Natanael E A Batalha Das Sete Províncias

V - Sangue e Poder

Província Celestia
Muitos anos atrás

  Falcon acordou atordoado em seus aposentos após se recuperar do incidente com seu antigo ajudante. A ferida em seu braço já havia sarado graças a sua capacidade de regerar. Porém a ferida fora profunda demais, por isso toda ajuda era bem-vinda para evitar o pior. O mago havia sido encontrado caído pelos guardas do palácio e levado as presas para receber os devidos cuidados. Sua pulsação era fraca e sua pele pálida revelava um corpo quase sem vida. Porém, durante o coma do mago, seu espírito conseguiu se despremder do seu corpo. Não totalmente, pois algo semelhante a um cordão umbilical luminoso ligava as duas oartes do mago permitindo que ele vague pelo mundo astral. Falcon observou seu ajudante cortar seu pulso enquanto estava caido e recolher seu sangue em um frasco. Ele pronunciou um feitiço que fez abrir um portal e nele adentrou. Seu ajudante nem sewuer notou ou sentiu a presença de alguém no mundo astral acompanhá-lo dentro do portal.

  Do outro lado, os dois estavam no castelo da Província Dominius onde seu respectivo rei se encontrava em seu trono sombrio. Zandrak recebeu o ajudante de Falcon como se recebe a um amigo de longa data.
- Espere- disse o rapaz
- Algum problema?- perguntou o rei
- Que garantia terei que minha familia estará segura nesta guerra?
- Sua familia já está aqui no palácio. Já providenciei seus aposentos. Vocês estarão seguros se permanecerem leais a mim.
- Certo. Bom...aqui está.
- Excelente, rapaz. Guardas, levem-no até sua família.
- Obrigado, magestade. Serei eternamente grato.- disse o ingênuo rapaz.

  Falcon continuou seguindo os passos de seu ajudante que estava acompanhado de dois guardas reais altos e muito fortes. Suas armaduras de um tom muito escuro de vermelho transmitia a escuridão que habitava em suas almas. Eles conduziram o jovem até as partes subterrâneas do castelo onde ficam algemados os prisioneiros e onde também se realizam torturas e sentenças de morte por decapitação. O jovem fora emganado. Sua familia estava naquele lugar escuro, sujo e assombrado por emtidades malignas que pertubavam os sonhos dos encarcerados. Ali jazia a esperança do rapaz. Sua esposa e filhos não estavam mais entre os vivos e seus corpos caídos em uma das celas já havia se tornado a refeição dos ratos. Seu coração não aguentou tamanha dor. Seus pés vacilaram e ele desabou em lágrimas. Falcon assistia a tudo sentindo a dor do rapaz, porém a viagem astral não permitia que o mago realizasse magia para salvar seu ajudante. Os guardas haviam trancado o jovem na mesma cela onde sua familia estava. Ali passou a noite, remoendo a culpa de ter traido eles e principalmente seu antigo mestre.

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  Zandrak entrou em sua carruagem e seguiu viagem para além da floresta. Seu olhar frio e inespressível mirava as centenas de árvores que eram ultrapassadas pela velocidade da carruagem. Talvez visualizando mentalmente sua vitória em conquistar todas as províncias. Estava decidido que começaria seu ataque em Atlântida, por ser literalmente o berço onde toda a magia no mundo e cresceu. A viagem foi longa e logo estava a carruagem parou em frente a um lago sujo. Zandrak saiu de sua carruagem e olhou ao redor. Seu encontro com a rainha da morte era muito importante. O ar gelado daquela noite não era capaz de apagar a ira ardente em seu coração. Tudo o que precisava para satisfazer seus sombrios desejos estava prestes a se tornarem reais. Os ventos se tornaram impetuosos, balançando os galhos das árvores e espalhando as folhas no chão. Em um piscar de olhos, Valkyra, a rainha da morte estava em sua frente.
- Que aroma adorável de ódio exala de ti, meu rei.
- De fato estou transbordando de ódio. E quero saber se já está com tudo o que preciso.
- Está com o sangue?
- Aqui!- ele entregou o frasco que continha o sangue de Falcon
- Muito bem.- disse ela. Ao tomar o frasco da mão do rei, Valkyra adicionou dentro uma gota do seu sangue.- Ani abi ashia hamim- ela pronunciou o feitiço que amaldiçoou o conteúdo do frasco.-Beba- disse ela entregando o recipiente ao rei. Ao beber da poção de sangue transmutado, seu poder aumentou significativamente. Em suas veias ardia um poder que se espandia intensamente. Somente os iniciais efeitos foram dolorosos. Seu corpo ardeu como se estivesse em chamas . Zandrak sentia como se sua carne estivesse sendo dilacerada. Porém toda aquela dor foi nada perto do tamanho de sua decisão de causar o máximo de caos e destruição para se tornar o líder supremo do mundo.