Hate you

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O corredor frio e sombrio do presídio e seus ecos metálicos refletindo o clima pesado que pairava no ar.

Minhas mãos trêmulas e suadas denunciavam meu nervosismo, enquanto aquela camisa de gola alta preta parecia me sufocar ao som martelante de meu coração contra o peito.

Cada passo naquele chão pavimentado que dava em direção à sala de visitas parecia carregar o peso de mil confissões não ditas, e mil medos escondidos.

Havia duas semanas que não vinha tentar vê-lo, duas semanas que vivi como se nunca o tivesse conhecido, como se sempre tivesse sido feliz. Saía para beber com Taehyung, por mais que não gostasse, ria até o estômago doer em vez de chorar a madrugada inteira.

Mas, durante essas duas semanas, meu coração apertou, meu lobo se rebelou, e a confusão me tomou por completo, seu cheiro ainda pairava em minhas roupas, sua escova de dentes ainda estava no meu banheiro e nossas fotos ainda estavam em meu celular me relembrando do amor fervente que sinto por ele, do choro entalado na minha alma por ainda crer em um futuro que parece inalterável.

Mas se verdadeiramente o amasse, jamais teria me envolvido com o Kim, não teria arrumado aqueles livros que o alfa me mandou comprar caso quisesse viver um romance pois, como ele me disse, eu o teria somente naquelas páginas, mas com Taehyung foi diferente, em tão pouco tempo, senti-me amado de uma maneira que me deixou em dúvida.

A ânsia por respostas me devorava, levando-me de volta a estas paredes frias que conheço tão bem. Durante quatro meses, vim aqui duas vezes por semana, na esperança de vê-lo, mas fui rejeitado repetidamente.

Ele não queria me ver, como deixou claro há quatro meses. No entanto, algo mudou. O alfa que tanto me recusou, desta vez, aceitou minha visita.

Esperei tanto por este momento, mas o medo do desconhecido e o peso dos meus erros me assombravam. Mas agora, diante daquela porta metálica, não havia mais volta. Liam, transbordava de euforia dentro de mim uma vez que o aroma de nosso alfa já se fazia presente.

Ao cruzar o limiar da sala, fui imerso em uma atmosfera que evocava memórias vívidas, o aroma acolhedor de grama molhada, um lembrete sutil de tempos mais serenos mas que se desfez assim que o avistei sentado.

Ele estava ali, vestindo aquele uniforme laranja, revelando suas tatuagens por ambos os braços, suas mãos algemadas rigidamente sobre a mesa à sua frente, postura imponente e expressão enigmática.

Jung Hoseok, meu amado... meu precioso amor, e ex-namorado, finalmente diante de mim após meses de ausência, e no entanto, seus olhos não encontravam os meus. Essa indiferença dilacerava meu coração e lobo, como se revivesse a angústia daquela noite em que tive de o algemar. 

— Bob —  chamei pelo guarda à porta com uma voz firme, decidida a dissipar aquela barreira física que mantinha Hoseok distante — Por favor, remova as algemas dele.

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