Caminhos Entrelaçados: Redenção No Tempo

Capítulo 8

JAMES POTTER

Estou super empolgado! Finalmente estou em Hogwarts e na melhor casa de todas, a Grifinória. Hoje é o dia oficial do início das aulas, e vai ser incrível. Não que ontem não tenha sido bom, na verdade foi ótimo.

Ontem, no trem para Hogwarts, fui presenteado com duas amizades incríveis: Sirius Black e Remus Lupin. Juntos, descobrimos que também fazemos parte da Grifinória e até dividimos o mesmo quarto. A camaradagem foi instantânea, como se estivéssemos destinados a nos encontrarmos naquela jornada mágica. E não posso deixar de mencionar Peter Pettigrew, nosso colega de quanto, que conhecemos a noite, cuja gentileza e simpatia nos cativaram desde o primeiro instante.

A Grifinória nos acolheu de braços abertos, prometendo aventuras inesquecíveis e laços que perdurarão para sempre. Estamos prestes a embarcar em um dia repleto de magia e aprendizado, prontos para enfrentar os desafios que Hogwarts reservou para nós.

Ao raiar deste dia promissor, nós, decidimos explorar os cantos mais ocultos de Hogwarts. A emoção palpita em meu peito enquanto percorremos os corredores silenciosos, cada passo ecoando a promessa de aventuras inesquecíveis. Sirius, com seu olhar faiscante e sorriso travesso, lidera o grupo com uma confiança contagiante, apontando para os retratos animados que adornam as paredes como se fossem antigos amigos.

Remus, sempre atento e sábio além de seus anos, observa cada detalhe do castelo com uma reverência que toca nossos corações. Sua presença calma e serena nos guia pelas salas e escadarias como uma bússola confiável em um mar de mistérios. Peter, o mais reservado entre nós, encontra conforto na camaradagem recém-descoberta, sua lealdade brilhando como uma estrela tímida no firmamento.

À medida que exploramos juntos os segredos de Hogwarts, uma conexão especial se forma entre nós, tecendo laços de amizade que parecem transcender o próprio tempo. Cada risada compartilhada, cada olhar cúmplice trocado nos corredores desertos, fortalece nossa irmandade recém-nascida. Unidos pelo desejo de descobrir o desconhecido e pela magia da juventude, nos tornamos mais do que amigos; nos tornamos uma equipe destinada a deixar nossa marca na história desta escola lendária.

Enquanto o sol nascente pinta o Grande Salão com tons dourados e a promessa de um novo dia se desdobra diante de nós, sei que esta jornada matutina é apenas o prólogo de uma história épica que estamos destinados a viver juntos. Estamos prontos para enfrentar os desafios e as alegrias que o destino nos reserva em Hogwarts e além.

…

Após um café da manhã revigorante no Grande Salão, os quatro meninos se dirigem juntos para a primeira aula do dia: Poções. O corredor ecoa com suas vozes animadas e risadas enquanto se aproximam da sala de aula, prontos para mais uma experiência de aprendizado mágico.

Ao adentrarem a sala, são recebidos pelo professor de Poções com seu olhar perspicaz e exigente. Entre os alunos, destacam-se os membros da Sonserina. Nós trocamos olhares rápidos, reconhecendo a reputação da casa como um "ninho de cobras", onde muitos bruxos das Trevas foram formados ao longo dos anos.

James Potter observava com um sorriso travesso nos lábios enquanto os outros se preparavam para a aula de Poções, prontos para mais um desafio acadêmico em Hogwarts. Ao entrarem na sala, os olhares curiosos dos sonserinos se cruzaram com os olhares confiantes dos grifinórios, alimentando o clima de competição saudável que permeava o ambiente.

Enquanto o professor começava a explicar a complexa tarefa do dia, James não pôde deixar de notar a arrogância nos rostos dos alunos da Sonserina e, com um brilho provocativo nos olhos, decidiu fazer um comentário leve para instigar a rivalidade entre as casas.

"Vocês, sonserinos, devem estar se sentindo um pouco deslocados aqui na presença da grandeza da Grifinória. Sinto muito por vocês que ficaram na Sonserina. Não sei como conseguem suportar o cheiro do próprio veneno", brincou James, com um sorriso malicioso no rosto.

Sirius Black, ao seu lado, soltou uma risada contida enquanto Remus Lupin e Peter Pettigrew trocavam olhares cúmplices. A competição entre as casas era uma parte essencial da vida em Hogwarts, uma tradição que alimentava o espírito de competitividade e estimulava os alunos a darem o seu melhor em cada desafio.

Os sonserinos responderam com olhares esnobes e sorrisos sarcásticos, prontos para provar que eram tão dignos quanto os grifinórios,  algo que nunca aconteceria. A atmosfera na sala de aula tornou-se tensa, cada aluno empenhado em demonstrar suas habilidades e conhecimentos perante seus colegas.

Enquanto as poções borbulhavam nos caldeirões e os feitiços eram conjurados com precisão, James encarou os sonserinos, determinado a mostrar a superioridade dos grifinórios. A sala de aula de Poções estava impregnada com o cheiro pungente de ingredientes mágicos em ebulição, enquanto cada aluno se esforçava para preparar a mistura perfeita.

James Potter, com suas habilidades notáveis, tinha certeza de que sua poção era exemplar. Ele olhou de relance para seus amigos, Sirius, Remus e Peter, que lhe deram um aceno de encorajamento. Quando o professor Slughorn finalmente se aproximou de sua mesa para inspecionar o trabalho, James endireitou-se, esperando um elogio que reforçasse a excelência grifinória.

"Ora, muito bem, Potter. Excelente trabalho," disse Slughorn, acenando com a cabeça em aprovação. Por um breve momento, o orgulho pulsou no peito de James, e ele trocou olhares satisfeitos com os amigos.

No entanto, a sensação de triunfo foi breve. Slughorn, em seguida, dirigiu-se à mesa dos sonserinos, onde Severo Snape, com sua aparência sombria e austera, que o faz assemelhar-se aum corvo, observava atentamente a reação do professor. Snape, sempre meticuloso, tinha preparado uma poção que cintilava com uma perfeição inigualável.

"Magnífico, simplesmente magnífico, Snape," exclamou Slughorn, com uma admiração que fez o coração de James afundar. "Raramente vi uma poção tão impecável. Os ingredientes foram dosados com precisão cirúrgica, e a execução é digna de um mestre. Parabéns! Vinte pontos para Sonserina." Logo após sua observação, o professor solicita a presença do garoto corvo para uma conversa particular.

James sentiu a cor desaparecer de seu rosto enquanto o professor passava longos minutos elogiando a habilidade do sonserino. Snape, por sua vez, lançou um olhar triunfante a James, um brilho de satisfação em seus olhos negros.

Sirius resmungou algo incompreensível, claramente irritado, enquanto Remus tentava manter a calma-lo e Peter olhava nervosamente ao redor. A sala de aula, antes repleta de sons de poções borbulhantes, parecia agora estranhamente silenciosa, com a vitória de Snape pairando pesadamente no ar.

James cerrou os punhos, determinado a provar seu valor na próxima oportunidade. Ele sabia que a rivalidade entre Grifinória e Sonserina estava longe de terminar, e estava mais resoluto do que nunca a mostrar que os grifinórios poderiam superar qualquer desafio.

O resto das aulas decorreram sem incidentes, mas foi durante o jantar que Sirius e James descobriram a sua verdadeira vocação: pregar peças. Entre risadas e olhares cúmplices, perceberam que tinham um talento nato para causar travessuras. Cheios de entusiasmo, dirigiram-se ao dormitório, onde começaram a tramar suas próximas pegadinhas. Desta vez, decidiram que os alvos seriam os arrogantes Sonserinos. Com criatividade e um toque de malícia, planejaram cada detalhe, determinados a surpreender e divertir a todos, ao mesmo tempo em que davam uma lição aos seus rivais.

Claro, isso despertou uma certa preocupação em Remus. No entanto, desde que fossem pegadinhas inofensivas, não deveria haver grandes problemas. Mesmo assim, Remus decidiu ficar atento aos planos dos amigos, garantindo que suas travessuras não causassem danos a ninguém. Apesar das suas reservas, ele não pôde deixar de sorrir diante da empolgação de Sirius e James.