01. ANTES DO INÍCIO

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Verona, Itália

A brisa fria da noite bate levemente no meu rosto. Ergo o meu olhar para conferir o nome do local para ter certeza se é o lugar certo. Após verificar o nome e as câmeras de segurança, abaixo o meu chapéu, evitando assim qualquer possibilidade de ser reconhecido pelas câmeras.

Adentro o hospital ao empurrar a porta, procurando câmeras à medida que eu caminho pelo largo corredor. Observo que não há câmeras no corredor, assim como nos demais pelos quais passei.

Chegando perto da porta, que imagino ser a da escada, optei por subir pelas escadas em vez de utilizar o elevador do hospital, pois ele já está lotado de pessoas.

Antonella foi encaminhada para o segundo andar, mais precisamente para a sala de parto. Minha respiração fica cada vez mais agitada, assim como meu coração, que começava a bater mais rápido.

Senti um pavor só de pensar que aquela desgraçada queira fazer alguma coisa contra a minha filha. Ela vai fazer, disso não tenho dúvidas. Por isso, eu preciso ser rápido e tirá-la daqui.

Após passar pela porta, um grito ecoou pelo corredor do hospital e, em seguida, outro, e depois outro. É, está hora.

Entro no terceiro corredor, onde fica o vestiário dos funcionários, e adentro na sala quando já não há mais ninguém pelo corredor. Começo a tirar minha roupa e visto uma roupa de enfermeiro, também coloco luvas e uma máscara facial.

Passo pela porta e sigo em direção aos gritos da mulher. Ao entrar na sala de parto, observo Antonella completamente suada e em um intenso esforço para dar a luz a nossa filha. E tudo indica que ela está tendo pequenas complicações.

Anteriormente, temia que ela quisesse machucar a nossa filha, mas agora o meu medo é de algo sair errado. Sinto-me angustiado com a possibilidade da minha filha nascer morta.

Percorro o meu olhar pela sala, estranhando e achando incrível até agora que ninguém me expulsou. Isso é devido todos estarem concentrados no parto que ninguém notou a minha presença.

Saí da sala de parto para aguardar do lado de fora até a enfermeira sair com minha filha. Optei por permanecer ali, aguardando com paciência o momento em que isso aconteceria.

Esperei por cerca de oito horas até que os gritos de Antonella finalmente cessassem, causando grande aflição a cada segundo que eu estava ali. Foi então que finalmente pude ouvir o choro de um recém-nascido.

Após alguns minutos, uma enfermeira adentrou a porta carregando um bebê. Aguardei alguns instantes antes de virar para outro corredor e acompanhá-la discretamente. Ela cruzou o amplo corredor e, ao se aproximar da penúltima porta, acelerei meus passos para alcançá-la.

Ao me aproximar, notei que a sala possuía um grande painel de vidro, através do qual era possível observar diversos bebês em camas enfileirados e a enfermeira posicionando a pequena recém-nascida na última fileira. Após observar os demais recém-nascidos por algum tempo, a mulher, em companhia da outra enfermeira, deixou a sala.

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