03: Alonso💌

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LILY PIQUET POINT OF VIEW

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LILY PIQUET POINT OF VIEW

O anúncio do retorno de Charles a Mônaco ressoava em minha mente como um trovão distante. Há anos, eu havia enterrado aquelas memórias, mas a notícia as trouxe de volta à superfície, turbulentas e incontroláveis. As cartas que ele me escrevia, as noites que passávamos juntos à beira-mar, os sonhos que compartilhávamos – tudo parecia tão próximo, como se o tempo não tivesse passado.

Fernando estava em uma de suas frequentes viagens, e eu estava sozinha em nossa casa luxuosa, mas vazia de amor. Ele era ciumento, controlador, e nossas discussões eram constantes. O amor que um dia pensei ter encontrado com ele agora parecia uma armadilha dourada, e eu não sabia como sair. Porém, em contrapartida, sabia que ele me amava, que queria me proteger. Talvez eu pudesse muda-lo de alguma forma.

Enquanto caminhava pela sala de estar, lembrei-me da última vez que vi Charles. Era um dia ensolarado, e ele estava partindo para perseguir seus sonhos na Fórmula 1. Desde que seu pai havia morrido, Leclerc estava tentando entrar na Scuderia Ferrari.

Eu sabia que nosso amor era forte, mas as circunstâncias nos separaram, prometemos que se anos depois não encontrássemos ninguém, casaríamos. Fernando apareceu em minha vida logo depois, oferecendo uma distração dos meus sentimentos por Charles. No entanto, o que começou como um refúgio rapidamente se transformou em um pesadelo.

O telefone tocou, interrompendo meus pensamentos. Era minha irmã, Kelly.

— Lily, você viu as notícias? — perguntou ela, sem rodeios.

— Sim, Kelly. Eu vi. — Respondi, tentando manter a voz firme.

— Como você está se sentindo? — A preocupação era evidente em sua voz.

— Não sei, Kelly. É complicado. Fernando não vai gostar nada disso. — Suspirei, sentando-me no sofá.

— E desde quando a opinião de Fernando deveria importar mais do que a sua felicidade? — Ela rebateu, com uma determinação que sempre admirei nela. — Você merece ser feliz, Lily. Lembre-se disso.

Suas palavras ecoaram em minha mente depois que desligamos. Ela estava certa, claro. Mas a realidade era mais difícil de enfrentar. Fernando não era do tipo que aceitava bem as mudanças, especialmente quando se tratava de mim.

Passei o resto do dia imersa em pensamentos, revivendo cada momento com Charles e ponderando sobre meu presente com Fernando. Quando a noite caiu, fui até a varanda e observei as luzes cintilantes de Mônaco. A cidade parecia cheia de promessas, mas eu me sentia presa, incapaz de alcançar a liberdade que desejava.

Na manhã seguinte, acordei cedo, incapaz de dormir.
Eram 13h, só conseguia pensar na carta que Charles havia escrito, combinando se encontrar no café onde sempre frequentavamos.
A ideia de encontrar Charles novamente não me deixava em paz. Tomei um banho demorado, tentando acalmar meus nervos.

Estava decidido, subi as enormes escadas e coloquei a carta numa caixa, que ficava no fundo do meu armário. Nela continha todas as outras ridículas cartas de amor.

Eu sabia quais eram os motivos de Charles ter partido, mas também não conseguia entender como ele pôde ir sem parecer sentir saudades, como se não sentisse nada.

Meu celular voltou a tocar, ofuscando todos os meus sentimentos.
Era Fernando.

— Oi Lily. — Falou sorrindo. — Era só para te falar que amanhã volto para casa para uma corrida!

— Oi amor. — Sorri também. — Que legal! Estarei te esperando.

— Eu vi que o Charles voltou para o Mónaco. — Falou, mudando a sua postura.

— Ah sim, eu vi. — Falei, demonstrando desinteresse.

— Estão falando que ele voltou por sua causa. — Disse, me fazendo rir. — Ele não te mandou mensagem?

— Não, Fernando. Para com isso. — Pedi.

— Parar com o que Lily?! Só estou te fazendo uma simples pergunta. — Aumentou o tom de voz.

— O que tem ele estar no Mónaco? Ele não faz parte da minha vida!

— Ele é seu ex, Lily! — O mais velho disse, me fazendo revirar os olhos. — Quer saber, eu tenho que ir. Você está sendo infantil.

— Infantil? Ah tudo bem! — Murmurei. E ficamos em silêncio, por minutos.

— Você quer vir comigo amanhã? — Interrompeu o agradável silêncio.

— Não, talvez outro dia. — Sugeri.

— Lily, você nunca vai me apoiar. Eu me sinto sozinho! — Falou.

— Você sabe que eu não gosto de ficar exposta. Pode respeitar?! — Pedi, talvez sendo um pouco grossa.

— Tudo bem. Eu nem sei porque te peço para ir, você sempre diz que não quer ir. Mas tudo bem.

Ficamos falando por mais alguns momentos, mas parecia que qualquer assunto terminava numa discussão. Era nítido pela forma que Alonso falava que estava com ciúmes.

Jamais o trairia, eu não sou nojenta. E odiava o fato de ele estar sempre suspeitando que eu estivesse fazendo isso.

Sejam muito bem vindos, sintam-se abertos para dar sugestões!

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Xoxo,
maggs🌺

Love Letter -  Charles LeclercOnde histórias criam vida. Descubra agora