Prática

26 3 0
                                    

Entrei na aula de feitiços e vi NOVO MAPEAMENTO DA SALA escrito em negrito no quadro-negro. Cruzei os dedos esperando que ele me colocasse ao lado de June, mas ao dar uma rápida olhada na tabela de lugares, minhas preces permaneceram sem resposta. Vi meu nome no fundo da sala e ao lado dele havia um nome que fez meu sangue ferver. Oliver Wood.

"Professor Flitwick?" Olhei para o homenzinho sentado ao lado da mesa.

"Sim, querida?" Ele olhou para cima, seus olhos amigáveis brilhando por trás dos óculos redondos.

"Será que eu poderia sentar em outro lugar?" Perguntei.

"E qual seria o motivo?" Ele olhou para mim interrogativamente.

"Bem, eu realmente não gosto do colega que está ao meu..." eu disse em voz baixa.

"Bem, é melhor você começar a gostar." Flitwick riu, me mandando para o meu lugar.

Sentei-me à mesa a contragosto, deitando a cabeça nos braços.

Ouvi Oliver se sentar ao meu lado alguns minutos depois.

"Ei, Stone." Eu ouvi a voz dele. "Pronta para o seu jogo no sábado?"

"Eu nem estou preocupada." Eu sorri, levantando a cabeça dos braços. "É a Lufa-Lufa."

"Você parece muito arrogante para uma iniciante," Oliver sorriu, cruzando os braços.

"Falando em iniciantes arrogantes, não pense que esqueci como você levou um balaço na cabeça na primeira partida." Eu gargalhei vitoriosamente, observando as bochechas de Oliver ficarem vermelhas.

"Isso só foi uma vez." Ele resmungou. "Olha, eu queria propor uma coisa."

"Nossa, pensei que você nunca fosse pedir! Sim, você pode ter minha mão, vamos casar!" Levei as mãos à boca, fingindo excitação.

"Algum dia, minha querida, mas neste caso, não era isso que eu ia perguntar." Oliver riu.

"Que pena, eu já estava planejando o tipo de veneno que colocaria no seu café da manhã." Dei de ombros, recostando-me na cadeira.

"Tenho certeza que você seria uma excelente viúva", Oliver deu uma risadinha. "Mas eu ia sugerir que realizássemos um treino em conjunto."

"Este é algum plano estranho para descobrir a nossa estratégia?" Eu perguntei, estreitando os olhos para ele.

"Não, só pensei que vencer um amistoso seria um bom impulso moral para o meu time." Oliver riu.

"Ah, você conseguiu o que queria, pequeno Oliver." Eu rosnei. "Amanhã de manhã, seis da manhã em ponto."

"Você vai a um encontro, querida", disse Oliver, recostando-se sobre seus livros.

~~~~

Era uma manhã fria, a geada salpicava o chão da manhã, fazendo parecer que havia nevado levemente. Mesmo nos vestiários eu conseguia distinguir minha respiração em contraste com o ambiente.

"Tudo bem, time, joguem como se fosse um jogo oficial e certifiquem-se de esmagá-los", eu disse, vestindo o que restava do meu uniforme de quadribol.

Olhei para meus companheiros de equipe. Todos pareciam bastante cansados e, para ser justa, o dia ainda estava muito cedo.

"Stone, você vai nos matar." Roger Davies, um artilheiro do segundo ano que eu suspeitava que eventualmente seria capitão, gemeu, encorajando os gemidos do resto do time.

"Ah, vamos lá! Este será um bom treino de sábado", eu disse. "Vocês se juntaram a esta equipe para trabalharem duro, não para reclamar."

Entramos em campo às seis horas em ponto e encontramos o time da Grifinória já esperando.

Perseguindo o Goleiro Onde histórias criam vida. Descubra agora