Eles costumavam ter tudo. Até que não tinham mais. Agora, um homem quer outra chance de consertar as coisas, enquanto o outro não sabe se pode arriscar seu coração novamente.
Como chefe da máfia Tailandesa, Vegas Theerapanyakul é perigoso, implacáve...
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Eles se encontraram em um estacionamento abandonado assim que a noite caiu. Era o último lugar onde Vegas queria estar, especialmente se ele não pudesse fazer o que queria, que era atirar em Kinn em seu lindo rosto.
Mas Pete estava ao seu lado, todo silencioso e confiante, o olhar tão alerta quanto o de Vegas, então Vegas engoliu seu ódio por Kinn. Mãos cruzadas atrás das costas, ele não se conteve em revirar os olhos enquanto Kinn e seu único guarda-costas chegavam em suas Harleys barulhentas pra caramba.
Alguns passos atrás de Vegas e Pete, Jason estava atrás deles, seu único apoio.
Ao lado dele, Pete ficou tenso e Vegas se aproximou dele. Kinn estacionou e desceu da moto, deixando seu guarda-costas esperando enquanto ele se aproximava. Agora, Vegas se viu ficando tenso. Ele não tinha medo de Kinn, mas as coisas eram diferentes com Pete parado ao lado dele. Seu cérebro trouxe à tona a visão de Pete inconsciente e sangrando pela bala de Kinn e ele sibilou um suspiro, os nós dos dedos doendo quando ele cerrou os punhos.
Ele poderia fazer isso agora mesmo. Acabar com a vida patética de Kinn. Ele poderia fazer isso se permitisse que a raiva que ele estava carregando por seu inimigo escapasse de seus confins tensos. Ele poderia acabar com tudo com um maldito movimento de um dedo. Mas então ele teria que lidar com Pete, e depois de tudo que Vegas tinha feito, tudo que ele tinha feito Pete passar, ele não conseguia se ver traindo a confiança de Pete. Não acontecendo.
Vegas olhou para Kinn enquanto ele diminuía a distância. Havia algo diferente nele. Não sua aparência, embora seu rosto exibisse cortes e hematomas, provavelmente da explosão, e ele parecia ridículo como sempre, usando aquelas luvas pretas. Quando ele tirou o capacete, seu cabelo grosso pendia frouxamente em volta dos ombros. Ele usava seu corte — uma jaqueta jeans com mangas cortadas, coberta de remendos e logotipos — sobre uma camiseta preta, combinada com jeans desfiados nos joelhos e botas empoeiradas.
Era o jeito como ele andava. Vegas estreitou os olhos. Era quase imperceptível, mas o tropeço no andar de Kinn estava lá se alguém olhasse por tempo suficiente. Ele favorecia mais o lado direito do que o esquerdo. Provavelmente como resultado da explosão que quase os matou.
Kinn quebrou o silêncio, dirigindo-se a Pete quando finalmente ficou na frente deles. “Vejo que você escolheu um lado.” As palavras estavam sem o desprezo e a amargura que brilhavam em seus olhos e então rapidamente desapareciam quando ele encarava Pete.
“Não fale com ele,” Vegas latiu. “Se fizer essa merda de novo, eu vou te dar uma surra.”
Kinn levou seu tempo para desviar sua atenção de Pete para Vegas, mas quando o fez, era só ódio naqueles olhos. Exatamente o que Vegas gostava de ver.
“A única razão pela qual você não está morto e enterrado é por causa de Pete”, ele disse a Kinn. “Você pode agradecer a ele pela sua vida de merda.”
