Comemorações

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Acordo com os braços de Stênio em volta do meu corpo

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Acordo com os braços de Stênio em volta do meu corpo. Com cuidado, levo minhas mãos até o celular para não o despertar.

— Oito horas! — sussurro, retirando o braço dele de cima de mim. Ele abre os olhos por um instante e volta a dormir. Saio do quarto na ponta dos pés e corro até o meu, deito na cama com um sorriso e fico ali até a casa finalmente acordar. Quando estava quase desistindo, com os olhos querendo fechar novamente, a porta do meu quarto se abre. Isadora entra devagar, sobe na minha cama e me enche de beijos.

— Bom dia, tia Heloísa! — Bom dia, princesa! — Sento no meio da cama e a puxo para enchê-la de beijos. — Dormiu bem? — Muito! A Lara dormiu comigo. — Eu sei, fui eu quem colocou vocês na cama. Estavam muito cansadas! — A tia Márcia levou a gente para brincar dentro da bola na piscina, depois fomos no trenzinho, comemos e ela nos levou em outro brinquedo. Foi muito legal! — Você gosta da Márcia, né? — Muito! Mas não fique com ciúmes, tia. Eu te amo mais! — Oh, meu amor, eu não estou com ciúmes. É que eu ia conversar com o seu papai para ver se ele não pede para ela ir trabalhar na casa de vocês. Acho que só a Creuza fica muito puxado. Você não acha? — A vovó Creuza vai ficar brava! — Mas você não acha que seria melhor assim? — Acho! — Ela sorri sapeca. — Então é isso, minha pipoquinha! — Toco de leve o nariz de Isadora e ela sorri. — Eu vou tomar um banho, fica aqui vendo desenho. — Vejo Isadora concordar. Tomo um banho e, na volta, levo um baita susto ao ver Isadora mexendo na minha maleta. Vou devagar para que ela não se assuste e tiro minha arma da mão dela. — Isadora, o que eu falei com você? — digo, brava. Ela me olha, sabendo que fez algo errado. — Não mexa mais ali, estamos entendidas? — Isadora faz cara de choro e eu coloco a maleta com a minha arma em cima do guarda-roupa. — Me perdoe, tia Heloísa! — Meu corpo estava tremendo. Eu não sei como aquela menina conseguiu colocar a munição na arma. Ainda bem que não estava bem encaixada. — Seu pai vai me matar. Eu preciso de água! — Helo! — Stênio bate na porta e Isadora corre para abri-la. Ele vai até mim, que estava sentada na beira da cama, assustada. — O que foi? — A Isadora achou a minha arma. Me perdoe. Eu peguei antes de acontecer alguma coisa, mas isso não me livra da culpa! — Filha, pega um copo de água para a Helo, por favor! — Isadora corre até a cozinha e Stênio fecha a porta. — PUTA QUE PARIU, HELOÍSA! — Eu já imaginava que ele ia ficar estressado. — Me perdoe, amor. Eu nunca imaginei que ela ia mexer nas minhas coisas. Eu a deixei vendo desenho e fui tomar banho! — Me explico, vendo ele ficar vermelho, mas engolir a seco. Passa a mão no rosto e se volta para mim. — Só tome cuidado da próxima vez. A Isadora é muito curiosa. Estou tentando tirar essa mania dela, mas está muito difícil. Eu vou falar com ela. — Concordo e, em menos de cinco minutos, Isadora estava de volta ao quarto.

 — Dê a água para sua tia e sente aí que eu quero falar com você! — Isadora assim o faz. — Filha, quantas vezes o papai já falou com você sobre não mexer nas coisas dos outros? Isso é muito feio. Lembra que eu já falei para você: se tem uma moeda de um centavo no chão na casa de alguém, o que você faz? — Aviso o dono! — Isso aí, e nem pega. Deixe que o dono pegue! — Vejo Isadora abaixar a cabeça. — Da mesma forma, eu peço para que não pegue nada da tia Heloísa. O papai já te falou para que ela usa, lembra?

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