𝗕𝗥𝗢𝗞𝗘𝗡 | 𝘲𝘶𝘦𝘣𝘳𝘢𝘥𝘰, algo sem concerto prévio ou que destoa da realidade. Em melhores palavras: uma falha. Uma falha que ameaçava desmoronar o sistema quase perfeito de Chicago.
𝗕𝗥𝗢𝗢𝗞𝗟𝗬𝗡 𝗥𝗢𝗦𝗦, via-se a beira de um penhasco...
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BROOKLYN ROSS
Escorreguei meus pés para dentro da bota preta de couro, levemente desgastadas nas pontas, amarrando os cadarços com firmeza, erguendo-me em um pulo da poltrona velha, com o couro descascado, deixando aparente o enchimento amarelado. Caminhei a porta de metal, pegando com a destra minha jaqueta pendurada antes de abri-la, revelando aos meus olhos os corredores mórbidos da audácia. O ar entrou seco em meus pulmões, causando incômodo ao nariz que entortou-se.
Vesti aquela jaqueta de couro, enfiando minhas mãos dentro dos bolsos da calça preta, seguindo em direção ao refeitório quase vazio daquela manhã tão aguardada para todos e, aterrorizante para mim. Minha irmã mais nova, Brittany, faria o teste de aptidão obrigatório hoje, deixando-me em total angústia desde a noite passada, a qual não consegui pregar nos olhos por mais de 30 minutos. Não assustava-me o fato de Brittany escolher outra facção –, sendo sincera, nem eu gostaria de estar aqui. Mas, assusta-me o fato de que minha irmã mais nova fosse uma falha. Vaguei meus olhos sobre as feições entusiasmadas de parentes que aguardavam seus filhos ou sobrinhos voltarem do centro de Chicago, e revelarem orgulhosamente o resultado do teste. Nascidos na audácia quase que 100% das vezes permaneciam aqui, era questão de orgulho voltar ao ninho onde nasceu. Eram acostumados com a adrenalina, com a lua iluminando os corpos enquanto saiam às escondidas para uma noite agitada na tirolesa que existia há décadas.
Ponderei antes de seguir caminho e sentar-me em uma das mesas, onde havia apenas uma pessoa, meu “parceiro” de trabalho. Quatro veio da abnegação e, tinha aquele apelido por possuir exatos quatro medos. Lembro-me de quando o vi pela primeira vez na audácia. Era forte demais para um garoto de 16 anos, e todas as minhas amigas da época viviam em devaneios sobre como quatro poderia salvá-las com aqueles braços venosos e beijá-las com aquela boca perfeitamente delineada. Eu nunca o achei tão atraente, via apenas músculos e mais músculos –, quatro realmente é muito atraente, porém, nunca admitiria aquilo em voz alta. Desde que me tornei instrutora aos 17 anos, nossas conversas sempre são sobre os iniciandos daquele ano, ou alguma troca de farpas sobre o trabalho qual cada um é designado a fazer.
