Meu Stalker |JORDAN POWELL

10 °

Eu simplesmente não aguento mais.

Faz exatos 5 dias desde que esse inferno começou, e desde então não consigo fazer meus afazeres comuns, como dormir, comer ou qualquer outra coisa.

Quando consigo dormir, sou acordada com chupões, marcas de mordidas e arranhões pelo meu corpo inteiro. E o pior é que tudo isso vem de sonhos.

SONHOS.

E em todos esses sonhos, a mesma sombra daquele dia está comigo, fazendo coisas absurdas. Me masturbando, chupando e outras coisas.

Não consigo manter o foco em absolutamente nada. Estou morta de cansaço.

— E é assim que o nosso sistema respiratório funciona. Alguma dúvida?

Antes que alguém pudesse falar algo, o sinal do recreio toca. Todos os alunos saem desesperados por comida.

E eu sou um deles.

Atravesso a porta e corro para o refeitório. Adentro o local e o analiso, disfarçando meu rosto cansado com um pequeno sorriso.

— Olá Jofrey, eu gostaria de um almoço completo, por favor. — Me forço a sorrir para o rapaz escorado na bancada.

— Bom dia Amy, claro. Pode se sentar por perto que quando seu prato estiver pronto eu o levo para você.

Aceno com a cabeça e caminho até a mesa encostada na parede.

Analiso o tumulto de pessoas conversando com seus grupos.

Os "Nerds"

Os Arms

E por final, os populares.

E é claro que ele estava lá. Me encarando como se estivesse descobrindo todos os meus pecados.

Jordan Powell.

Um sorriso macabro pinta seu rosto sério, ele agarra um cara e sussurra algo em seu ouvido, apontando para cá.

Merda. Ele vai vim aqui.

— Talvez, se eu sair de fininho ele não perceba..

— Perceber o quê? Minha Deusa. — Sua voz atinge meus ouvidos, me causando calafrios.

— Nada, não é nada. — Desisto de tentar fugir e me dou por derrotada ao ver o homem arrastar a cadeira a minha frente e se sentar.

— O que você quer?

— Nada, só quero ficar com você antes que me chute para o lixo.

Dramático.

Seus olhos me fitam com curiosidade, procurando algo para citar.

— Tem algo lhe incomodando, não é? — Seu queixo descansa na sua mão direita. — Me diga o que é, talvez eu saiba o que está causando.

— Como você sabe? Como você sempre sabe o quê acontece comigo? — Fixo meu olhar nos seus olhos.

Antes que eu possa impedir, sua mão segura meu queixo.

— Eu sempre irei saber. Mesmo que tente esconder de mim, sempre ficarei sabendo tudo que é relacionado a você. Querida.

Empurro sua mão, o impedindo de chegar perto

— Olha aqui, eu não sei quem você é. Mas -

Antes que eu pudesse explodir, uma mão segurando um prato cheio de carne e batatas fritas aparecem ao meu lado. Era Jofrey.

— Quem é ele, minha Deusa? — Seus olhos se fixam no garoto ao meu lado.

— Ixi meu filho, se toca. Da fruta que ela gosta, eu chupo até o caroço. — Suas mãos se movimenta exageradamente, me arrancando uma risada alta.