Capítulo 01 - A Descoberta

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Un día, llegaré con un disfraz

Distinto el color, la misma face...


Pandora

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    A verdade era um absoluto grito de desespero para os sentimentos tão iludidos de Carlos Daniel. A verdade doía, ardia e desmoronava o que um dia foi o fogo ardente da paixão.

    Paola era a personificação da luxúria, da aventura e do viver. Amava a vida e os seus prazeres. Uma mulher de beleza instigante capaz de laçar qualquer um, apenas com o sorriso de seus belos lábios sempre em tons de vermelho. Com ele não foi diferente.

    Conheceu sua atual esposa em um momento complicado e de muita dor, tinha acabado de perder a mãe de seus filhos de maneira precoce e inesperada. Sua realidade era um caos com duas crianças muito pequenas que não entendiam a gravidade da situação e precisavam incessantemente da atenção total dele.

   Paola foi a válvula de escape que ele mergulhou até não poder mais, porém não se pode afundar no raso.

   — Que tipo de mulher está na minha casa? – perguntou sério para o homem sentando na sua frente. Ainda parecia irreal que sua família estava sucumbido, seus filhos amavam uma estranha, vovó idolatrava uma criminosa.

    — Sinceramente, uma pobre coitada! Uma mulher muito inteligente para certos assuntos e ingênua demais para outros. Veja bem, ela preferiu a cadeia do que se passar pela sua adorável esposa.

    — Então porque ela está aqui? Não é tão ingênua como diz.

    — Paola obrigou e caso não acredite, sugiro que observe a mulher que está na sua casa. Acredito que foi uma troca muito benéfica, o senhor ganha muito mais com Paulina. – sorriu de maneira sacana — Me entregue o dinheiro, senhor Bracho!

    — Entrego! Sou um homem de palavra, mas antes...Onde está Paola, seu ordinário?

    — Não sei.

    — Como não sabe? Você estava com ela nessa última viagem, deixa de ser mentiroso seu canalha!

    Aquilo foi o ápice. Carlos Daniel nunca foi um homem paciente e estando cara a cara com o amante de sua mulher não conseguiu ser racional. O sentimento de decepção apertavam o peito e flexionavam a sua mandíbula fortemente.

    Suas mãos firmaram no colarinho de Luciano sem deixar chances de defesa. O mundo estava completamente parado, não ouvia nada, não sentia nada.

    Calado até o presente momento, Rodrigo levantou da poltrona em que estava na tentativa de tirar seu irmão de perto do amante de Paola. Segurou fortemente o paletó de Carlos Daniel enquanto o puxava para longe.

    — Pare com isso, Carlos Daniel! Todos nós sabíamos do caráter duvidoso da sua mulher, só você que estava cego.

    — Me solta, Rodrigo!

    — Alcântara, pegue o dinheiro e nunca mais apareça na nossa frente.

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    O caminho para a mansão Bracho foi longo e regado pelas reclamações e lamúrias de Carlos Daniel sobre como a vida era cruel e injusta com ele.

    — Acalme-se! Se chegarmos em casa com você desse jeito, logo ela suspeitará. – alertou Rodrigo temendo pelas reações escancaradas do irmão. Paulina Martins era uma mulher observadora, talvez por isso não tenha demorado muito para se incluir na família Bracho e eles nunca suspeitariam se não fosse pela carta de Luciano Alcântara — Você precisa parar e raciocinar, assim como ela.

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