Era um sábado de manhã, e a luz suave do sol nascia por trás do monte, iluminando a pequena casa onde Inhá vivia com Sofia, Lucas e Mariana. Inhá estava na cozinha, preparando o café com a destreza de quem já fez isso inúmeras vezes. O cheiro de café fresco se espalha pela casa, misturado ao aroma do pão caseiro recém-assado.
Lucas e Mariana estavam na mesa, observando Inha com atenção. Sofia, com um sorriso no rosto, também se juntou a eles, ansiosa para ouvir as histórias e sabedorias que Inhá sempre compartilhava.
Inhá olhou pela janela, apreciando a beleza do sol nascendo e começou a falar, sua voz suave e cheia de reverência.
Inhá: " Vocês vêm aquele sol nascendo atrás do monte? É Pai Olorum cuidando de tudo.Ele cuida de tudo lá fora. Ele também cuida de nós, todos os dias."
Lucas, com seus olhos curiosos, perguntou:
Lucas:" Inhá, como Pai Olurum faz isso? Ele não se cansa de cuidar de tudo? "
Inha sorriu e respondeu pacientemente.
Inhá: " Pai Olorum é amor infinito, Lucas. Ele nunca se cansa de cuidar de nós, porque nos ama. Cada amanhecer é um lembrete de que Ele está sempre presente, nos protegendo e nos guiando."
Mariana, abraçando sua boneca de pano, perguntou:
Mariana: " E as flores, Inhá? Elas também são cuidadas por Pai Olorum? "
Inha assentiu, seus olhos brilhando de ternura.
Inhá: Sim, minha querida. As flores, os pássaros, os riachos...Tudo é obra de Pai Olorum. Ele coloca beleza em cada canto do mundo para nos lembrar de sua presença e de seu amor.
Sofia, participando feliz da conversa, acrescentou:
Sofia: " E é por isso que devemos sempre agradecer e cuidar bem do que temos. Pai Olorum nos deu tudo isso como um presente."
Após o café, Lucas e Mariana saíram para brincar na rua, suas risadas ecoando alegremente. Inha estava lavando a louça quando uma vizinha se aproximou do portão.
Vizinha:" Bom dia, Inhá! Você conhece alguma costureira que faça reparos? Estou precisando ajustar algumas roupas."
Inhá pensou por um momento e se lembrou da velha máquina de costura que havia ganhado de João, um presente precioso de seu companheiro de muitas jornadas, antes de partir.
Inhá: " Sabe, tenho uma máquina de costura aqui. Posso tentar fazer estes reparos para você. Traga as roupas e veremos o que podemos fazer."
A vizinha sorriu agradecida, prometendo voltar mais tarde com as roupas. Enquanto Inhá terminava seus afazeres, Maria chegou em casa, visivelmente abatida. Seu rosto estava pálido, e os olhos cheios de lágrimas.
Inhá: "Maria, o que aconteceu?"
Maria: " Fui mandada embora do trabalho. Disseram que estou velha, com 35 anos, e que os clientes estão poucos."
Inha abraçou Maria, oferecendo-lhe o consolo que só uma figura materna pode dar.
Inhá: "Oh, minha filha... Não se desespere. Vamos encontrar uma solução.Pai Olorum não nos abandona. Vamos superar isso juntas."
Sofia, ouvindo a conversa, se aproximou e segurou a mão de Maria.
Sofia: " Vamos pensar em algo, mãe. Juntas, somos fortes. E Pai Olorum está cuidando de nós, não importa o que aconteça."
Maria, ainda triste, sorriu levemente, sentindo o amor e o apoio de sua família.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Olhares e Significados
Roman pour AdolescentsOlá, querido leitor. Neste livro, você será apresentado a Sofia, uma garota de quinze anos, filha de uma profissional da noite, que luta com dificuldades financeiras mas que acredita que a vida pode ser boa ou ruim, dependendo apenas da forma como v...