2-Não podemos mudar o passado

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Ravenna Giordano

Era Vincent, o irmão três anos mais velho de Sebastian.

Vincent é um bom homem, ele tem um coração enorme e é muito gentil.

-Ela fez um trato com nosso pai, não a machuque irmão, senão sofrerá as consequências -alertou.

-Mas o que? -perguntou com sarcasmo e choque em seguida olhando para mim com raiva.

Antes que ele pudesse fazer algo, seu irmão mais velho interveio novamente.

-Sebastian, a deixe em paz, não é dia para isso -repreendeu.

Ele saiu murmurando palavras com ódio até passar do alcance de nossos olhos.

Vincent sempre procurou ficar longe das brigas familiares, ele sempre se mostrava mais diplomático do que o restante dos Armani, quase como se a rivalidade familiar o incomodasse. Ele era a personificação do oposto de Sebastian: tranquilo e introspectivo. Além do tom de autoridade em sua voz, algo extremamente perceptível, mas que ela nunca encontrou nos outros Armani

-Me desculpe pelo comportamento de Sebastian, ser criado pelo nosso pai foi difícil e isso explica boa parte do comportamento dele -defendeu com um leve sorriso.

-Eu sei bem como é -sorri compreensiva.

-Quer beber alguma coisa?

-Não, tenho que ficar sóbria -ri -eu dirijo hoje.

-Ah claro, então gostaria de dançar? -sorriu me estendendo sua mão.

-Seria uma honra -sorri segurando a mão dele.

[...]

-Eu já vou indo -me levantei -Minha mãe e meus irmãos estão me esperando em casa.

-Eu entendo -se levantou também.

-Obrigada.

-Pelo que? -perguntou confuso.

-Pela noite e pelo Sebastian hoje mais cedo -expliquei.

-Então nesse caso, foi um prazer te ajudar -sorriu.

-Arrivederci -acenei com a mão.

-Arrivederci.

Caminhei até Eleanora que estava flertando novamente com o barmen.

Soltei uma risada nasal enquanto por um segundo, desejei que minha vida fosse tão simples quanto a dela, sem os fardos que as rivalidades familiares me impõem.

-Ravi -sorriu.

-Quer carona? -sorri.

-Mas já? -fez bico.

-Sim, eu preciso ir para casa -contei.

-Tudo bem -sorriu leve deixando a bebida no balcão -Até mais Miles -acenou para ele que abriu um sorriso enorme para ela.

Fomos até o carro e entramos.

-Hum, ai Miles -brinquei e ela bateu no meu braço me fazendo rir.

-Ele é divertido, bonito e ainda faz drinques -contou -Gostei dele.

-Cuidado em -avisei -Não cai nessa conversa furada igual da ultima vez.

-Ah, meu ex -revirou os olhos -Era lindo, mas um traidor e mentiroso.

-São homens Amora -apertei as mãos no volante.

-Apenas homens sendo homens -concordou.

-Exatamente.

Meu Doce e Terrível RivalOnde histórias criam vida. Descubra agora