DOIS
O CHEIRO DE GRAMA invadiu os sentidos de Gianna conforme ela se aproximava de sua casa. Podia ouvir os gafanhotos no quintal e ver os vagalumes iluminando seu lugar preferido: a estufa de plantas da avó.O inconfundível aroma de massa caseira e molho de tomate encheu suas narinas ao entrar na cozinha pela porta dos fundos. Lá estava sua avó, Fiorella, mexendo nas panelas, e seu avô, Aurélio, fazendo palavras cruzadas na mesa de centro. Ao lado dele, sentava-se seu irmão mais novo, Lorenzo, tentando, sem muito sucesso, ajudar o avô a decifrar as palavras. Não demorou muito para que ele notasse a presença da irmã.
— Que saudade! — exclamou o pequeno, levantando-se da cadeira e abraçando Gianna com força.
— Eu fiquei fora por apenas três dias — disse Gianna, soltando uma risada gostosa.
— Gianna! Que bom que chegou! — Fiorella desviou o olhar das panelas para a neta. — Estou fazendo macarrão.
— Oi, vovó! — Gianna sorriu, incapaz de se mover pela força do abraço do irmão. — Senti o cheiro de longe; seu molho é inconfundível.
— Então quer dizer que minha neta voltou? — Aurélio tirou os olhos das palavras cruzadas, levantou-se e deu um grande abraço em Gianna.
— Oi, vovô — disse Gianna, retribuindo o abraço com a mesma intensidade.
— Papai e Adalina estão em casa? E Chiara? — perguntou Gianna.
— Seu pai e sua madrasta saíram para o centro de Roma comprar algumas coisas — disse sua avó.
— Chiara está dormindo no seu quarto, na sua cama! — Lorenzo exclamou.
Gianna não pôde evitar uma risada. — Está tudo bem ela dormir na minha cama, Enzo — disse, sentindo o leve ciúme no tom do irmão.
— Tanto faz — respondeu ele, fazendo bico. Gianna deixou um beijo no topo da cabeça dele antes de se dirigir ao final do corredor, até o último quarto à direita.
Seu quarto era seu segundo lugar preferido na casa, depois da estufa. Algo nele lembrava tardes de verão, e ela amava essa sensação. As paredes e o chão eram revestidos de madeira, e uma grande janela com cortinas brancas, decoradas com flores, permitia a entrada de luz natural. Em frente à janela, havia uma pequena escrivaninha onde Gianna se perdia no tempo estudando. Na parede ao lado da janela, havia uma prateleira com um espelho, quadros emoldurados e suportes para velas. A cama estava coberta com roupas de cama florais e diversos travesseiros, um presente de Natal de Fiorella, que desde então era a roupa de cama favorita de Gianna.
Os olhos de Gianna pousaram na pequena figura deitada na sua cama, abraçada a um coelho de pelúcia: sua irmã mais nova, a caçula da família, Chiara. Gianna se aproximou e sentou na beira da cama, observando a expressão calma e angelical da menor, seus cabelos loiros iguais aos da mãe, Adalina, nada parecidos com os do pai, Fabrízio, ou com os de Gianna.
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AMBIVALENCE, fred weasley
Fanfiction⊹ ࣪ ˖ AMBIVALÊNCIA, 'existência simultânea, e com a mesma intensidade, de dois sentimentos ou duas ideias com relação a uma mesma coisa e que se opõem mutuamente.' GIANNA FIOZZA estava no seu quarto ano em hogwarts, nascida trouxa, sempre foi uma g...