Rejeição

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Eu entrei no castelo ainda tocando meu pescoço e sentindo ele pulsar cada vez mais. torcia para que não ficasse a marca.

— Princesa, eu não posso ficar de braços cruzados, principalmente se tratando do meu primeiro dia como juramentado. — Erwin me seguia.

— Eu já falei que eu mesma resolverei isso. Não se preocupe. — Eu respondi.

Eu não sabia para onde exatamente eu estava indo, mas acabei esbarrando com a Baela pelo caminho.

— Olá, Ametara. — Ela logo disse. — Está gostando daqui?

— É, irei me acostumar. Vai se encontrar com a nossa vó? — Eu perguntei.

— Ela já voltou para Driftmark. Pelo visto não avisou a você. — Ela riu com talvez desdém e olhou para o Erwin.

— Ah, este é Sir Erwin Strong. Meu escudo juramentado. — Eu o apresentei.

— Quem diria que uma saqueadora como você precisaria de alguém a protegendo. — Ela respondeu. — Ossos do ofício, não? Enfim, estarei encontrando o Jace agora. Até mais, prima.

Ela foi embora, me fazendo voltar a andar lembrando do que o Jace havia me falado. Os dois iriam casar.

— Perdão, Princesa. Não conheço o castelo, mas acredito fielmente que a senhorita está perdida tanto quanto eu. — Erwin disse me despertando dos meus pensamentos.

— Ah, eu estava procurando por você. — Daemon surgiu e olhou para Erwin que estava atrás de mim. — Você pode ir.

— Só recebo ordens do rei e da princesa. — Essa foi a resposta do Erwin, fazendo Daemon entrar em alerta.

— Me espere aqui, por favor Sir Erwin. — Eu disse antes que qualquer coisa acontecesse, puxando Daemon para não tão longe dali.

— O que aconteceu ontem a noite? — Ele perguntou fazendo eu sentir meu coração errar uma batida.

— Como assim? — Eu perguntei nervosa.

— Com o Aemond. Você falou com ele? Algo? — Ele completou, me fazendo suspirar instantaneamente de alívio. Mas nem tanto.

— Não conversamos muito. Só coisas fúteis. — Eu respondi.

Ele não respondeu, me observava me deixando cada vez nervosa. Até que ele levantou sua mão e tocou o meu pescoço.

— Onde arrumou essa marca? — Ele perguntou.

— Eu não sei. — Respondi quase de imediato. — Deve ter sido em Dragonstone, eu realmente não sei.

— Precisamos conversar sobre isso também. — Ele cruzou os braços. — Pretende voltar?

— Você é estranho, sabia? Brigou comigo ontem por eu não ter um juramentado, mas me incentiva a voltar onde um dragão selvagem quase me matou.

— Seu papel fundamental para mim neste momento é que arranque qualquer informação do Aemond. Insisto que estão tramando alguma coisa. Você tem livre acesso meu para entrar no quarto com ele ou ter encontros. Mas aquele cara não deixará você muito tempo sozinha com ele. — Ele apontou para Erwin. — Para que não aconteça qualquer coisa que possa acontecer entre vocês.

Eu segurei a imensa vontade que eu estava de sorrir daquelas palavras. Se ele soubesse que já havia acontecido tudo aquilo e mais um pouco.

— Já terminamos por hoje. — Ele me olhou dos pés a cabeça e saiu andando.

— Ah mas tudo bem para você um dragão quase me matar? — Eu perguntei.

— Antes isso do que qualquer outra coisa. — Ele falou antes de desaparecer em um corredor qualquer.

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⏰ Última atualização: Jul 19 ⏰

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