Chamas Do Coração | ᴍɪɴʜᴏ - ᴘʀᴏᴠᴀ ᴅᴇ ғᴏɢᴏ

ᴄʀᴀɴᴋs

No vasto e desolado cenário pós-apocalíptico, os sobreviventes logo descobriram que os mortos-vivos que agora dominavam a Terra não eram meros zumbis comuns das histórias de terror. Eram criaturas de uma nova e aterradora espécie, possuindo uma agilidade sobrenatural e uma ferocidade insaciável. Suas presas afiadas cintilavam sob a luz da lua enquanto avançavam em velocidade estonteante, movendo-se com uma precisão letal que fazia suas vítimas parecerem presas fáceis.

Cada passo dos zumbis era um testemunho de sua força implacável, e os olhos injetados de sangue refletiam uma fome inextinguível que deixava claro: enfrentar essas criaturas era mais que uma luta pela sobrevivência, era um confronto contra predadores que superavam em muito a antiga definição de terror.

Kate, Minho e os amigos estavam escondidos no galpão abandonado, ouvindo atentamente cada som que vinha de fora. Os zumbis rápidos e ferozes rondam a área, e qualquer movimento em falso poderia ser o último. A tensão era palpável enquanto eles planejavam sua fuga.
- Temos que sair daqui - sussurrou Minho, seus olhos escaneando a pequena janela que dava para a rua. Kate assentiu, segurando firmemente a mão de Minho, tentando transmitir um pouco de coragem.

Com cuidado, eles abriram a porta do galpão, saindo silenciosamente para a escuridão da noite. Os zumbis estavam próximos, e eles podiam ouvir os passos rápidos e os grunhidos ameaçadores. Movendo-se em silêncio absoluto, o grupo avançou pelas sombras, cada um consciente de que o menor ruído poderia atrair a atenção das criaturas. Passo a passo, eles se aproximaram de uma construção completamente destruída, as paredes em ruínas fornecendo um refúgio precário.

Chegando ao local, eles se esgueiraram por entre os escombros, encontrando um espaço relativamente seguro sob os destroços de uma antiga sala. Kate ajudou seus amigos a se acomodarem, tentando criar o máximo de conforto possível nas circunstâncias. O grupo estava exausto, mas ninguém ousava fechar os olhos completamente. O medo constante dos zumbis mantinha todos em alerta, mas o cansaço acabaria vencendo. Lentamente, um a um, eles começaram a sucumbir ao sono, esperando que a cobertura improvisada fosse suficiente para mantê-los ocultos até o amanhecer.

A noite avançou lentamente, cada som amplificado pela quietude tensa do esconderijo. Kate se revirava inquieta, seus sonhos povoados por imagens dos zumbis ferozes que os caçavam sem cessar.

Quando os primeiros raios de sol começaram a iluminar o céu, ela acordou com um sobressalto, verificando rapidamente se todos estavam bem. Eles haviam sobrevivido mais uma noite, mas a luta estava longe de terminar. A construção destruída era apenas um breve refúgio, e logo teriam que seguir em frente, sempre fugindo das criaturas que não descansavam.

Ao levantar, Kate observava que todos estavam em sono profundo, encolhidos pelo frio nada escaldante. Seus olhos rapidamente passam por Minho que dormia tão bem que nem parecia estar naquela situação, ela logo desiste de acordar o grupo para seguir jornada e deita ao lado do garoto que parecia ter sonhos felizes.

Kate se deitou ao lado de Minho, o chão duro e frio fazendo com que ela se aproximasse mais dele em busca de algum conforto. O cansaço era esmagador, mas o sono não vinha. Ela observou Minho, cujo rosto, parecia tranquilo e sereno, um contraste com a realidade brutal que os cercava. Depois de um tempo, ele se mexeu e abriu os olhos, piscando lentamente ao ajustar-se à pouca luz.

- Kate? - ele murmurou, a voz rouca de sono.

- Oi, Minho - ela sussurrou de volta, tentando não acordar os outros. - Desculpa, não queria te acordar.