Golden

Prólogo!

Sangue, suor e cansaço. Eram as únicas coisas que rodeavam o corpo jovem, além da sensação de missão cumprida que também se fazia presente naquele momento.

Após solicitar a limpeza no local, entrou no carro que havia estacionado a poucos metros dali e trocou de roupa lá mesmo, jogando as sujas em um matagal pelo qual passou ao dirigir até o clube de taekwondo próximo dali.

Estacionou e torceu para que ele não sentisse o cheiro de sangue no veículo moderno. Em alguns minutos, o adolescente entrou e sentou no banco do carona, com um sorriso radiante estampado no rosto, jogando a mochila no chão.

— Como foi a aula, lobinho? Ao que parece, se divertiu bastante. — não tirava os olhos da estrada, mal podia encará-lo.

— Tudo ocorreu tão bem, maninho! O professor me elogiou na frente de todos e disse que eu era um dos melhores ali. — o garoto falava com entusiasmo enquanto encaixava a fivela do cinto em seu lugar.

Sentia o cheiro de limão bem presente do pequeno alfa, indicando que ele estava realmente animado. Talvez por isso que não percebeu nenhum perfume metálico e vermelho ali. Seu irmão era um pouco desatento, isso facilitava as coisas.

— Estou orgulhoso de você, Jungwon. Continue assim! — pela primeira vez naquele dia, sorriu junto com ele. Estava se sentindo um pouco mais tranquilo e pôde até respirar fundo.

— Noona. — o tom manhoso e pidão o alertou de que ele queria algo. Estava certo. — Podemos jantar no Panda Express hoje? Por favor! Faz tanto tempo que não comemos em um restaurante de verdade.

— Ontem mesmo almoçamos no meu preferido, lobinho.

— Eu disse restaurante de verdade, não aquela gororoba que você chama de comida. — rebateu risonho, observando a expressão do ômega mudar da água para o vinho, cerrando os olhos.

— Pelo visto tem alguém aqui querendo voltar a pé 'pra casa, não? — sua única resposta foi uma gargalhada sincera do mais novo, não pode deixar de o acompanhar.

Kim Jungwon era seu maior tesouro, seu irmão caçula e única família que possuía. Não deixaria nada acontecer com ele e mataria quem tentasse, ouvindo o sujeito implorar por misericórdia.