Diego havia sido retirado da sala e, Lucian se sentava a beirada da grande mesa até uma de suas colegas comentar.
— 'E o pior, estamos muito tempo com ele na equipe, desde o início, não podemos tira-lo. Teríamos que pagar um valor muito alto para cala-lo e o comitê supremo não gostaria nada disso.'
— Desde o início.....
Lucian estava estagiando na clínica experimental de segurança máxima, ele andava para todos os cantos como chaveiro da equipe que logo receberia uma missão de cuidar de um experimento. Enquanto caminhavam pelos corredores uma criança pequena de 4 anos era arrastada pelo braço por um dos seguranças enquanto chorava de forma desesperada. A equipe e, Lucian andava na frente se aproximando e pegando a criança no colo, logo a consolava com afagos no cabelo e lhe dava um doce pirulito vermelho em formato de coração.
...
- 'Lucian! Lucian!'
— Desculpe, Evelinny. Estava pensando.
– 'Bem, quando os resultados saírem vamos ver qual será o próximo passo. Aliás.. Lucian, você viveu pelo Taylen todos esses anos, tem certeza que já considerou o final desse experimento?'
— Sim, claro. Porque não?Lucian se levantava da ponta da mesa e sairia da sala, caminhando nos corredores e logo adentrando outro local onde o menor estava tranquilamente ainda deitado na maca. Alguns enfermeiros faziam anotações em pranchetas e outros terminavam os exames já vendo o resultado. Um dos enfermeiros se aproximava dele e o entregava várias folhas, lhe perguntando.
— 'Já começou a introdução dos hormônios?'
— Recentemente sim.
Ele pegava as folhas e espiava os resultados, logo se aproximava do garoto na maca e acariciava sua bochecha com uma das mãos, a destra.Uma hora depois de alguns debates na sala de reuniões a questão dos exames e qual seria o próximo passo, Lucian deixava o laboratório de carro com o garoto novamente nos bancos de trás. Chegando em casa, colocava o garoto deitado no sofá-cama, ainda estava como se estivesse em um sono profundo e na manhã seguinte seria como se nada tivesse acontecido. Após o momento, o maior ficava na beirada do sofá-cama observando o menor apenas dormir, vendo seu tórax subindo e descendo lentamente mostrando sua respiração. Ele levantava e iria para seu quarto dormir para o dia seguinte.
11 horas da manhã, próximo dia. Lucian estava na frente de seu fogão mexendo a panela com cebolas cortadas, quando o garoto chegava por trás e começava a cutucar suas costas, ele se virava, vendo o menor encolhido com uma revista aberta em uma página com uma linda ilustração do mar.
— 'Mar' o que é o mar?
— Taylen, o mar.. é um montão de água salgada que ainda não invadiu a terra, e que na beira tem areia.
— Parece tão bonito..
O menor dizia virando a revista para si e olhando novamente a ilustração. Lucian após isso, maquianava ideias do que fariam esta tarde depois desse acontecimento, claro, o garoto aí de nunca ver o mar obviamente e, assim pensava mais sobre isso.As duas horas daquele dia ambos se encontravam no carro, o garoto colocava o rosto para fora respirando lentamente o ar litorâneo e o maior dirigia na estrada em direção ao mar, surpreedentemente iria realizar um dos encantos do menor. Uma hora e meia depois, o carro estacionava na beirada da areia. Taylen corria para fora do carro e Lucian seguia lentamente, o garoto ficava encantado começando a respirar profundamente a brisa do mar, observando as ondas silenciosamente indo e voltando até começar a falar.
— O mar parece tão grande! Tão azul! Mágico..
— E gelado também!
Lucian vinha por de trás do menor e o agarrava nos braços indo em direção a água.
— Socorro tem um homem me sequestrando!!
O menor ria enquanto manifestava a graça, sendo carregado até a beira do mar pelo outro que, logo entrava nas ondinhas geladas do mar fazendo ambos se molharem na água salgada.
Depois de algumas horas se molhando na beira do mar e se sujando de areia, Lucian e Taylen entravam novamente no carro e o maior passava uma toalha quente em volta do menor para não sentir frio. Tudo ficou em silêncio por alguns minutos, as ondas do mar fazendo seus movimentos de mar, estalando as ondas lentamente.
— Nunca mais vou ver meus pais, não é? Fiquei pensando em como seria um dia de praia com eles também..
O outro apenas escutou, ficou quieto e nem a de ter uma reação específica para isso, melancólico olhava para ele e pensava nas palavras, nos segredos, nos últimos anos, nunca a de ter uma mente tão barulhenta naquele momento quanto a mente daquele homem. Até que passou.
— Algum dia você verá.. prometo.
Lucian virou a chave do carro e lentamente começaram a sair da praia traçando um trajeto até em casa e logo o seguindo. Na viagem o maior se deixava dominar os pensamentos, algumas vezes virando para olhar o rosto ilegível do menor ao seu lado até finalmente chegarem em casa com o céu anoitecido.
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Experimental
General FictionSobre a obra; Experimental são para as pessoas que não curtem muita enrolação, pois é possível observar na obra um desenvolvimento de cenário e de personalidade até que rápidos. Sendo introduzido em poucos capítulos; motivações, tristezas e entre ou...