Cap: ⁰³ 𝕸𝖎𝖓𝖍𝖆.

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Se eu apertar sua mão, vou guardar no meu bolso.

O toque do celular fez Eddie voltar de seus devaneios. Ele pegou o aparelho e o olhou. 

— Então, a gatinha quer mais... 

Ele sorriu lendo a mensagem de Mallorie. Os dedos rápidos digitando a resposta. — Enviado.— Ele se levantou do banco e saiu da cozinha, indo até seu quarto. Abriu o armário e pegou uma roupa, deu de ombros, pois seu estilo de roupa era praticamente o mesmo. Sempre com seus trajes sociais. Ele caminhou até o banheiro e se despiu. Ele passava as mãos pelo seu corpo que ainda era musculoso. Já arrumado Eddie saiu de casa com as mãos nos bolsos como costumava andar. Ele acenava rapidamente para as pessoas que o cumprimentavam. 

Já outras pessoas, o olhavam com estranheza e curiosidade. Ninguém entendia porque um homem que tinha sua própria loja de vestidos e certamente ganhava bem, podia morar em uma casa caindo aos pedaços como era a dele. As velhas fofoqueiras do bairro estavam sempre falando coisas sobre ele, algumas achavam que ele era louco, outras acham apenas desxeilado mesmo. 

— Olá! Gracinha.

Eddie falou sorrindo enquanto observava sua jovem pretendente. 
Que também sorria ao vê-lo com seu lindo cabelo balançando ao vento, um vestido branco curto que despertou alguns pensamentos. Ele estendeu o braço para ela que rapidamente o segurou. 

— Está nervoso pra conhecer os meus amigos? 

Eddie deu de ombros, como se ele realmente se importasse com alguns garotos idiotas. 

— Não! Por que eu estaria? 

Mallorie assentiu sorrindo e o olhando. Ela o achava realmente peculiar com seu cabelo bagunçado e suas cicatrizes. A loira queria saber mais sobre ele, tudo que ele quisesse contar. 

— Você está certo, não há motivos pra ficar nervoso. São apenas alguns universitários. 

Os dois caminhavam para a saída do parque, o vento soprava arrepiando a pele delicada de Mallorie. Eddie percebe sua pele arrepiada e retira seu terno, ele o coloca por cima dos ombros da jovem e acaba virando um vestido para ela. 

— Não precisava.— ela falou voltando a caminhar com Eddie. 

— Claro que precisava. Você estava com frio e eu como te esquentar. Justo, não é?—

Eddie passou o braço pelo pescoço de Mallorie enquanto os dois caminhavam pela rua pouco iluminada por alguns postes. A lua cheia, o som do vento cortando o céu, as árvores secas balançavam como uma dança, deixando o ambiente sombrio. 

— Eu não gosto muito de passar por aqui à noite.— Mallorie falou baixo, como se sussurrasse apenas para si. — O que, está com medo? Às vezes eu esqueço que você ainda é uma menina.— Eddie soltou uma risada estranha enquanto olhava a loira, ela o encarou tentando não ter medo. 

— Não tem graça, Edward.—

Eddie deu de ombros e os dois permaneceram em silêncio. Havia uma velha ponte de madeira que os separava da casa. Eles começaram a atravessar, quando Eddie olhou para baixo. A altura, a água corrente. Ele imaginou como seria divertido ver Mallorie cair lá dentro e "dormir." 

𝕺 𝖘𝖊𝖗𝖎𝖆𝖑 𝕶𝖎𝖑𝖑𝖊𝖗 𝖖𝖚𝖊 𝖒𝖊 𝖖𝖚𝖊𝖗𝖎𝖆. Onde histórias criam vida. Descubra agora