Oi oiii

Pensei em atualizar hoje de novo hehehe

Espero que gostem, boa leitura!!!

👫🏻

  Um mês se passou dessa forma, em passos de formiguinha, até Amanda conseguir vestir finalmente uma regata soltinha pela primeira vez. Foi um passo pequeno levando em conta do tempo que demorou para acontecer, mas um passo importante. Anderson não deixou de a motivar por aquilo, dizendo que ela estava indo muito bem.

No próximo mês, ela já conseguiu usar uma blusa solta que mostrava levemente sua barriga. Na metade desse mesmo mês, trocou as calças de moletom folgadas, para leggings, sendo muito mais prático e confortável de fazer suas aulas de exercício físico. Dois meses depois, estava com a roupa de Balé, se sentindo confiante com aquilo.

Anderson não podia estar mais feliz. Ele conseguiu acompanhar o crescimento na autoconfiança dela. Seu espetáculo, no qual ela ficou bem retraída no início, mas se soltou completamente até no fim dele, fazendo toda a plateia ir a loucura com o quão lindo foi tudo aquilo; seus abraços nos amigos; as saídas com eles quando eles a convidavam; os momentos em que ela ria alto e espontaneamente, sem medo de chamar a atenção e muito mais. Percebia o quão difícil era sair de casa todos os dias, mas ela continuava se esforçando, certos dias voltando a se encolher quando alguém passava por ela ou se protegendo com roupas largas, mas a maioria dos dias ela tentava ser ela mesma de novo.

Mesmo dando um passo para frente e, logo depois, dois para trás, ainda assim fazia ela percorrer seu próprio caminho, no seu próprio tempo. E de passo em passo, ela chegaria longe.

Naquela terça, aproveitando que era véspera de ano novo, ela decidiu que já estava na hora de agradecer devidamente a todos que mantiveram paciência com ela e seguraram em sua mão sem soltar mesmo quando ela insistiu para isso acontecer. Ela convidou Dulce, Miguel, Larissa, Gabriel, Julia, Joaquim e Anderson para jantarem na casa dela e iria fazer um delicioso frango assado com purê de batata para eles comerem.

Isso se desse tudo certo e não acabasse botando fogo na própria casa.

Ela não era uma grande cozinheira, odiava cozinhar, se estressava ao fazer essa atividade, xingava todo mundo que conseguia pensar, cheia de ódio no coração e se queimava a cada dois minutos, mas a comida não costumava a sair ruim.

Ao menos era comestível, o que já contava muito.

Além de tudo, ela queria muito impressionar eles, então se empenhou bastante. Não deixou queimar o frango, temperou na medida exata, deixou o purê bem cremoso, fez arroz bem macio e comprou um vinho doce para tomarem como acompanhamento, além dos champanhes para a hora do brinde de ano novo. Arrumou a mesa da cozinha com a sua melhor toalha e usou suas louças mais bonitas.

E quando terminou, decidiu que nunca mais faria aquilo. Puta merda, que ideia de Jerico foi ter! Ela certamente não tinha nascido para ser dona de casa, ainda bem que os tempos eram outros.

Para se desestressar, colocou uma playlist de funk pesadão e foi se arrumar. Lixou suas unhas, que estavam enormes, e pintou com um rosa claro. Se depilou, fez a própria sobrancelha (agradecendo por ser boa nisso, porque nenhum salão que ligou tinha horário para ela ir fazer) e pintou seus cabelos, cuidando para não manchar as orelhas como aconteceu das primeiras vezes que arriscou fazer aquilo em casa.

Escolheu uma roupa bonita e confortável, afinal iria receber visitas, mas ainda estaria dentro de casa. Acabou por terminar vestida com uma saia branca com um corte bonito que batia no meio de suas coxas e um top da mesma cor que era amarrado na frente. Colocou o colar com o pingente de estrela que Anderson deu a ela no dia da sua apresentação e encheu seus dedos de anéis. Ficaria descalça, já que sua casa estava um brinco e passou seu perfume e desodorante, ficando bem cheirosa.

Nossa vez - Amarson/Livro 2Onde histórias criam vida. Descubra agora