18: sleep💌

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LILY PIQUET POINT OF VIEW

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LILY PIQUET POINT OF VIEW

Depois do jantar, quando todos estavam mais relaxados e acomodados, Arthur fez um anúncio que deixou todos em alerta.

— Gente, tem uma coisa que precisamos resolver antes de dormir. — Ele começou, coçando a cabeça de maneira nervosa. — Parece que a casa tem menos quartos do que esperávamos. Max acabou de chegar e Lando trouxe a irmã mais nova dele. Isso significa que alguém vai ter que dividir um quarto.

Um murmúrio passou pelo grupo. Senti uma pontada de desconforto. Dividir um quarto com Charles estava fora de questão, certo?

— Então, quem vai ficar onde? — Kelly perguntou, já percebendo a tensão no ar.

Arthur olhou para mim, claramente se sentindo culpado pelo que estava prestes a dizer.

— Lily, você e Charles terão que dividir um quarto. Não temos outra opção.

A sala ficou em silêncio. Senti meu estômago revirar. Olhei para Charles, que estava tão surpreso quanto eu.

— Não pode ser sério, Arthur. — Minha voz saiu mais fria do que eu esperava. — Qualquer outra combinação seria melhor.

— Eu sei que é complicado, mas é temporário. — Arthur respondeu, tentando ser conciliador. — Se pudesse mudar isso, eu mudaria, mas estamos todos apertados aqui.

Kelly colocou a mão no meu ombro, tentando me acalmar.

— Vai ficar tudo bem, Lil. Podemos resolver isso.

Charles deu um passo à frente, a expressão no rosto dele mostrando que ele também estava desconfortável.

— Se for um problema, posso dormir no sofá. — Ele sugeriu.

— Não, você não vai dormir no sofá. — Arthur respondeu firmemente. — Precisamos resolver isso como adultos.

Respirei fundo, tentando processar a situação. O que poderia fazer? Brigar com Arthur e Charles não resolveria nada, e Kelly tinha razão, de alguma forma teríamos que lidar com isso.

— Tudo bem. — Disse finalmente, minha voz resignada. — Mas vamos estabelecer algumas regras.

Arthur assentiu, visivelmente aliviado.

— Claro, qualquer coisa que você precisar para se sentir confortável.

Fomos para o quarto, e a tensão no ar era palpável. Era um cômodo pequeno, com uma cama de casal no centro. Charles começou a desfazer sua mala em silêncio, respeitando meu espaço. Peguei minhas coisas e fui para o banheiro, tentando me acalmar.

Quando saí, Charles estava sentado na beira da cama, olhando para o chão. O silêncio entre nós era pesado, carregado de coisas não ditas.

— Podemos conversar? — Ele perguntou, sua voz baixa.

— Acho que temos que definir algumas regras primeiro. — Respondi, tentando manter a compostura. — Metade da cama para cada um, e tentamos ao máximo não invadir o espaço do outro.

Ele assentiu, concordando.

— Claro. Vou respeitar isso, Lily. Prometo.

A noite foi desconfortável. Tentei dormir o mais distante possível de Charles, mas estar tão perto dele trouxe uma avalanche de memórias e emoções. Sentia-me dividida entre o passado e o presente, tentando encontrar uma maneira de lidar com tudo isso.

Na manhã seguinte, todos estavam animados para explorar a praia. Coloquei um sorriso no rosto e tentei me juntar à animação, mas por dentro, estava lutando para manter a calma.

Enquanto caminhávamos pela praia, Kelly se aproximou de mim.

— Como foi a noite? — Ela perguntou suavemente.

— Difícil. — Admiti. — Estar tão perto dele traz de volta muitas lembranças. Mas estou tentando lidar com isso.

— Eu sei que é difícil, Lil. — Kelly disse, me abraçando. — Mas estamos todos aqui para te apoiar. E quem sabe, talvez isso ajude a encontrar algum tipo de fechamento.

Suspirei, olhando para o mar. Queria acreditar que essa viagem poderia ser uma oportunidade de cura, mas ainda havia tantas feridas abertas. Mesmo assim, não tinha outra escolha a não ser enfrentar o que estava por vir.

Charles estava andando um pouco à frente, conversando com Arthur. Observei-os por um momento, sentindo uma mistura de tristeza e saudade. Talvez, como Kelly disse, essa fosse a chance de resolver algumas coisas.

À noite, todos nos reunimos para o churrasco. O ambiente era leve e descontraído, e por algumas horas, consegui esquecer a tensão. Rimos, compartilhamos histórias e aproveitamos a companhia um do outro. Charles e eu trocamos algumas palavras, mantendo as coisas cordiais.

Quando a noite chegou ao fim, voltamos para o quarto. A tensão voltou imediatamente, mas desta vez, havia uma leve sensação de esperança. Talvez, apenas talvez, essa viagem pudesse ser o começo de algo novo.

Charles se deitou na sua metade da cama e eu na minha. O silêncio era confortável dessa vez, e antes de dormir, trocamos um olhar de compreensão. Não estávamos completamente resolvidos, mas talvez estivéssemos no caminho certo.

Fechei os olhos, tentando me concentrar no som das ondas lá fora. Por mais difícil que fosse, estava determinada a aproveitar essa viagem e encontrar um pouco de paz. Estava cercada por amigos que me amavam, e isso era tudo o que precisava para continuar.

Love Letter -  Charles LeclercOnde histórias criam vida. Descubra agora