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Elisa

Ajeito o salto no meu pé e abro a porta do meu carro.

Quando a fecho me olho no espelho vendo meu vestido branco marcando minha barriga e eu abro um sorriso enorme.

Ando até a empresa com calma, eu estou até adiantada.

— Bom dia senhora - a recepcionista fala se levantando e eu paro para a comprimentar.

— Bom dia - falo e ela se abaixa um pouco e levanta uma caixa.

— Hoje tem aqueles donuts com cobertura de morango - ela fala e eu sorrio.

— Sério? - falo me aproximando quando ela me oferece a caixa.

— Não, não só um está bom - falo sabendo que se eu aceitasse a caixa eu comeria os 10 de uma vez.

— Mas senhora eu comprei porque sei que você gosta  - ela diz e abaixa um pouco o olhar.

— Ah então se é assim - falo pegando a caixa de sua mão.

— Obrigada - falo enquanto caminho até o elevador com um sorriso no rosto.

Apoio a caixa em uma das minhas mãos e na outra eu chamo o elevador.

Enquanto espero o elevador uma sombra se faz presente ou meu lado direito.

— Bom dia - una voz ecoa e eu encaro a pessoa de canto.

Ela estava com um capuz e eu suspeito que seja aquele mesmo homem de dias atrás.

Estreito meu olhar para ele, mas não deixo que ele perceba.

— Bom dia - falo sorrindo mesmo encomodada com ele ali.

— Aceita? - perguntei de bom coração estendendo a caixa.

— Não, obrigado - a voz ecoa rouca e eu tenho a impressão de já ter escutado essa voz em algum outro lugar.

— Você está grávida? - ele pergunta e eu desço o olhar para minha barriga que já estava um tanto esticada e que demonstrava ter um bebê ali.

Não o respondi apenas entrei no elevador quando as portas se abriu e ele entrou também ao meu lado.

Eu aperto no último andar e ele aperta em um andar antes do meu.

Quando ele se movimenta consigo sentir o seu perfume, ao mesmo tempo que eu o reconheço esse perfume eu ponho a mão na boca sentido ânsia.

— Tudo bem? - o homem pergunta e eu aceno me recompondo.

Não demora muito para o elevador chegar no andar dele e eu dou graças a Deus quando ele sai e as portas se fecham.

Eu respiro fundo sentindo o ar mais leve.

Quando o elevador chega no último andar eu vou direto na sala do Théo.

— Théo? - chamo por ele quando abro a porta, mas ele já está.

Olho para todos os lados e viu até o banheiro.

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