Capítulo 1

1.1K 83 12
                                    


Anastácia:

Hoje este hospital estava uma loucura, eu já tinha feito três cirurgias de emergência, sou pediatra e essa é minha paixão, não suporto ver uma criança sentir dor, faço o possível e impossível para tirar sua dor.
Encerrei meu plantão e estava saindo quando minha amiga, Leila que também é pediatra, aparece na minha frente com nariz vermelho e espirrando muito.
_ Amiga você não melhorou dessa gripe ainda?
_ Ainda não Ana, e pra piorar preciso ir atender um chamado de acidente muito grave e tem criança então o dever me chama.
_ De jeito nenhum vou deixar você trabalhar desse jeito, pode ir pra casa descansar e eu vou no seu lugar.
_ Não Ana, você já esta exausta, seu plantão foi dificil.
_ Para, estou acostumada, pode deixar vou no seu lugar, a ambulância já esta me esperando?
_ Obrigada Ana, você é e melhor amiga do mundo, fico ti devendo essa, e sim a ambulância esta esperando.
Me despeço e vou rapidamente para a ambulância.
_Oi vamos para o local do acidente.
O motorista pergunta se sou Leila, e resolvo mentir que sim, para não causar problemas para minha amiga, subo na parte de trás da ambulância e fecho a porta, vejo um outro medico lá.
_ Oi, você sabe quantos feridos há no local do acidente?
Ele me encara e me corpo todo fica tenso, ele é lindo mas tem um olha frio, estranho.
_ Não sei doutora.
Ficamos em silêncio novamente, depois de algum tempo começo a estranhar a demorar pra chegar no local.
_ Nossa que demora, onde foi o acidente?
Fico em pé e quando vou chamar o motorista ele freia de uma vez e me desequilibro, quando penso que vou de encontro com o chão da ambulância, sinto braços fortes me segurar.
_ Cuidado, porra!
O tal medico fala e me assusto com sua grosseria, mas agradeço mesmo assim. Descemos da ambulância e vejo que estamos em uma fazenda.
_ Mas que droga é essa, cade o local do acidente, cadê os feridos.
_ O ferido está lá dentro doutora.
_ Qual seu nome doutor?
_ Não sou doutor, e meu nome é Christian Grey.
Vejo a ambulância dando ré e já começo a me desesperar.
_ Não acredito que isso é um sequestro?
_ Você é espertinha em doutora?
Um homem alto e forte também chega.
_ Grey, se não andar logo ele vai morrer.
_ Ande doutora, seu paciente está te esperando.
_ Não vou atender ninguém, eu vou ir embora daqui.
Falo e vou andando para onde a ambulância saiu, mas sinto mãos fortes abertar meu braço com força.
_ Ai me solta está me machucando.
_ Você vai fazer o que eu mandar se não eu vou te matar aqui e agora.
Começo a chorar e a tremer de medo, e o tal Christian sai me puxando pelo braço, até que chegamos em uma casa pequena.
_ Entre e salve aquele homem, se não eu te mato doutora.
Entro chorando muito, e vejo um médico e uma maca com um senhor baleado no abdômen.
_ Senhor Grey, se não fizermos nada agora ele vai morrer.
_ Anda doutora, anda logo.
Christian gritando e com a arma na minha cabeça.
_ Se eu fizer isso você vai me deixar ir embora?
_ Claro que sim doutora.
Não senti verdade nessas palavras, mas decidi fazer o que eu tinha pra fazer, operei o senhor a minha frente com a ajuda do medico que estava ali que descobri que era veterinário.
Quando sai pra fora da casa, o homem alto de mais cedo estava ali em pé.
_ Pronto, ja terminei agora vou embora.
_ Não tão depressa senhorita Leila.
Decidi falar meu verdadeiro nome.
_ Meu nome não é Leila, me chamo Anastasia Steele, e fala pro seu chefe que acabei, ele disse que eu ia embora quando eu terminasse.
Ele chama um outro homem pra ficar me olhando e sai às pressas para a casa enorme que fica perto dali, me sento em um a cadeira e depois de algum tempo o tal Christian Grey aparece com uma cara de quem vai atirar em alguém a qualquer momento, será que ele vai mesmo?
_ Então quer dizer que você mentiu pra mim desgraçada de merda.
Me levanto com ele puxando meu braço de novo, ele me arrasta até um quartinho minúsculo e me jogo lá dentro.
_ Desgraçada, porque a doutora Leila não veio?
_ Ela estava doente, por isso vim no lugar dela, mas eu juro, me deixa ir embora e não conto pra ninguém o que aconteceu hoje aqui.
_ É mesmo? Nem para seu irmãozinho delegado Ethan?
Droga ele descobriu que sou irmã do Ethan.
_ Não vou falar nada eu juro.
Falei chorando, e ele saiu batendo a porta com força, mas ouvi ele conversando com alguém do lado de fora.
_Tio George, o senhor precisa vir aqui, vou fazer ela acordar o desgraçado do Patrick, e então ele vai ter que nós dizer onde está o notebook.
Eu fiquei ali por muito tempo, alguém abriu a porta e trouxe comida pra mim, acho que era o homem que estava cuidando da porta.
_ Senhorita Anastásia, está aqui sua comida.
_ Não estou com fome, como é o seu nome?
_ Robert.
_ Robert, não quero nada, pode me dizer até quando vou ficar aqui?
_ Não sei senhorita.
Ele sai e vejo que não passou a chave na porta, espero algum tempo e vou para a porta e vejo que está destrancada, abro devagar, e coloco a cabeça pra fora e não vejo ninguém, corro para atrás da casa pequena onde operei o tal homem, mas quando chego atrás da casa escuto vozes, mas tem uma que me chama atenção, droga é a voz do senhor George, me abaixo em uma janela e então vejo o que eles estão conversando, Christian começa a gritar.
_ Ele estava muito machucado tio, não tinha muito mais o que fazer.
_ Essa filha da puta não presta pra nada.
O senhor George, o homem que é dono do hospital que eu trabalho, que eu confiava e admirava como profissional, está ali com uma arma na mão.
Quando menos espero ele vira para o médico veterinário e atira na cabeça do homem, me assusto e acabo fazendo barulho, penso que ninguém ouviu, mas Christian olha para a janela me vendo, ele corre para a porta, sei que vai vim me pegar, tento correr o mais rápido que posso, mas é em vão, ele é grande, forte, e muito rápido.
Me puxa pelo braço de novo, quase me fazendo cair, segura forte na minha cintura, logo me joga por cima do ombro e me leva de volta para onde os outros homens estão.
_ Me solta, seu desgraçado.
Quando ele coloca no chão acerto um soco no rosto dele, mas ele nem parece ter sentido nada, já minha mão está latejando.
_Essa mulher não serve pra mais nada Christian, pode matá- la.
_ Pode deixar tio, hoje eu mato ela, e o delegado Ethan nem vai sonhar onde a irmãzinha dele foi parar.
Todos os homens saíram e ficamos só eu e Christian, ele me encara e estou com cara de dor, minha mão está doendo muito.
_ Você colocou muita força na mão e não no pulso doutora.
_ Na próxima eu consigo fazer certo.
Ele me encara, com um olhar mortal.
_ Não haverá próxima doutora, você morrerá agora.
Ele me puxa pelo braço até um lugar cheio de árvores e vai me empurrando.
_ Por favor Christian, não me mate, por favor eu imploro.
Peço chorando muito e tremendo de medo.
_ Eu sumo e não falo nada pra ninguém, eu juro, só não me mate por favor.
Ele se aproxima e nossos corpos estão colados, ele coloca arma na minha cabeça.
_ Eu não queria matar você doutora, mas você viu o que não devia.
_ Mas eu não vou falar pra ninguém, eu prometo.
_ Não acredito em você.
Começo a chorar de soluçar, até que ele segura meu queixo, me fazendo encarar seus olhos escuros.
_ Meu tio jamais deixará você viver depois do que você viu, só tem um jeito.
_ Diga, me fale, eu faço o que você mandar, só não me mate.
Ele tira a arma da minha cabeça e fala algo que jamais imaginei ouvir.
_ Pra você continuar viva, só se casando comigo, doutora.

A Bela e a Fera Onde histórias criam vida. Descubra agora