CAPÍTULO 21 Devemos Desistir?

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Capítulo dedicado à @Luari-Laevs, com muito carinho💘

DEAN

O winchester conseguiu pousar o avião, em uma largo campo aberto. Sorriu satisfeito com seu acabamento. Tirou o cinto de segurança e saltitante, abriu a porta de saída, descendo os degrais. Chegando em terra firme, se agachou e beijou o chão. "Valeu Flight!" Bateu no peitoral erguendo e puxou o ar puro pros pulmões. Olhou para os lados e ficou preocupado, com a noite se aproximando. O sol estava se escondendo aos poucos. "Pra aquele avião... não volto, nem a pau." Balançou a cabeça negativamente, seguindo à estrada de terra.

SAM

Sam terminou de costurar o último ponto em seu ombro. Gemeu de dor, destampando um frasco de analgésicos e engoliu alguns, com um pouco de água. Preparou alguns antibóticos, caso precisasse. Tomou um banho. Lavou os cabelos e escovou os dentes. Enxugou-se, numa toalha de rosto e a enrolou nos cabelos. Vestiu uma calça farmâceutica, que encontrou empacotada em cima da pia. Estranhou por ter a achado ali. Guardou a camiseta na mochila. Saiu de abdômen descoberto, pegando gazinhas, remédios, algodão, agulhas, linhas, curativos, escova de cabelo, shampoo, creme de pentear, sabonete, pasta de dente, enxaguante bucal, cremes, presto barbas. Parou pensativo, tentando se lembrar de mais alguma coisa, que pudesse ser útil e sorriu olhando pro frizzer. "Água mineral, refrigerantes e barras de cereais proteícas. Maravilha." Suspirou fundo abrindo a bolsa e colocou 3 galões de água e várias barras de ceral. "Vamos nessa." Forçou um sorriso, passando o olhar atentamente por um machado pendurado na parede. "Não custa nada, né?" Sam tirou um grampo de cabelo do bolso e abriu o cadeado à moda antiga. Empurrou a portinha e retirou o machado, girando-o em uma das mãos. "Agora sim." Sorriu satisfeito, jogando a bolsa nas costas.

DEAN

A noite chegou com tudo e pra piorar, nuvens grossas, tomaram conta do céu. Mostrando uma tempestade se aproximando. "Merda. Era só o que faltava." Resmungou, sentindo góticulas de chuva, pingarem em seu braço. Apressou os passos, em meio à tempestade que desabou. Ele ultrapassava as folhagens, tropeçava nos arbustos e assustava com barulhos de animais refugiando. Os trovões ecoavam altos e a ventania turbulenta, fazia as árvores tombarem, balançando os galhos. Dean tentava proteger o rosto dos cipós, não muito amigáveis. Depois de alguns quilômetros "de maratona", achou que estava sonhando. Avistou não muito longe, um pontinho de luz. Disparou, chegando a conclusão, que se tratava de uma cabana. "Amém..." Sussurrou subindo às escadas da varanda e abriu a porta. Cuspiu a água da boca, travando a tremela. Seus lábios estavam inchados e roxos também. "Droga." Passou a mão delicadamente no local.

"Chegou bem na hora do jantar!" Jonh aparaceu na sala, colocando uma panela de larvas e minhocas sobre a mesa.

Dean nesse momento, não sabia o que fazia primeiro. Se apavorava com o seu pai parado na sua frente, ou se vomitava, por causa do jantar. "Onde está seu irmão? Morreu na caçada, contra Azazel?" Jonh se jogou na cadeira, assentindo para o winchester aproximar. "Ele... e-ele, já vêm." Dean engoliu seco, pondo a mão cautelosamente em seu facão, por debaixo da camisa. "Que pena. Aquele desgraçado, matou sua mãe. Deveria morrer também." Jonh se ergueu para frente, servindo duas conchas grandes da sopa nos pratos. "Está enganado." Dean revirou o estômago, sentando na pontinha da cadeira. "Ram, estou?" Jonh serviu uma colherada e pós na boca mastigando. O winchester olhou para o outro lado embrulhado. "O Sammy... é uma vítima. Não teve culpa de nada." Dean continuou firme, voltando a encará-lo. "É... ele não teve culpa de ter nascido, nem de ser um demônio nojento e pregar sua mãe no teto." Jonh apontou para cima. Dean ficou bastante desconfortável, se recusando a olhar. "Olha, moleque!" Jonh bateu com a mão na mesa. "Não..." O winchester sussurrou. "Vai olhar sim! Protege tanto aquela aberração e não tem coragem, de ver o que ele fez?!" Jonh apareceu em questão de segundos, atrás do winchester, erguendo sua cabeça à força para cima. Dean tentou fechar os olhos, mas foi tarde demais. Sua visão foi tampada, pelo fogo e Mary aos gritos no teto da casa. "Está vendo?! Olha direito!" Jonh o balançou na cadeira, estapeando o rosto do mesmo. "Sim... estou. Estou sim!" Dean não viu outra alternativa, a não ser concordar. "Ótimo!" Jonh apertou os ombros do
mesmo, voltando para sua cadeira. "Tem cer-cerveja?" Dean limpou rapidamente as lágrimas dos olhos, ainda ouvindo os gritos. "Não sei. Deva ter na cozinha." Jonh franziu o cenho, colocando outra colherada na boca. "Posso ir pegar?" Dean engoliu seco soluçando. "Claro. Mas, volte logo. Temos muito o que conversar." Jonh sorriu maleficamente, apontando pro teto. "Ok." Dean saiu à passos rápidos pro corredor.

Blind Love's Shadows (SUPERNATURAL) [Em Andamento]Onde histórias criam vida. Descubra agora