESTÁ AQUI MEU DOCE MENINO! — Rhaenyra suplicava com lágrimas nos olhos, esperando que seu filho viesse de encontro com ela.

— Ele não está aqui. — Rhaenyra virou-se em um sobressalto e deu de cara com um homem alto, com cabelos cinzas, vestes negras e com cicatrizes no rosto mas o que mais a surpreendeu foi a falta do olho esquerdo do homem.

Ao contrário de seu meio-irmão traidor, o homem não havia nenhuma safira no lugar onde deveria estar seu olho, apenas uma abertura que o deixava mais sombrio ainda.

— Quem é você? É mais um dos malditos traidores que se bandearam para o lado de meu irmão usurpador? — Ao ouvir as palavras da Rainha, o homem gargalhou e com desdém olhou para a platinada — RESPONDA, É UMA ORDEM!

Rhaenyra não aguentava mais, as lágrimas caíam de seus olhos sem que a mesma percebe. Sua maior preocupação era como Aegon estava, se havia comido, se estava descansado e principalmente se estava vivo.

— Só me diga como meu menino está, por favor.. — A súplica da mulher fez o homem erguer uma de suas sobrancelhas e suspirar, colocando uma de suas mãos na mesa a qual estava em sua frente.

— Você está morta. — Disse o homem ignorando a pergunta com um sorriso ardiloso vendo o quão patética a mulher a sua frente parecia ser. Rhaenyra não sabia mais no que acreditar, em quem acreditar, após tantas traições a mesma desconfiava até de sua própria sombra.

O homem desconhecido e a platinada já estavam a uns longos minutos em um completo silêncio, Rhaenyra mexia em seus anéis enquanto olhava para a face do homem sentado em sua frente. O silêncio continuou até a entrada de duas mulheres, ao ver as duas adentrarem ao cômodo o homem se levantou. Rhaenyra tinha certeza que se não estava mesmo morta, logo realmente estaria. Ambas as mulheres olhavam para Rhaenyra, a única diferença é que enquanto uma tinha um olhar de compaixão a outra tinha um olhar extremamente sério. Ambas eram mulheres lindas, diferentes uma da outra mas lindas, a primeira ao adentrar ao cômodo, exalava seriedade, sua aparência e vestimenta eram dignas de uma deusa, sua pele era negra, seus olhos castanhos, lábios carnudos e uma postura inabalável. A outra, por outro lado, exalava delicadeza, seus cabelos eram loiros acizentados, assim como o de sua Avô, a princesa Alyssa, seus olhos eram azuis como o mar e exalavam compaixão.

— Irmãs. — O homem acompanhava com o seu único olho a entrada das mulheres, Rhaenyra se surpreendeu com o fato dos três serem irmãos pois não carregavam nenhuma semelhança. — Tive quase certeza de que a intenção de vocês era me punir, não existe outra explicação além dessa para terem me deixado tanto tempo na companhia dessa criança insolente.

Rhaenyra revirou os olhos assim que ouviu as palavras do homem, obviamente direcionadas a ela.

— Balerion. — Cumprimentaram ambas as mulheres, causando mais surpresa ainda a Rhaenyra.

— Balerion? Como o Dragão do Conquistador? Como o Deus da morte? — Rhaenyra indagava o homem com curiosidade e temor. A Rainha não mais mais o que pensar, não sabia como foi parar ali e nem o porque de estar tendo essa conversa com três pessoas desconhecidas.

Balerion olhou para Rhaenyra com desdém, soltando uma gargalhada. — Quem mais você acha que seria capaz de te livrar das garras do estranho, além da própria morte?

Primeiro capítulo finalmente postado!!! O que acham que Balerion tem preparado para a Rhaenyra? E quem são essas duas mulheres?

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