Ambos se dirigiram a caminhos opostos (por enquanto). Um foi treinar enquanto se dirigia à capital.
E o outro? Bem... Isso vamos ver agora.
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Asta, depois de conter um pouco a sua emoção, passou um tempo revisando o seu grimório.
A emoção foi tanta que só agora ele havia percebido a falta do trevo que tinha em todos os demais grimórios.
– Que coisa estranha – abriu o grimório para ver as coisas escritas. – Bem, a primeira folha eu não consigo ler nada e tem a imagem de um espelho, enquanto a segunda é a magia daquele homem que me atacou.
– Eu queria muito saber o que está escrito, mas não dá pra ler nada – falou o garoto, ficando cabisbaixo, mas logo pensou em uma solução. – Será que aquele velho da torre sabe ler essa coisa??
Asta, sem esperar nenhum segundo a mais, foi correndo para dentro da torre do grimório.
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– Então você quer que eu leia essa página porque não consegue ler nada? – perguntou o velho, meio surpreso por causa disso.
Normalmente apenas pergaminhos possuem línguas diferentes.
Além de que os feitiços possuem escritas fáceis para seus usuários conseguirem utilizar a magia mais facilmente.
– É isso mesmo – disse Asta, entregando o grimório ao velho.
O Chefe, ao olhar o grimório, se surpreendeu um pouco, aparentemente aquele grimório nem estava naquela torre.
– Ei garoto, quando você conseguiu e onde? – perguntou, esperando uma resposta.
– Bem, eu ganhei isso quando eu estava fora da torre, mas não tão afastado.
– Interessante – começou a ler, e se surpreendeu ao ver o que estava escrito.
Asta jurou ver como umas estrelas apareciam nos olhos daquele senhor (estranho, não?).
"Que coisa incrível, magia de cópia?! Eu pensei que essa magia era apenas um mito, mas parece que eu estava enganado" – pensou o Chefe, ao terminar de ler. As escritas naquele grimório eram de ruínas antigas; por sorte, aquele senhor já tinha o conhecimento para conseguir ler.
– Bem, garoto, pelo que eu li aqui, se trata de uma magia de cópia.
Asta, ao escutar, ficou bastante surpreso, mas logo mudou sua expressão de surpresa para uma de felicidade.
– UAU, AS CRIANÇAS DA IGREJA COM CERTEZA VÃO FICAR SURPRESOS COM ISSO!!
"Normalmente eu iria tomar cuidado com os usuários desse tipo de magia, mas pelo que eu vejo esse garoto não é uma ameaça ao reino, mas sim um garoto com bastante chances de se tornar um mago poderoso)" – pensou o Chefe.
– Muito obrigado, velho, mas agora eu tenho que sair daqui, vou treinar e ficar ainda mais forte.
O garoto saiu correndo, ia passar da porta, mas logo um pensamento veio em sua mente e aproveitou que o Chefe da torre estava ali e perguntou:
– Eh, uma pergunta... Como eu faço pra ativar essa magia??? – perguntou o garoto. O velho mudou sua expressão ao escutar a pergunta, ficando um pouco surpreso.
– No grimório não tem nada escrito sobre as condições pra ativar essa magia; no entanto, é melhor você ir testando com algumas pessoas pra ver o que possa ser.
– Certo, isso não ajuda muito, mas muito obrigado, velho, você já ajudou bastante.
Ao dizer isso, finalmente saiu do lugar.
O velho soltou um pequeno suspiro.
– Agora até eu fiquei curioso para saber como sua magia é ativada.
Mas então escutou uma batida na porta, e ao abrir, viu um homem com a mesma aparência que ele.
– Bem, ele já se foi???
– Sim, você não precisa se esconder mais... Esse ano eu vi algumas magias interessantes... Eu ia visitar a capital... Mas alguma coisa me disse pra vir aqui hoje.
– Já que tudo terminou, você pode voltar ao normal... Julius.
O tal "Julius" apenas deu um pequeno sorriso, e uma pequena luz foi vista, e ao se dispersar, uma pessoa diferente foi vista.
– E o que você achou? – perguntou o Chefe, de verdade agora.
– Com certeza, valeu a pena vir aqui... Um grimório de quatro folhas e um grimório desconhecido... O próximo exame de admissão é daqui a seis meses... Eu espero que esses garotos passem, quero revisar o grimório de quatro folhas e pesquisar mais a fundo o desconhecido.
Ao terminar de falar, ele some de repente, deixando o velho sozinho.
– Você nunca muda, não é, Julius.
Com um pequeno sorriso, o velho se retira do lugar.