𝙎𝙏𝘼𝙇𝙆𝙄𝙉𝙂 𝙔𝙊𝙐 - 𝙉𝙞𝙘𝙤𝙡𝙡𝙮 𝙎.

𝐜𝐚𝐩𝐢́𝐭𝐮𝐥𝐨 𝐪𝐮𝐚𝐭𝐫𝐨

𝐂𝐡𝐞𝐫𝐥𝐥𝐲𝐧𝐞 𝐑. 𝐖𝐚𝐥𝐭𝐨𝐧

Desço do carro observando as pessoas andarem para a porta da faculdade. Me encosto no capo do meu carro esperando aquela aglomeração diminuir.

Reviro meus olhos, por que as vezes estão tão desesperadas para estudar?

Me sinto observada, olho disfarçadamente para todos os lados daquela calçada até encontrar um par de olhos azuis me encarando fixamente. O sol daquela manhã bate contra seu rosto, seus braços cruzados e seu rosto sério faz meu corpo queimar, ele está como eu, com seu corpo encostado no capo.

Seu olhar não sai do meu por um segundo, eu não desvio, não me intimido. Me seguro para não descer o olhar para o seu corpo, mas dá para perceber que ele está de regata preta. É fevereiro, está muito calor!

Me desencosto do carro começando a andar, sem desviar o olhar do homem, até passar por ele e entrar na faculdade.

Cara estranho, será que ele é da faculdade? Bom, espero que não.

Saio dos meus pensamentos ao sentir uma presença do meu lado. Viro o rosto e vejo a mesma menina de ontem, reviro os olhos acelerando meus passos.

— Já entendi que você não gostou muito de mim, mas sou a Emma! __diz com um tom de animação tentando andar junto comigo_

— Não te perguntei. _respondo séria e arrogante entrando na sala de aula. Ouço a garota sussurrar um "grossa" atrás de mim_

Me sento na última cadeira da sala, a tal da Emma senta na minha frente. Puta que pariu, garota chata. Ela se vira para mim dando um sorriso, eu me controlo para não levantar meu precioso dedo do meio para a mesma.

— Você é meio misteriosa, não é? Você entrou ontem e não quis fazer amigos, é quieta, grossa e não sorrir... Você provavelmente não é feliz da vida __batuca os dedos na minha mesa enquanto não para de falar. Olho para ela irritada__

— O que acontece na minha vida não é problema seu, então me deixa em paz e para de ser insuportável! __ela me olha sem demonstrar reação mas sorrir fraco__

— Meu irmão sempre diz que sou insistente mesmo __da ombros olhando para os próprios dedos__

— Bom, diz ao seu irmão que eu concordo com ele. __falo de um jeito sarcástico e fico em silêncio quando a professora entra na sala__

A morena se vira para frente prestando atenção no que a professora diz.

[...]

Saio do banheiro andando pelo corredor vazio, o que é estranho mas consigo escutar uma gritaria vindo lá de fora.

Passo pela porta da faculdade na mesma hora que vejo uma menina levar um soco e cair no chão, merda, isso doeu. Ando do lado da multidão querendo ir até meu carro, mas viro um pouco meu rosto para a menina no chão e paro vendo a garota insuportável, Emma.

Além de chata, não sabe se defender. Ainda olhando para a confusão, volto a andar negando com a cabeça, menininha burra. Abro meu carro olhando para àquilo novamente, vejo sangue escorrendo do nariz dela e fecho a cara, ela não vai levantar e se defender? Porra, vamos lá, garota, reage!

Respiro fundo fechando o carro, ando até a multidão xingando. Empurro algumas pessoas que me atrapalham de andar, uma loira que estava chutando Emma, tinha que ser loira azeda. Aproveito que a menina estava na minha frente de costas para mim, puxo os cabelos dela com força, ela grita, seu grito fino dói meus ouvidos. Jogo ela no chão e dou um chuto no rosto dela.

— Se mexer com a aquela insuportável novamente, você morre. Me ouviu, loira falsificada? __questiono alto vendo ela chorando__

— Quem você pensa que é, porra? Sabe quem é meu papai? __dou um sorriso irônico, me abaixo ao lado dela segurando seus cabelos. Pego em seu nariz com força e quebro ele ouvindo um estalo. As pessoas estão quietas__

— Diz ao seu papai que o seu narizinho foi quebrado por uma Roux! __sussurro no seu ouvido, solto seus cabelos e me levanto. Ando em frente vendo as pessoas abrirem o caminho para mim, vou até meu carro ouvindo o choro alto da menina. Solto um sorriso__

— Ei, ruiva! Espere! __ouço a voz de Emma, bufo me virando para ela que anda até mim cambaleando__

— Se for me agradecer nem precisa. __cruzados meus braços olhando para ela__

— Óbvio que precisa, você me ajudou, obrigada! __da um sorriso para mim__

— Vai cuidar desse nariz que vai ser melhor para nós duas __abro a porta do meu carro.__

— Emma! __alguém grita em um tom de preocupação, olho para ver quem é, e vejo o homem que me olhava hoje mais cedo.__ Mas que porra, o que aconteceu? Me ligaram me pedindo para vim te buscar.

Minha nossa, ele já é pai? Provavelmente foi pai muito novo.

— Não aconteceu nada, eu estou bem. __diz para ele enquanto sorrir. Olho para ela sem entender__

— Ela está mentindo __confesso séria tirando meus olhos dela e olho para o homem__ Foi espancada, por uma garota loira!

Emma me olhando brava e olho para ela sem entender

— Cala a boca ruiva, não foi você que me diz para eu te deixar em paz? Por que não vai embora? __começa a alterar o tom de voz. Olho para ela indignada__

— Olho aqui sua sem noção, eu te ajudei, coisa que nem era para mim ter feito! Você estava apanhando igual á uma criança de 3 anos. __aponto para ela irritada, ingrata do caralho__

— Eu não pedi sua ajuda! __fala alto batendo o pé que nem um criança, mas acaba fazendo uma careta de dor__

— Que se foda, você é uma ingrata, eu deveria ter deixado aquela loira oxigenada te bater mais. __entro no meu carro, vontade de passar ele por cima dessa garota, mas meu vermelhinho não merece isso__

Saio acelerando minha ferrari. Por que eu fui ajudar ela? Eu nunca faço isso quando o assunto é comigo. Merda!

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O que estão achando, meu amados?