Os encontros noturnos entre patrão e mordomo já se tornaram uma rotina prazerosa há algum tempo, mas como tudo isso começou? Para ambos os personagens pode ser a primeira vez; um por ser novo no assunto e outro por... qual seria o motivo?
Autora: Mi...
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Para ser honesto, qualquer homem humano, em meu lugar, ficaria mais do que extasiado por ter uma mulher à sua mercê, eu, pelo menos, não estou. Acho que me acostumei tanto que conheço cada parte da anatomia dela, e a dona Matilda não tem algo diferente, algo que realmente me chame a atenção, que me incite a realizar essa ação não por trabalho, mas por verdadeiro prazer.
Esclareço que à primeira vista ele tem um bom corpo, e um rosto, um tanto comum, mas gracioso, bem cuidado; Sem nenhum traço de imperfeição, porém, mesmo assim, não sinto em mim aquela sensação carnal.
Além disso, um ponto contra ela, foi o fato de ela concordar com tanta facilidade, vai soar masoquista, mas eu gosto mais de procurar uma maneira de conseguir o que quero com mais dificuldade, já que posso fazer qualquer coisa, e as coisas fáceis são realmente chato, especialmente se você viveu algumas centenas de anos. Conheço perfeitamente as características humanas, não encontrei ninguém que fosse o oposto do que sei sobre elas.
Eu estava tão imerso em meus pensamentos que não percebi que ela já havia atingido o auge do êxtase, eu apenas me movia mecanicamente dentro dela. Isso mesmo, quão grande foi o meu tédio nessa “entrega apaixonada”, tendo apenas o contato suficiente, onde pela minha parte, não cheguei nem perto do orgasmo “almejado”.
Sem nenhum cuidado, deixo seu sexo, recebendo um grito em resposta; Era o que eu esperava, seus gemidos pareciam mais gritos, não sei como ele não rompeu meus tímpanos; nada encantador.
Sento-me para arrumar minhas roupas, já que não vi necessidade de tirá-las, virando as costas para ele para ir abrir a porta e avisar meu mestre que pode acessar, a freira responderia às nossas perguntas. Eu apenas observei ela se vestir de novo e sentar naquele monte de palha, com um grande sorriso no rosto; Ela é certamente fácil de agradar. Consigo visualizá-la no mesmo lugar, denotando que acabavam de ter, talvez, uma conversa sobre algo que não era inteiramente do agrado do meu mestre, pois parecia que ele ia protestar, mas quando percebeu minha presença, ele voltou a sua postura normal, Sério, mas desconfortável, ele nem olhou para mim enquanto caminhava, o que esse bobo foi feito com ele? Vou ver se consigo descobrir.
Quando o recebi na porta, dei-lhe o meu sorriso habitual como deveria ao recebê-lo, ele só passou me olhando com o canto do olho... mmm eu gostaria de não pensar errado, isso me faz concluir que o tema de sua palestra que pude ver fui eu e o que aconteceu momentos antes, você pode me ver precisando esclarecer os fatos, já que nunca mencionei como obtive acesso às informações.
Fechando a porta, me aproximei deles para iniciar os interrogatórios, notando um certo cheiro particular no ar... Droga! Um descuido meu trazer meu contratante mesmo nesse ambiente, e claro que ele percebeu. Conheço todas as suas reações, mesmo que ele tente escondê-las, e não foi à toa durante os três anos que estive ao seu serviço.
- E bem? Conte-nos tudo o que você sabe.
Terminadas as perguntas, os três homens deixaram aquele local, voltando para aquele mosteiro. O shinigami menciona que nos veria mais tarde, pois queria procurar qualquer tipo de dado, deixando o mestre e o mordomo sozinhos.
Vendo que meu senhor estava absorto em seus pensamentos, intervim para iniciar a conversa de compilação e dedução do que agora sabemos graças àquela mulher. Isso é algo que sempre fazemos para encaixar as engrenagens, trocando ideias e chegando a possíveis conclusões. É muito interessante para mim fazer esse tipo de atividade com ele, não é nada ruim ser mordomo. É a primeira vez na minha vida que gosto de desempenhar um papel no meu contrato.
No final da sessão, vejo como sua expressão muda imediatamente para uma expressão perdida, duvidosa, pensativa. Conheço muito bem os humanos, mas às vezes é difícil para mim com ele, não sei o que ele pensa o tempo todo, só consigo deduzir. Pensando se era alguma doença, tiro a luva para poder perceber melhor sua temperatura atual. Movendo-se, ele percebe minha ação e sai do transe com um ligeiro sobressalto.
Coloco minha mão em sua testa, encontrando uma cor vermelha marcante em seu rosto, mas o resultado é que ele não está com febre; É meio estranho por causa da aparência dele, ele até ficou um pouco pálido.
- Não, você não está com febre, pensei que você estava se sentindo mal ao ver seu rosto vermelho. – Eu disse a ele um pouco preocupado, é incomum vê-lo assim, e se ele estivesse, a missão para sua recuperação seria interrompida, mas é um consolo que está tudo em ordem e assim ele não fugirá de sua responsabilidades.
Apesar de dizer isso, não consegui tirar a mão, parecia macia ao toque, macia demais, e é legal, como se estivesse hipnotizada começo a acariciar sua têmpora, sua bochecha. É tão interessante! Isso me lembra a suavidade das patas dos gatos. Chego ao queixo dele que é firme mas macio, pensando bem, o resto do corpo dele vai ficar assim? Sim, já dei banho nele mas tudo superficialmente, sempre com luvas, nunca com as mãos nuas e enfim... algo me chamou a atenção, seus lábios, agora que penso nisso, têm um contorno perfeito com uma linda cor rosa, nutrido, vivo. Pergunto-me se...
Sou abruptamente acordado pela pessoa responsável por retirar minha mão, de forma um tanto abrupta, da minha inspeção.
- São alucinações suas, me sinto perfeitamente bem, só estou um pouco cansado, só isso - Ele me diz com aquele tom autoritário que o caracteriza, embora eu não consiga acreditar nele, ele continua com aquela cor no rosto cara, que para falar a verdade eu adoraria vê-lo mais assim, combina com ele, talvez… curioso?
Oh! Que falta de cortesia ver isso feito, me senti muito atraída por ter aquela proximidade, senti vontade de tocar mais, devo confessar que muito raramente, ou quase nenhuma vez, me sinto atraída por alguma coisa.
- Entendo, nesse caso, desculpe meu comportamento. – Faço uma reverência como forma de desculpa.
Apesar disso, sinto-me um pouco decepcionado por ter sido interrompido; A curiosidade pode matar, e o bom é que não preciso me preocupar com a morte. Vou considerar a oferta provisória que minha mente estava me dando, e se sou bom em alguma coisa, é esclarecer dúvidas, será apenas uma questão de encontrar o momento certo; Não é saudável permanecer incerto.
Meu mestre começa a caminhar e como seu fiel servo eu o sigo em sua jornada, observando-o por trás, planejando meus movimentos com muito cuidado, pois meu contratante é diferente dos anteriores, é muito intuitivo, pode ser interessante e divertido; Ao pensar nisso, não posso deixar de desenhar um sorriso um tanto travesso e perverso em meu rosto; Meu Senhor, vamos brincar um pouco.
