22 | lindo vestido vermelho.

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Killer's vision

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Killer's vision

Acordo sentindo uma pressão na cabeça, meu corpo doía e as lágrimas molhavam meu rosto.
Me levanto para buscar um copo d'água. Andei pela casa, chegando na cozinha vi minha mãe preparar um lanche que ela sempre fazia de noite.

- oi filho, vai querer pipoca? - perguntou ela - tá salgadinha do jeito que gosta.

- quero não mãe, minha cabeça tá doendo eu vim buscar água. Tem algum remédio? - digo, ela logo me entrega uma pílula - obrigado. - jogo em minha boca e tomo ali mesmo - boa noite, te amo.

- eu também filho, qualquer coisa me chama que eu tô acordada. - fez um leve carinho em meus cabelos e beijou minha testa sorrindo levemente

Caminho e subo as escadas sentindo minha cabeça pulsar de dor. Deito na cama implorando para ficar bem e para não acontecer nada de errado. Eu sabia que ele queria ficar no comando, e isso sempre me dava medo e mais raiva.

- tudo vai ficar bem - digo respirando fundo - eu vou deitar, dormir, acordar e nada vai ter acontecido, porque nada de errado irá acontecer. - sinto meus olhos encherem de água - não pode acontecer de novo. - sussurro fechando os olhos e me deitando na cama.

Me remexo na cama sentindo o suor descer pela minha testa, me sentia cada vez mais nervoso e o remédio parecia não fazer efeito. Me levando indo até o banheiro, lavo meu rosto com água gelada para ver se aquela agonia se dissipava, novamente respiro fundo.
Me olho no espelho, meu rosto estava inchado e meus olhos um pouco vermelhos, respiro e fecho meus olhos tentando ao máximo ficar calmo.

Derrepente sinto a dor passar e me olho novamente no espelho sorrindo com os lábios fechados. Saio do banheiro me sentindo mais tranquilo mas ainda sentia a raiva percorrer meu corpo,vou até o meio do quarto me ajoelhando e abrindo uma parte solta do azulejo do chão que tinha um buraco onde poderia esconder qualquer coisa.

Puxo uma caixa de dentro do buraco e o deixo fechado, caminho até minha cama e olho para janela vendo nem tantas pessoas na rua, suspiro feliz.

Abro a caixa em que guardava minha roupa e rapidamente coloco a fantasia e pego a faca que também estava dentro da caixa, limpo ela e olho meu reflexo, prendo meus cabelos e a fecho com a tampa pegando logo depois a máscara e a colocando em minha cabeça.

- mãe, vou tomar banho para ver se a dor passa, vou trancar a porta! - grito da porta escutando ela gritar "tudo bem", tranco a porta e vou em direção a janela vendo que já não passava quase ninguém.

Aproveito que a rua estava praticamente vazia e pulo a janela, minha casa não é tão alta, isso é uma vantagem para mim. Arrodeio a casa e começo a andar pelas sombras para ninguém conseguir me ver.

Coloco a faca em meu bolso e ando até um beco próximo, ficando por ali, esperando que alguém passasse.

Eu precisava descontar em alguém, e como não tinha ninguém específico como das últimas vezes, tinha que esperar que alguém passasse. Matando era e é a única forma em que me sentia aliviado.

Escuto passos e espero. Uma mulher loira andava vestindo um lindo vestido vermelho, olhava o celular distraída e sorria, espero ela se aproximar e a pego de surpresa a fazendo derrubar o celular no chão e levantar os braços em espanto, coloco rapidamente minha mão em sua boca para abafar seus gritos.

- por favor me solte... - diz ela com a voz trêmula

- vai ser rápido, eu juro. - mantenho uma mão em sua boca e com a outra pego a faca no meu bolso, empurro a tampa para baixo que saiu facilmente e mantenho minha mão baixa, prendendo a mulher com a outra.

- senhor, eu juro que eu não devo nada a ninguém, me deixa ir embora. - dizia com uma voz de choro

- Você que inventou de passar por aqui. - levo a faca até seu pescoço o cortando e vendo o corpo cair mole no chão, subo em cima do mesmo e começo a esfaquear fortemente seu corpo, descontando todo a minha frustração e minha raiva.

Respiro fundo e puxo a faca de dentro de seu peito vendo o objeto melado pelo sangue, puxo o corpo para mais perto da parede e a observo toda machucada vendo o sangue escorrer por seu pescoço, sorrio contente.

Uma verdadeira obra de artes.

Limpo minha faca na luva da fantasia e observo a rua vendo que não havia ninguém então começo a andar para minha casa.

Subo na grande lixeira que ficava ao lado do lugar em que havia pulado antes pegando na parte aberta da janela, pego impulso e me puxo para dentro do quarto.

Vou até o banheiro com um leve sorriso no rosto levando a faca que ainda estava melada de sangue por não ter conseguido limpar, gostava de deixar ela brilhante ao ponto de ver meu reflexo. Limpei a faca e a deixei em cima da pia, me olhei no espelho soltando meus cabelos que estavam presos, pego a pequena escova que deixava ali e penteio os fios lembrando dos corpos mortos e cheios de sangue, sorrio e me olho no espelho, finalmente acordando e voltando para a realidade.

- o que eu fiz... - arregalo meus olhos e solto a escova na pia - não... Não... - saio do banheiro e coloco minha mão em meu rosto, sentindo as lágrimas caírem por toda minha bochecha.

Pego a faca e a deixo na cômoda, me jogo na cama e coloco minhas mãos no rosto. Era sempre assim, eu deixava meus pensamentos se esvaziarem e ficava triste, e esse sentimento se transformava em raiva, uma raiva absurda que fazia minha outra parte acordar.

Minha parte ruim, que só pensa em matar, que quer descontar suas frustrações cortando corpos. Essa era minha parte em que queria destruir, a odiava com todas as minhas forças. E oque me dava mais ódio era que eu sempre tinha flashback dos acontecimentos. Eu não queria fazer, mas a minha outra parte era mais forte do que eu.

Não gosto de violência, odeio filmes que têm mortes e sempre me revolto, odeio ver pessoas machucadas e se fosse possível eu tiraria toda dor que elas sentem.

Mas o outro eu, ele amava, sentia prazer, e era sempre assim.

Eu não queria fazer, mas eu tinha, era como se eu desmaiasse e deixasse minha outra parte me dominar e só "acordava" quando ela estivesse satisfeita e já tivesse feito todo o seu trabalho. Foi assim com todas as mortes; Rosé, Lisa, Chae Soobin, Tzuyu, Donghyun, Karina... E eu me arrependia amargamente de algumas. Mas não tinha muito oque fazer, no fundo, eu sei que eu realmente gostei de me livrar deles.

Continua...

☆☆
1124 palavras

Tulipas Azuis | HyunlixOnde histórias criam vida. Descubra agora