Eita que esse capítulo é um dos meus favoritos

Espero que gostem, boa leitura!!!

👫🏻

[2022]

— A porta do ônibus. Abre e fecha, abre e fecha, abre e fecha. A porta do ônibus. Abre e fecha pela cidaaaade. O passageiro. Sobe e desce, sobe e desce, sobe e desce. O passageiro. Sobe e desce pela cidaaade... – Amanda cantava, alto e animada, enquanto se remexia no banco, batendo as mãos no topo do banco em sua frente. — O neném faz. Uéim, uéim, uéim, uéim. Uéim, uéim, uéim, uéim, uéim, uéim. O neném faz. Uéim, uéi-

— Eu juro por Deus, mulher! Eu vou te dar um soco! – Daniel gritou mais alto, olhando meio de saco cheio para a mulher ao seu lado, fazendo Elídio rir baixinho no banco da frente enquanto Anderson apenas sorria cansado e continuava a dirigir. — Ninguém gosta de Xuxa, cala a boca!

— Cala a boca você! Eu cresci escutando Xuxa! Não me desrespeita! – Ela bateu nele e Daniel ofegou ofendido, batendo nela de volta, fazendo ambos começarem a se estapear e puxar o cabelo um do outro.

Elídio riu mais um pouco enquanto Anderson suspirava, levando o carro para o encostamento e puxando o freio de mão. Ele abriu a porta e deu a volta no carro, abrindo a de Daniel.

— Vai, cara. Você dirige um pouco. – Ele pediu e Daniel quase beijou seus pés.

— Você é um anjo, irmão. – Ele olhou feio para Amanda uma última vez antes de ir para o banco do motorista. — Oi, baby. – Ele sorriu pequeno para Elídio, que riu mais um pouquinho antes de se inclinar e roubar um selinho dele.

— Vem cá, amor. – Anderson se ajeitou no banco, puxando ela para seu peito. — Vamos escutar um pouco de música, assim você se acalma. — Colocou um fone no ouvido dela e o outro no seu, selecionando a playlist que já tinha feito para aquele proposito, cheia de músicas calmas onde a maioria era do Ed Sheeran.

No mesmo momento, Amanda sorriu bobinha e fechou os olhos para conseguir se concentrar melhor na melodia gostosa da música e, com a outra orelha, escutar os batimentos regulares de seu marido também.

Daniel dirigiu o resto do caminho enquanto conversava baixo com o seu noivo. Ambos estavam muito ansiosos para verem a família Nascimento outra vez, e ter o casamento se aproximando a cada quilometro também, ajudava muito.

Como o vovô não podia sair de sua cama, eles decidiram irem todos para a chácara da família de Daniel. Atrás do carro que este dirigia, vinha mais uma fila enorme, todos eles com os 5 lugares preenchidos, suportando as 14 horas de viagem apenas para estarem presentes naquele momento tão especial para os dois.

Era uma demonstração de amor que os noivos guardariam sempre com eles.

Quando já escurecia, eles chegaram no hotel beira de estrada, que passariam a noite. Era muita gente para a família de Daniel abrigar. Quando amanhecesse, eles terminariam os poucos metros que os separavam da chácara. Ficariam o dia inteiro lá, curtindo depois da cerimônia, e a noite voltariam para o mesmo hotel, pegando estrada no próximo dia, voltando para suas cidades.

Apenas Daniel, Elídio, Amanda e Anderson permaneceriam uma semana com os Nascimentos. Mas todos pareceram gostar de como ficou organizado, para que pudessem prestigiar aquele momento histórico junto com os outros.

Todos estavam bem cansados, então apagaram assim que encostaram nas camas e só acordaram quando o despertador irritante fez todos sobressaltarem, mesmo que em quartos diferentes.

Se arrumaram, tomaram café-da-manhã e, quando todos estavam prontos, pegaram estrada outra vez. Chegaram na chácara as oito da manhã. O casamento seria as dez, para terem tempo de curtirem a festa, uma vez que teriam que voltar para o hotel as nove da noite.

Nossa vez - Amarson/Livro 2Onde histórias criam vida. Descubra agora