ʟᴜᴄᴋʏ sᴛʀɪᴋᴇ

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ˋ°•*⁀➷

𝟢𝟣𝗁𝟣𝟧 – 𝖼𝗅𝗂𝗆𝖺 𝖼𝗁𝗎𝗏𝗈𝗌𝗈, 𝖻𝗋𝗂𝗌𝖺 𝖿𝗋𝗂𝖺

S/n acorda de madrugada, graças aos vizinhos barulhentos do prédio que te deram esse presente rotineiro incrível. Com a cabeça enterrada no travesseiro, você se pergunta se algum dia esses dois conseguiram ter uma conversa sem brigar.

O barulho abafado das vozes deles, filtrado pelo travesseiro, está te impedindo de dormir. Então, S/n pega seu maço de cigarros e decide descer até aquele beco ao lado do prédio que viu antes.

O ar frio da madrugada te envolve assim que você sai, mas, na real, não te incomoda. Parece até um alívio. O beco, que S/n achava que seria horrível pela descrição da Colleen, na verdade, é bem aconchegante. As paredes dos prédios parecem te abraçar, e as luzes fracas deixam o lugar mais tranquilo do que você esperava. Você se encosta na parede, deixa o calor do cigarro contrastar com o frio da noite e sente a tensão do dia ir embora com ele.

Não tem aquele monte de lixo que você imaginava, na verdade é bem organizado. A presença de pinos de cocaína, realmente, é nítida. O beco tem cheiro de cigarro barato e um leve aroma de maconha, mas nenhum cheiro de lixo realmente. Um ponto positivo aos olhos de S/n.

Conforme você fuma profundamente seu cigarro, que pegou do maço que o Andrew te deu, um pensamento atravessa sua mente: "O que ele quis dizer com pacto com o demônio?" Você se pergunta se é literalmente o que parece ou se ele fez algum acordo sombrio com um traficante, mafioso, algo assim.

Você já está no seu quinto cigarro, sentindo o sono lentamente te alcançar. "Será que eles já acabaram?" pensa enquanto entra no prédio e sobe lentamente as escadas.

Silêncio. Um alívio aos seus ouvidos. Você entra no apartamento e tranca a porta logo em seguida. Até tem a impressão de que sua cama está mais confortável do que antes. Seus olhos já estão pesando só de encostar na cama.

De repente, batidas na porta são ouvidas. "Eu acho que Deus está me testando," você resmunga, levantando rapidamente e abrindo a porta sem demora.

Andrew.

— Você tem alguma ideia de que horas são? — você pergunta, encarando seus olhos, claramente irritada.

— Me deixa dormir aqui hoje, eu imploro. É uma questão de segurança! — ele diz quase suplicando, juntando as mãos como em oração.

— Não. — você responde secamente, fechando a porta na cara dele de uma vez. Assim que se vira em direção ao quarto, mais batidas são ouvidas.

Você abre a porta de forma brusca, e Andrew segura a porta acima da sua cabeça, impedindo que ela feche.

— Eu não aceito 'não' como resposta — ele diz, levantando rapidamente as sobrancelhas.

— Boa sorte me expulsando do meu próprio apartamento então — você retruca, tentando fechar a porta, mas ele a impede.

— Olha, eu fico no sofá, no chão, na sacada, não me interessa. É só por uma noite, eu juro. Se eu ficar mais um segundo no mesmo ambiente que a Ashley, um de nós dois vai acabar morto naquele apartamento miserável — ele diz com uma voz firme e grave que te arrepia, deixando claro que ele está falando sério.

— O que eu ganho em troca? — você pergunta, franzindo a sobrancelha e cruzando os braços.

— Eu posso te chupar de novo.

— Cai fora — você interrompe, virando-se de costas e tentando fechar a porta, mas Andrew continua segurando-a, rindo da sua reação.

— Desculpa, brincadeira fora de hora. — Ele diz suspirando, acalmando as próprias risadas — Mas olha, eu não tenho muita coisa pra te oferecer além de cigarros. Eu juro, que se você me fizer esse favor, eu prometo que te arranjo o que você quiser, não importa o que seja — Andrew gesticula com as mãos, encarando seus olhos, quase implorando "por favor" repetidamente.

𝘼𝙣𝙙𝙧𝙚𝙬 𝙂𝙧𝙖𝙫𝙚𝙨 𝙖𝙣𝙙 𝙖 𝙥𝙖𝙘𝙠 𝙤𝙛 𝙘𝙞𝙜𝙖𝙧𝙚𝙩𝙩𝙚𝙨Onde histórias criam vida. Descubra agora