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Roma | Itália

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Roma | Itália

Deitada na minha cama eu encaro o teto do meu quarto enquanto fico batucando meus dedos na tela do meu celular. Fico pensando no inferno que está sendo minha vida desde que eu entrei no St Louis School.

Eu queria apenas olhar meu irmão, mesmo que eu não falasse com ele. Olhar ele de longe já estava de bom tamanho pra mim. Mas a vida de ninguém é apenas flores — e a minha nem se fale — então era óbvio que eu não ficaria invisível por lá.

E eu fui logo chamar a atenção das pessoas mais insuportáveis da escola. Zaiden é uma maluco de pedra, a Dahlia é uma vadia que pensa que toda garota quer aquele imbecil do namorado dela somente por que ele é bonito. E a Sienna é uma maluca. Os amigos do Zaiden são capachos dele. E meu irmão não sabe que tem uma irmã.

Eu sou muito fodida mesmo.

Meu celular vibrou e eu olhei para a tela com uma mensagem da Billie estampada na notificação.

Billie 💗
Vamos em uma festa hoje ;)

Eu te pego na sua casa 😘

Eu:
A Harley vai?

Billie:
Sim 🤩

Te pego às oito horas.

Eu:
Ok 👍🏻

Joguei meu celular em cima da cama e fui atender a pessoa que estava batendo na minha porta.

Quando abri a porta dei de cara com o homem de terno escuro e um charuto queimando entre os dedos. Os olhos azuis dele percorreram meu corpo e isso me causou um grande desconforto. Olhei para os carros chiques parado na frente da casa e as pessoas olhando curiosa.

Engoli em seco quando ele sorriu de lado e soltou a fumaça do charuto quase na minha cara.

— Verônica — ele disse meu nome demoradamente como se estivesse saboreando cada letra e ficou me encarando — não vai convidar seu pai para entrar?!

Apertei a maçaneta com força entre meus dedos e fiquei olhando para ele com meus olhos já lacrimejando. Em todos os meus dezoito anos de vida ele nunca procurou a gente. Nunca veio aqui em casa, e nunca procurou a minha mãe. E agora ele aparece assim? Me encarando como um doente? E quase soltando fumaça na minha cara?

Que ridículo.

— Oh, que lindo. Está chorando de emoção por ver o papai?! — ele zombou e abriu os braços — então me dê um abraço gostoso filha.

Meu estômago revirou.

Tentei fechar a porta mas ele empurrou ela para trás e eu fiquei encarando ele com ódio. As lágrimas deslizaram pela minha bochecha sem controle.

— Que feio Verônica, querer fechar a porta na cara do papai? Sua mãe não te deu educação?

Rangi meus dentes com ódio.

BAD BOY +18 | Reescrevendo Onde histórias criam vida. Descubra agora