Uma forte tempestade iluminava o lado de fora da pequena cabana de madeira, que quem visse de fora, juraria que era abandonada. Entretanto, a figura masculina que residia ali dentro mostrava que não. O homem de fios ralos e grisalhos encarava a lareira que era a única coisa que iluminava o local e levava calor para ambiente frio graças a chuva que caia do lado de fora. A cor de suas olheiras fundas combinavam com a cicatriz que ia de seu ombro até o início do queixo.
De repente, sua atenção lentamente foi para a porta antiga de madeira, que fazia barulhos repetitivos como se algo sólido batesse contra ela. Com um suspiro profundo, o homem se levantou de sua poltrona, se obrigando a levar seu corpo desnutrido até a entrada. Quando finalmente alcançou a maçaneta, ele abriu a porta. Com um susto, ele observou o vulto preto correndo dentro de sua sala, até a coisa perceber que não estava mais no meio da tempestade e sim dentro de algo um pouco mais quentinho - mesmo que ainda úmido.
Forçando um pouco a sua visão, o homem conseguiu perceber. Era um corvo. Não tão grande, mas também não tão pequeno, como se estivesse ainda na sua fase de crescimento. Ele conhecia bem aquele tipo de animal, usado para enviar mensagens importantes. Mas, ele achava uma crueldade o pequeno pássaro de penas negras ser mandado no meio daquele temporal.
O homem de fios grisalhos não precisou fazer nada além de levantar seu braço direito. O corvo imediatamente entendeu o comando, voando até ele e repousando no antebraço do homem.
— Você fez uma longa viagem, eu imagino. — ele falou de forma baixa, sua voz saindo como se ele estivesse se forçando a falar. O pequeno corvo carregava uma folha em seu bico, que por incrível que parecesse, estava sem uma gota de água.
Talvez algum jutsu que estava evitando aquilo.
O homem grisalho pegou o papel, antes de permitir que o corvo repousasse na poltrona que antes ele estava sentado. Pelo jeito que o pequeno pássaro praticamente desabou no macio do móvel, ele realmente estava cansado.
Quando o mais velho abriu o papel, começou a ler as palavras escritas nele, sem reconhecer exatamente de quem poderia ser aquela letra. A cada palavra lida, um pouco de ruga aparecia em sua testa quando ele franzia.
— O que? — as orbes vermelhas dele se arregalaram ao chegar no final.
“Hiruzen Sarutobi, o Terceiro Hokage de Konohagakure, fora morto em batalha.”
O homem levou a mão até a testa, enquanto com a outra ainda segurava o papel. Em estado de choque. Não que ele exatamente lamentasse a morte do velho, mas saber que alguém que fez parte de toda sua vida agora não estava mais viva, era um choque para qualquer um.
Ele não era o maior fã do Terceiro Hokage, tinha que admitir. Entretanto, o velhote’ havia sido responsável por muitas coisas boas em sua vida — só não em relação ao seu crescimento como Shinobi e pessoal.
Um suspiro escapou dele. Seria muito feio ele não comparecer ao funeral do homem que o acompanhou durante sua infância. Ele se virou para a porta entre aberta, mordendo o lábio.
— Acho que está na hora de Hiro Tamura dar as caras em Konoha, não é? — o homem encarou as orbes amarelas do corvo, que fez um barulho esquisito com o bico, parecendo concordar com ele.
Com um raio iluminando o lado de fora da cabana, ele havia chegado na conclusão que estava na hora de voltar para casa.
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𝐀𝐌𝐎𝐑 𝐄𝐌 𝐂𝐀𝐌𝐏𝐎 𝐌𝐈𝐍𝐀𝐃𝐎, tsunade senju
Fanfiction𝐀𝐌𝐎𝐑 𝐄𝐌 𝐂𝐀𝐌𝐏𝐎 𝐌𝐈𝐍𝐀𝐃𝐎 │ ◜Tenho apenas dois arrependimentos na vida. E um deles foi não ter te feito minha quando pude.◝ (⸝͟ၑ︠ ) ━━ Um dos maiores arrependimentos de Hiro foi nunca ter insistido na sua paixão por Tsunade Senju quando...