Way Down We Go

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E aí? O que acharam do novo título? Contem-me.

Me desculpem se houver algum errinho. Peço também desculpas pelas demora. Sem mais, espero que gostem.

Ela estava cavalgando como uma selvagem sobre um corcel banhado pela lua, havia fogo e ele lambia suas pernas como uma língua quente. O coração batia contra o peito, o suor escorria por todo o corpo e a pele molhada e escorregadia brilhava a luz de uma lua prateada. Não era verão, mas estava quente como se seu corpo nú tivesse sido consumido pelas chamas do inferno.

Os dedos dos pés se contorciam sobre os lençóis bagunçados e as pernas estavam dormentes o suficiente para dor do esforço de suas coxas já não mais lhe afetarem. Havia um prazer contínuo fluindo do centro de seu ventre, inundando todo o corpo e fazendo com que os mais obscenos gemidos deixassem seus lábios sem qualquer vergonha.

Ela sentia o forte aperto das mãos cheias de veias saltadas em seu quadril largo, enquanto se apoiava no peito que subia e descia em um ritmo tão acelerado quanto as sentadas contínuas sobre o grosso membro que lhe fazia sentir tanto prazer.

Rhaenyra quis chamar por Deus, mas o nome que saiu de sua boca, arrastado e cheio de deleite, foi outro.

— Daemon!

Acordou assustada como se tivesse tido um pesadelo. Sentia o coração bater sob a mão repousada no peito e seu corpo se enchia de um calor demasiado para um dia tão frio como aquele, mas não era só isso, estava excitada.

Ainda se situando no tempo e espaço, ela infiltrou uma das mãos por baixo do cobertor e curiosamente a desceu entre as pernas apenas para sentir a calcinha úmida sob seus dedos. Já tivera sonhos eróticos antes, mas não daquela forma e não com ele.

Rhaenyra certamente não era cega, Daemon era extremamente atraente, podia ver isso com clareza, mas era só isso. Os pensamentos nada castos que já teve um dia eram culpa dos desejos aflorados da adolescência. No entanto, ela já não era mais adolescente e mesmo assim estava alí sentindo os efeitos de um sonho erótico com o tio.

A palavra "tio" ecoou em sua cabeça como uma acusação que parecia vir de todos os cantos, ela mesma se apontou o dedo e se julgou, ninguém poderia fazer isso melhor do que ela. E o fato de não ser mais tão jovem e ainda se sentir assim em relação a Daemon, lhe assustava.

Esfregou os olhos e encarou a parede, enquanto procurava por desculpas inexistentes no breu da consciência traidora. Mas o que encontrou foi apenas sua própria falta de capacidade de lidar com a realidade.

— Estou enlouquecendo...

Era dos braços dele que vinha o alento que precisava depois de torrenciais dias de chuva. Mas apesar da satisfação, tinha medo disso como tinha de se queimar.

Não era ingênua como as vezes parecia ser, a questão é que ela preferia que as coisas permanecessem abstratas, como uma arte bagunçada cheia de cores, relevos e rabiscos, onde a linguagem infestada de palavras e porquês não se faz necessária. Ela só gostava de sentir e pensar que não havia barreiras ou motivos para alarde.

Porque as palavras costumam ter um poder imensurável, elas criam vida, trazem tudo a realidade e fica difícil fazer vista grossa ao pecado e escondê-lo da própria consciência. Mas tudo isso não era porque se importava se sua estadia no inferno seria mais tortuosa ou se o diabo seria compassivo, o seu maior motivo era egoísta, apenas não queria ter que se abster dele.

Depois de tudo, de todas as desilusões e decepções, estar com Daemon era como encontrar um oasis após dias tortuosos no deserto, então de forma alguma queria que as coisas se tornassem estranhas e absurdas o suficiente para que ele tivesse que se afastar como um dia já fizera.

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⏰ Última atualização: Sep 21 ⏰

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Sagrado Profano | DaemyraOnde histórias criam vida. Descubra agora