OITO

91 17 3
                                    

De volta a casa, Pete estava sentado em seu carro na garagem

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

De volta a casa, Pete estava sentado em seu carro na garagem. O tremor permaneceu. Da cabeça aos pés, ele tremia. Esse era o efeito que Vegas tinha sobre ele, sempre teve sobre ele.

Fazia uma eternidade desde que eles tinham estado tão próximos. Num abraço desses. Uma eternidade desde que Vegas o tocou daquele jeito, mas parecia que tinha sido ontem.

E seu corpo se lembrou.

Perdido.

Talvez até o quisesse de volta.

Passou-se quase um ano desde que Vegas o salvou da bala de Macau naquele quarto de motel decadente antes de eles ficarem juntos. Antes disso, foi um empurrão e puxão constantes entre eles. Pete, tímido, Vegas lhe deu espaço para fazer a escolha. Ele deu tudo a Vegas. Não houve como se esconder, não com a forma como se conheceram.

Vegas sabia tudo sobre ele e o aceitava de qualquer forma. Amava-o de qualquer forma. Pelo menos, Pete pensava assim. Até Tay aparecer e Pete parar de reconhecer o homem com quem vivia.

A percepção de que Vegas havia traído o relacionamento deles o destruiu. Ter um lugar na primeira fila para assistir enquanto ele e Tay se tornavam o que Vegas e Pete tinham sido foi uma tortura. Tortura lenta e metódica. Mas ele sobreviveu de alguma forma.

Só que agora ele não conseguia respirar. Mesmo sentado como estava, seus joelhos estavam muito fracos.

Vegas sempre foi demais. Muito avassalador. Pete não conseguia pensar quando Vegas o tocava, não conseguia encontrar seus sentidos. Ele já se achou imune a Vegas?

Porque ele não era. Nem perto disso.

Ele soltou um suspiro e olhou ao redor. Kinn estava em casa. Pete havia parado ao lado de sua Harley Cruiser turbinada. Seu marido não estava em casa quando Pete recebeu a ligação de Vegas, o que foi um alívio. Isso significava que ele não precisava dar uma desculpa esfarrapada sobre para onde estava indo.

Mas, obviamente, esse alívio não durou muito porque Kinn estava em casa e Pete precisava de uma explicação pronta. Kinn não se importava com suas idas e vindas. Eles não eram esse tipo de pessoa. Mas se ele perguntasse, Pete queria ter algo plausível pronto.

Ele balançou a cabeça, lambendo os lábios. Kinn não merecia nada disso, mas essa era a mão que eles tinham recebido. Era tarde demais para revelar qualquer um dos segredos que Pete havia arrastado consigo para esse casamento. E ele queria paz.

“Posso fazer de você um viúvo em uma hora.”

Ele não duvidou de Vegas nem por um minuto. Seu ex não blefava. E Kinn era um monstro quando precisava ser, Pete sabia disso. Mas ele perderia quando se tratasse de Vegas. Seus inimigos não eram algo que Kinn discutia com Pete em grandes detalhes, mas ele também não mantinha Pete fora do circuito quando se tratava de merdas importantes. Então o nome de Vegas surgiu uma vez ou um milhão em sua casa. Kinn pensou que poderia vencer Vegas.

O PecadorOnde histórias criam vida. Descubra agora