Pov Wednesday
Completa duas semanas que estou na casa dos meus pais. Mortiça insistiu que eu fosse a terapia, ela só me deixaria voltar para minha casa se eu aceitasse ir ao terapeuta. Fizemos um acordo, hoje mesmo eu retornei para minha casa, estava com saudade. Sabia que não poderia fugir de Enid por muito tempo, mas quem eu quero enganar?
Outra parte minha, estava ansiosa para vê-la. Meu pai me trouxe para casa, com seu típico carro Ford, da cor vermelha. Detesto cores que não seja preto, creio que foi escolha da mamãe, ela quem domina meu pai e toma as redias da situação.
- Finalmente chegamos minha garotinha amarga - diz ele estacionando em frente a minha casa - Como está se sentindo?
Olho pela janela do carro, para a minha casa, finalmente poderei me isolar e me fechar ao mundo novamente.
- Como sempre. Desgostosa e ansiosa para me ver livre das agarras suas e a da mamãe.
- Nos preocupamos com você. Então você vai mesmo a terapia que sua mãe marcou?
- Não tenho escolha. Eu prometi, queria decepcioná-los, mas eu detesto desonrar com as minhas promessas.
- Se precisar de qualquer coisa, nos ligue - pede ele caridoso e seus olhos se abatem eu reviro os olhos pela comoção exagerada do meu pai - Entendo que você não gosta de falar conosco, mas não hesite em falar com a gente Wed. Você me lembra sua mãe na juventude, ela não socializava muito. Ela teve depressão porque nasceu órfã, você sabe que ela cresceu no orfano. Ninguém quis adotá-la e isso a entristeceu.
- Pois eu ia adorar ter sido órfã - comento seca - Assim não teria família e pais emocionados no meu pé.
- Não duvido, você é forte. Mas ser sozinho nem sempre é bom - diz ele frágil - Mortiça e eu nos esforçamos para darmos uma vida confortável e boa para você e seu irmão. Principalmente ela, fez tudo por vocês o que não recebeu na infância.
- As pessoas são cruéis e agem como se fossem justas e passivas. Mas não são, eu assumo minha indentidade. Eu não tenho medo de mostrar quem eu sou, não me importo se meu jeito mórbido desagradar as pessoas. Suas opiniões não significam nada para mim, mamãe passou anos na infância desejando receber amor e isso a enfraqueceu. As pessoas não se disponibilizam para ninguém, eu aprendi a ser forte e resistente a dependência emocional. Falam que sou cruel, mas as pessoas que se escondam debaixo dos seus véu, são os verdadeiros monstros. Mamãe ter sido abandonada foi um atitude egoísta e cruel, ela ter sido diferenciada das outras crianças foi por preconceito e crueldade. Enfim todos neste planeta é cruel, não existe bondade e amorosidade.
Eu farei terapia no sábado, pois não abro a biblioteca nos finais de semana. Decisão minha é claro, eu sou a dona, eu escolho os dias trabalhista para mim.
Dois dias se passaram, e felizmente não cruzei com Enid. O que é uma benção, jamais usaria essa palavra se não fosse necessário, entretanto era um milagre não ouvir Enid bater na minha porta. Invadir minha privacidade com sua presença exacerbada, e seu intelecto social indiscutível. Eu também evitava de me encontrar com ela, finalmente é quinta feira, e voltando para casa, já estava anoitecendo, eu avisto uma figura familiar.
Ela é do tamanho de Enid, a mesma estatura, mas os cabelos são castanhos, e longos, sua face é parecida com a de Enid, uma verdadeira cópia da garota. Ela usa uma camiseta unissex larga, calça legging verde escura e sapatos ALL Star vermelho, a mesma tem a postura esgueirada. A garota está no meu gramado, eu olho para ela inquisitiva, a garota repara e mim e acena, nada chocada, ela age como se não nos conhecêssemos.
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Eu Amo Odiar Você
FanficEu Amo Odiar Você Wednesday Addams, é uma garota introvertida e reservada, ela não tem amigos, particularmente antenada apenas em literaturas e séries na Netflix. Ela acabara de completar 24 anos e não arranjou namorado ou amigos para interagir, mo...