Capítulo 4: Noite de Gratidão e Esperança

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Era uma noite de quarta-feira, o dia dedicado a Iansã e Xangô. Inhá se preparava para ir ao terreiro, como fazia religiosamente todas as semanas. Sofia, Lucas e Mariana já estavam em casa, cada um ocupado com suas tarefas e brincadeiras. Maria, depois de um dia exaustivo, descansava no quarto, aproveitando um raro momento de tranquilidade. As quartas era dia da família e ela tirava folga da boate para cozinhar e ficar com os filhos. Este dia era um momento especial para ela, dia de dar amor a sua família.

Inha vestiu seu vestido branco, simples e confortável, e colocou seu colar de contas, cada uma representando a força e a proteção dos orixás. Ao sair, respirou fundo e sentiu a brisa da noite acariciar seu rosto, trazendo consigo uma sensação de paz e renovação.

Chegando ao terreiro, deixou seus sapatos na porta e adentrou descalça. Desde sempre, aprendera que este é um ato de respeito e reverência ao local onde se adentra. Foi recebida com sorrisos e abraços calorosos. O lugar era um refúgio de harmonia e espiritualidade. As pessoas se moviam com gentileza, cumprimentando-se com respeito e carinho. As paredes estavam decoradas com imagens e símbolos sagrados, e o chão de terra batida, sempre limpo, parecia brilhar a luz das velas acesas. Pisar na terra batida representa a reconexao com o solo sagrado, a Mãe Terra; que nos dá a vida, através do alimento.

O ar estava impregnado como cheiro agradável e calmante dos chás servidos e das ervas queimadas. As rezas e cânticos ecoavam pelo salão, criando uma atmosfera de profunda devoção e fé. As palmas dos visitantes acompanhavam o ritmo dos atabaques, criando uma sinfonia de união e alegria.

Inhá se dirigiu ao altar, onde estavam as oferendas a Iansã( conhecida em outras religiões por Santa Barbara) e Xangô( conhecido como São Jerônimo). Fez suas preces silenciosas, agradecendo por sua vida e pela sua família. Pediu força e sabedoria para continuar cuidando de Maria e das crianças, e especialmente, pediu ajuda para superar as dificuldades financeiras que estavam enfrentando.

Após as preces, Inha procurou a Mãe de Santo ( líder religiosa da Umbanda), uma mulher de presença imponente, olhar sereno e colo acolhedor. Sentaram-se em um banco simples (como tudo no terreiro) onde puderam conversar em paz.

- Sua benção, minha Mãe. Minha alma está aflita- confessou Inha.
- Deus te abençoe, minha fia. Receba meu Axé! Tô aqui para te ouvi, em nome de nosso Irmão Oxalá ( Jesus) e nosso Pai Olorum( Deus). Pode fala, fia!

Olá, leitor querido.
Inhá , com o coração aflito, busca ajuda em sua crença religiosa.
Você já tinha ouvido falar sobre crença religiosa de Inhá?
Qual era sua visão sobre a Umbanda?
Com esta leitura algo mudou sobre sua antiga opinião?
Você acredita que a Mãe de Santo poderá ajudar Inhá?
Sua opinião é muito importante para mim.
Receba a minha gratidão pela leitura e o meu 💋

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