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Théo Hernandez

O

lhei impaciente para o homem a minha frente que não parava de falar.

Já é mais de 10:00 e eu havia prometido para Elisa que estaria de volta antes das 11:00

— Tudo bem senhor Hernandez? - o homem pergunta.

Eu olho para o meu relógio vendo que já era mais de 10:30.

— Pode adiantar o assunto? - pergunto e ele acena envergonhado.

Meu celular toca dentro do meu paletó e eu faço uma careta só pode ser outra reunião e eu realmente não tenho mais cabeça hoje.

Pego meu celular vendo um número anônimo ligar.

Desligo a ligação e volto minha atenção para o homem.

— Desculpe - falo quando novamente o número aparece.

Me levanto para atender e respiro fundo enquanto ando para longe da mesa.

— Sim? - falo quando atendo.

— Senhor Hernandez - uma voz apressada soa do outro lado da ligação.

— O que aconteceu? por que está me ligando de um número desconhecido? - Pergunto quando a voz do chefe segurança da empresa soa.

— Tem um homem na empresa - ele diz apressado.

— O que? - pergunto não entendendo o que ele quer dizer.

— Um homem entrou na empresa armado ele está com a senhora Elisa - ele diz rápido.

Eu demoro a processar sua fala.

Um homem está com minha noiva.

Um homem armado está com a minha mulher e com o meu filho.

Seguro na mesa mais próxima sentindo meu coração bater rápido.

— O-o que você está dizendo? - pergunto rezando para que seja uma brincadeira de mau gosto.

— Ele amarrou ela próximo do elevador - ele diz e eu engulo em seco.

— Espelha a câmera estou indo  - falo e ele assente.

Desligo a ligação e vejo o espelhamento das câmeras de segurança.

Tiro a chave do meu carro  carro do meu bolso e em passos rápidos o alcanço.

Entro no carro e jogo a imagem do celular para a tela.

Deixo meu celular de lado e dou partida no carro.

Com os olhos vidrados nas imagens consigo ver quando o homem passa a faca pelo seus cabelos e ela se esquiva com brusquidão.

Piso no acelerador não me importando com quantos sinais vermelhos vou furar.

(...)

Quando estou me aproximando da empresa vejo quando ele aponta a faca para sua barriga e ela se encolhe enquanto chora.

Sinto meu sangue gelar eu paro por um instante pensando que ele iria arremessar a faca nela, mas ele não o faz apenas se afasta sentando de novo.

Quando entro na empresa o primeiro homem que vejo é o chefe de segurança.

— Como que você deixou esse filho da puta entrar aqui com essas coisas? - pergunto segurando ele pelo colarinho.

— Ele não tinha nada em mãos - o homem diz quase sufocado e eu o solto.

— Como não tinha? - pergunto com raiva.

— Ele foi no mesmo elevador que a senhora Elisa ele não tinha nada em mãos.

— Acredito que quando ele veio pela primeira vez ele escondeu essas coisas em uma sala no andar abaixo do seu, ele parou lá e entrou na sala e depois saiu com essas coisas - ele se explica.

— Viu o rosto dele? - pergunto e ele nega.

— A todo momento ele esteve de capuz e de costas para a câmera - ele explica.

Solto o ar perdendo a paciência com essa conversa.

— Eu vou subir - aviso e o homem tenta me impedir.

— Ele está armado senhor - ele intervém e eu tenho vontade de socar seu rosto.

— É? - pergunto me desvinculado dos seus braços e ando até o elevador.

— Só por precaução - falo voltando e tomando a arma do chefe de seguranças.

Em passos largos entro no elevador e chamo o último andar.

Coloco a pistola por de trás do paletó a escondendo.

Em menos de dois minutos o elevador chegou, quando as portas se abrem a primeira coisa que vejo é Elisa sentada de frente.

Antes que eu possa tonar decisões precipitadas vejo seu olhar apavorado enquanto ela balança a cabeça.

Estreito meu olhar olhando em volta e não vejo o homem.

Levanto minhas mãos pedindo para ela ficar calma e balanço a cabeça para os dois lados para saber a direção dele.

Ela rapidamente balança a cabeça para a direta e eu entendo.

Ainda com a mão levantada eu dou três passos para fora do elevador e quando uma sombra aparece com rapidez e eu seguro seu braço no ar.

Me viro rapidamente e torço seu pulso o forçado a soltar a faca, acertou dois socos em seu rosto e é quando ele cambaleia e cai para trás.

Com esse pequeno tempo que tenho corro até Elisa.

— Tudo bem? - pergunto nervoso.

Me abaixo até ela e tiro a fita de sua boca e ela solta um soluço.

— Théo - ela diz meu nome e eu a encaro — Eu estou com medo - ela diz e eu passo a mão pelo seus cabelos.

— Está tudo bem meu amor - falo acariciando seu cabelo.

— Estão esperando por vocês o lá em baixo - falo descendo minha outra mão para sua barriga volumosa —vai ficar tudo bem, eu prometo - falo e ela assente.

Desamarro duas mãos e quando ia desamarrar seus pés vejo o homem ficando de pé e eu me levanto rapidamente ficando na frente de Elisa.

— Quem é você? - pergunto ríspido.

— Quem sou eu? - ele solta uma gargalhada enquanto passa a mão pela lado esquerdo da boca onde escorria sangue.

— Já te disse filho de peixe peixinho é - ele diz e eu reviro os olhos para a sua infantilidade.

— Théo é o - Elisa começa a dizer, mas o homem a corta com um grito.

— Cale a boca - ele grita — esse assunto é entre ele e eu - ele fala e eu respiro fundo para não partir pra cima dele.

Quem ele pensa que é para falar assim com ela?

— Se o assunto é entre nós dois deixe ela ir - falo e ele ri.

— Deixar ela ir com essa criatura no ventre? - ele pergunta balançando a cabeça e eu fecho meus olhos contando até três.

— Quem é você? - pergunto novamente mudando de assunto.

— Pensei que você fosse mais rápido Théo Hernandez - ele diz abaixando o capuz e eu pisco incrédulo.

O plot veio ai e se preparem viu quem vocês conhecem ele 🤫

Amanhã eu apareço revelando a identidade desse ser.

Uma boa noite para vocês.

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