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LILY PIQUET POINT OF VIEW

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LILY PIQUET POINT OF VIEW

Os últimos dias foram uma espiral de emoções e exposição. Cada notícia, cada rumor, parecia arrancar um pedaço da minha alma. A ideia de encontrar Alonso, de encarar tudo o que tínhamos passado, era insuportável. Sentia-me traumatizada, uma sombra do que eu era antes.

Quando cheguei em casa, esperava encontrar um pouco de paz. Abri a porta e fui recebida por um silêncio reconfortante. Mas, ao entrar na sala, fui surpreendida por um murmúrio familiar. Kelly estava lá, junto com Arthur e Lando, sentados no sofá com expressões sérias e preocupadas.

- Lily! - Kelly exclamou, levantando-se rapidamente e vindo ao meu encontro. - Como você está?

Eu queria desabar nos braços dela, mas me mantive firme, forçando um sorriso fraco.

- Estou... sobrevivendo. - Respondi, minha voz quase um sussurro.

Ela me puxou para um abraço apertado, e senti minhas defesas desmoronarem. As lágrimas vieram antes que eu pudesse detê-las, e eu chorei no ombro da minha irmã, deixando toda a dor e frustração saírem.

- Eu sei, Lily. Eu sei que está difícil. - Ela sussurrou, acariciando meus cabelos.

Arthur e Lando se aproximaram, suas presenças reconfortantes. Arthur entregou-me uma xícara de chá, enquanto Lando, com sua habitual leveza, fez uma piada para tentar me fazer sorrir.

- Sabe, Lily, pensei em trazer um balde de água, mas achei que seria um pouco demais hoje. - Disse, piscando para mim.

Apesar da tristeza, consegui soltar uma risada fraca. Aquelas pequenas tentativas de me levantar eram exatamente o que eu precisava.

Sentamo-nos no sofá, e por um momento, apenas ficamos em silêncio, apreciando a companhia um do outro. Era um momento íntimo, de pura conexão, onde as palavras eram desnecessárias. A presença deles era tudo o que eu precisava para me sentir um pouco mais inteira.

- Vamos assistir a um filme? - Arthur sugeriu, quebrando o silêncio. - Algo leve, para distrair a mente.

Concordei com um aceno de cabeça, e logo estávamos todos aconchegados no sofá, cobertos por cobertores e com uma pilha de travesseiros ao nosso redor. Kelly escolheu uma comédia romântica, algo que normalmente me faria revirar os olhos, mas naquele momento, era exatamente o que eu precisava.

Enquanto o filme se desenrolava, senti-me gradualmente relaxar. As risadas e os sorrisos compartilhados com meus amigos eram um bálsamo para minha alma ferida. Eles eram meu porto seguro, meu refúgio em meio à tempestade.

Quando o filme terminou, ficamos em silêncio por um momento, absorvendo a leveza da história. Então, Kelly olhou para mim com um olhar determinado.

- Lily, você precisa se afastar de tudo isso por um tempo. Desconectar-se dos mídias, das redes sociais. Precisa se cuidar.

Eu sabia que ela estava certa. O bombardeio constante de notícias e fofocas estava me destruindo. Assenti, sentindo um peso enorme se levantar dos meus ombros.

- Vamos passar um tempo juntas - Lando sugeriu, sorrindo. - Sem pressões, sem expectativas. Apenas nós, amigos, aproveitando a companhia um do outro.

A ideia era tentadora. Eu precisava desesperadamente de um tempo para me recuperar, para encontrar minha força novamente.

- Obrigada, pessoal. - Disse, sentindo um nó na garganta de gratidão. - Eu realmente preciso disso.

Kelly segurou minha mão, seus olhos cheios de amor e compreensão.

- Sempre estaremos aqui para você, Lil. Não importa o que aconteça.

Aquelas palavras foram um conforto indescritível. Era um lembrete de que, mesmo nos momentos mais sombrios, eu tinha uma rede de apoio que nunca me deixaria cair.

- Sabe, estava pensando... - Kelly começou, com um sorriso leve. - Que tal fazermos uma viagem? Todos nós. Um tempo longe de tudo isso, para relaxar e nos reconectar.

Olhei para ela, surpresa e intrigada.

- Uma viagem? Para onde?

- Podemos decidir juntos - ela respondeu. - O importante é estarmos todos juntos. E cada um pode trazer quem quiser.

Arthur e Lando assentiram, animados com a ideia.

- Eu topo! - Arthur disse. - Vai ser ótimo para todos nós.

- Concordo! - Lando acrescentou. - Uma viagem é exatamente o que precisamos.

A ideia começou a ganhar forma na minha mente. Um refúgio com meus amigos, longe das câmeras, dos boatos, do caos. Um lugar onde pudesse ser eu mesma, cercada por aqueles que me amam.

- Isso soa... perfeito. - Admiti, sentindo uma pontada de esperança. - Vamos fazer isso.

Passamos o resto da noite planejando nossa fuga. Ríamos, sonhávamos e fazíamos planos, esquecendo temporariamente o turbilhão que havia se tornado minha vida. Decidimos que cada um convidaria alguém especial para se juntar a nós, ampliando nosso círculo e tornando a experiência ainda mais rica.

Quando finalmente fomos dormir, senti uma paz que não sentia há muito tempo. A perspectiva de uma nova aventura, de um tempo para cura e renovação, era exatamente o que meu coração precisava.

Deitei-me na cama, puxando o cobertor até o queixo. Por mais difícil que fosse a estrada à frente, sabia que tinha pessoas que me amavam incondicionalmente. E isso, por enquanto, era mais do que suficiente.

Fechei os olhos, deixando o cansaço me levar. Amanhã seria um novo dia, uma nova chance de encontrar a paz que tanto desejava. E com Kelly, Arthur e Lando ao meu lado, sabia que poderia enfrentar qualquer desafio.

Love Letter -  Charles LeclercOnde histórias criam vida. Descubra agora