𝟎𝟏 : 𝘁𝗵𝗲 𝗰𝗵𝗶𝗹𝗱

325 25 10
                                    


chapter one ― point of viewriku

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

chapter one ― point of view
riku




AO ABRIR a nostálgica porta de madeira, deparo-me com um grande vazio, como se nunca houvesse residido uma família entre aquelas paredes. Encaminho-me até as grandes janelas, tapadas pelas cortinas brancas, e o lar se preenche em vida devido a luminosidade natural transpassada repentinamente. Ao lado contrário, há um balcão americano, que possui o objetivo de desunir a cozinha da sala de estar, constituída próxima às janelas, de forma que, ao sentar-se no sofá carmesim, era possível, ao mover sua visão ao lado, observar a rua, o céu e a natureza.

Rente a entrada da residência, há um corredor. Em suas paredes haviam rabiscos, o único sinal de que haveria, um dia, alguma criança vivendo no local. A passagem levava a três portas: uma à esquerda, um quarto de hóspedes; outra à direita, um banheiro espaçoso e luminoso; e outra à frente, a suíte principal, em que comportava, em tempos passados, um casal jovem e amoroso.

Admirando a casa tão pouco vívida, me recordo de memórias passadas. Passo a mão pelos rabiscos eternos desenhados pelas paredes por uma criança solitária, em busca de atenção daqueles que amava. Rememoro das mãos trêmulas de minha mãe e dos ombros largos de meu pai. Lembro-me da sensação de desamparo e do barulho agudo emitido pela máquina de batimentos cardíacos. Por fim, eu suspiro.

Descendo as escadas laterais, que resultam na pequena entrada ao andar de cima do prédio, ao lado de uma cafeteria de esquina do centro de Musutafu, decido, finalmente, voltar ao meu passado, há muito tempo esquecido. Ao entrar no estabelecimento, o sino acima da porta soa suavemente, trazendo a atenção do recepcionista para o novo cliente. Keigo me encara ao mesmo tempo que o balancear do sino se esvai e o silêncio se faz presente entre nós. Seu cenho se franze, contudo, sem demora abre-se espaço para um sorriso caloroso.

"Riku?" Sua voz soa de maneira espalhafatosa, apressadamente saindo de trás do balcão e locomovendo-se até mim.

"Keigo." Eu o respondo, aceitando seu abraço desengonçado, retribuindo-o de forma que meus pés se desencostem do chão. Em poucos momentos, estava sendo puxada para dentro da cozinha, encontrando Touya, ocupado mexendo em uma massa fresca.

"Touya!" O tom animado presente na voz de Keigo é o suficiente para que ele olhe imediatamente para seu marido e, consequentemente, para mim. Seus olhos se arregalam com a minha presença repentina, abrindo os braços para que eu fosse ao seu encontro. Seguindo seu pedido, seus braços me rodeiam em um abraço afetuoso, de maneira que ele nos gira pela cozinha em felicidade. Quando nos afastamos, estou tão suja de farinha quanto o próprio confeiteiro.

"Riku, o que aconteceu?" Ele me questiona de modo preocupado, eu lanço-lhe um sorriso, grata por ser motivo para seu desassossego. No entanto, não o respondo.

𝐒𝐓𝐑𝐀𝐖𝐁𝐄𝐑𝐑𝐘 𝐅𝐋𝐀𝐕𝐎𝐑 𝐊𝐈𝐒𝐒 ; katsuki bakugouOnde histórias criam vida. Descubra agora