Natal

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As férias de inverno chegaram mais rápido do que eu esperava, e eu estava na cozinha da minha antiga casa, me preparando para os feriados de final de ano.

"Então, como foi seu quinto ano em Hogwarts, querida?" Minha mãe perguntou enquanto limpava a casa para a chegada de nossos convidados de Natal, os Woods.

"Ah, como sempre, muito bom." Dei de ombros.

"Ouvi dizer que Oliver também foi nomeado capitão." Ela disse com indiferença, colocando os pratos na mesa.

"Sim, infelizmente." Eu grunhi, pegando um punhado de amêndoas do armário.

"Ah, não seja assim." Eu podia ouvir o sorriso da minha mãe. "Eu sei que você vai pegar leve com ele."

"Mãe, já faz o quê, 10 anos?" Eu disse, enfiando o punhado de amêndoas na boca. "Ainda não amoleci com ele e não pretendo fazr isso tão cedo."

"Ele é um garoto legal-"

"É quase como se a senhora quisesse que ele fosse seu filho e eu qualquer outra da família." Eu zombei.

"E muito bonito também." Minha mãe balançou as sobrancelhas, ignorando meu último comentário.

"Se você gosta tanto dele, então vá se casar com ele." Revirei os olhos.

"Isso é o que espero que você faça." Ela riu. "Além disso, eu amo muito o seu pai, mesmo que ele não esteja mais conosco."

Ficamos em silêncio. Meu pai havia morrido há apenas alguns anos, de uma doença sanguínea terminal que lhe foi transmitida durante a primeira guerra. Às vezes, a casa ainda parecia bastante vazia sem ele e eu não conseguia imaginar o que minha mãe devia ter sentido. Meu pai nasceu trouxa; Conrad Emory Stone. Ele foi um Auror até sua morte prematura. Lembrei-me dele trabalhando até tarde e, para compensar, sempre voltando para casa com doces ou pequenos presentes. Às vezes eu acordava cedo só para vê-lo tomar café antes de ir para o trabalho. Foi ele quem me ensinou a andar de vassoura quando eu tinha apenas dois anos e meio. Sorri com as lembranças e olhei para minha mãe, que também tinha um sorriso triste aparecendo nos cantos dos lábios.

"Ele também te ama muito, mãe." Eu disse suavemente, antes de sair da cozinha.

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DING DONG

"Eu abro!" Gritei escada abaixo, enquanto corria para a porta.

Abrindo a porta, vi Oliver Wood parado timidamente ao lado de seus pais. Era fácil dizer de quem ele herdou seus genes, já que seu pai era facilmente decifrável como um jovem alto e bonito. A mãe de Oliver, por outro lado, era uma mulher baixa e rechonchuda, com um rosto gentil e um sorriso caloroso.

"Olá, Sr. e Sra. Wood." Eu sorri calorosamente. "Olá, Oliver."

"Ah, olá querida, que bom ver você!" exclamou a Sra. Wood, puxando-me para um abraço apertado.

"Se acalme, Margaret, você está sufocando a pobre garota." Sr. Wood sorriu, suas feições magras instantaneamente se iluminando com um sorriso brilhante, mostrando seus dentes perfeitos que eram idênticos aos de Oliver.

"Marge, Richie, que bom ver vocês!" Ouvi minha mãe gritar, correndo até a porta.

Fui dispensada quase instantaneamente, e o abraço forte de Margaret Wood agora estava sendo retribuído por minha mãe.

"Bem, entrem, né?" Minha mãe disse, um pouco ofegante com o abraço apertado.

"Não estávamos planejando voltar para casa tão cedo." O Sr. Wood riu e entrou.

"S/n, mostre ao Oliver o quarto dele, e depois que fizerem isso, ocupem-se com algo para fazer até o jantar." Minha mãe sorriu, me afugentando.

Comecei a subir as escadas, apenas para me virar na metade do caminho.

Perseguindo o Goleiro Onde histórias criam vida. Descubra agora