ONE

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QUINTA-FEIRA, 13 DE JULHO.

• 05:15

— MARÍLIA MENDONÇA

Despertei com o meu alarme tocando. Desliguei e me sentei na cama esperando o sono passar.

Sinto as mãos de Otávio acariciando minhas costas

— bom dia meu amor — meu esposo disse me fazendo um breve carinho

— bom dia amor, estou com uma preguiça de ir pro hospital hoje que você não tem noção — digo e logo levanto. Afinal eu precisava trabalhar.

Bom eu sou a Marília, casada aos vinte anos de idade e trabalho como médica em um hospital.
Otávio é um cara mais velho que eu, trinta anos, me casei com ele aos dezoito, eu sou apaixonada no meu marido, poderia dizer que sou uma esposa troféu, mas eu adoro trabalhar no hospital, por mais que as vezes me dá uma preguiça enorme igual hoje.
Otávio trabalha de contador em uma empresa famosa aqui de São Paulo.
A gente ainda não temos filhos, quer dizer eu não tenho. Sim eu sou madrasta de uma criança de cinco anos, o nome dela é Octávia, é uma criança muito linda e um amor de pessoa. Mas não mora com a gente e sim com a mãe dela, Carla.
Minha família são de Goiânia, assim que me casei com Otávio a gente decidiu morar em São Paulo, e não pretendo voltar tão cedo a Goiânia, a não ser pra visitar meus familiares claro.

•••

Saio do chuveiro e coloco meu roupão no corpo e vou em direção ao closet.
Visto uma calça branca, uma polo também branca e por cima um suéter também da mesma cor e uma pashmina da Gucci. E no pé uma bota de cano baixo na cor preta.
Eu sempre me troco no hospital, então não gosto de ir já com a roupa do trabalho.

— amor? — vou até Otávio e aliso as suas costas — eu estou indo, espero que dê pra gente almoçar hoje, eu te mando mensagem qualquer coisa tá?

— tá bom, deixa eu te perguntar — ele se senta na cama — a Carla terá que dar uma saída hoje, no caso ela irá viajar, ela vai pegar a Octávia em casa na segunda, tem pro... — interrompi ele

— claro que não amor, eu adoro a companhia da Octávia — sorri pra ele e dei um cheirinho no seu pescoço — cortar essa barba mocinho, me machucou de madrugada — sorri maliciosa a ele o fazendo lembra da nossa aventura

— vai trabalhar vai amor, me avisa se der pra você sair pra almoçar tá? — afirmo — eu te amo sua gostosa

— eu também te amo meu moreno — sorri e peguei minha bolsa e meu celular e desci — bom dia Loren

— bom dia minha menina — peguei meu café que estava na garrafa térmica e um pedacinho de bolo e fui em direção a nossa garagem.

Entrei dentro do carro e deixando a minha bolsa no banco do passageiro. Conecto meu celular no carro e coloco uma música baixa. Saio dali a caminho do hospital, horário de pico e peguei um pouco de trânsito.

•••

Desci do meu carro e tranquei ele.

Fui em direção a minha sala e fui até meu armário e peguei minha roupa e fui até o banheiro pra me trocar.

Antes de dar sete horas eu fiquei na minha sala, conversando com minha mãe pelo celular

Ligação on
Minha rainha 👑♥️

- Eu estou morrendo de saudades de você minha filha

— ah eu também estou morrendo de saudades de você mãe! Você não tem noção! Nas minhas férias de setembro quero dar uma passada aí, com Otávio e Octávia — sorrio pra tela do celular

- Ai Marília - ela suspira - você é tão jovem e já casada, já é madrasta...

— aí mãe, eu amo o Otávio e a senhora também

- sim minha filha, eu amo vocês dois, mais gostaria... - ela engoliu suas palavras - enfim estou e sempre estarei feliz por vocês - ela sorriu

— ah mãe — limpei minha lágrima — não sabe o quanto fico contente em escutar isso. Cadê o João e minha sobrinha?

- João, Iolanda e a Jasmine foram viajar, aproveitar que a Iolanda pegou férias do hospital

— ah sim, mais tarde ligo pra eles pra saber como estão as coisas — olho no meu relógio sobre a mesa — mamãe tenho que desligar, a emergência me chama — sorrio — beijos e eu te amo

- eu também te amo e bom serviço meu amor — sorri agradecendo e desligando a ligação

Suspiro e me levanto. Desligo meu celular e coloco ele dentro do armário e saio da minha sala.

E assim que eu estou saindo da minha sala eu encontro o meu chefe parado na porta

— posso dar uma palavrinha com você? — afirmei e dei espaço para que ele entrasse

— algo de errado senhor Borges? — digo confusa

— Não, quero dizer... — ele coça a garganta — Eu estou precisando de você no hospital de Goiânia — ele diz firme e rápido — por um mês, como sua família é de lá eu não veria problemas em te escalar e também por que você é uma das melhores cirurgiã que esse hospital já viu — ele me olha — você vai receber um valor alto, o dobro do seu salário e mais quatro por cento. Topa?

— Claro — sorri — É pra quando?

— pra amanhã — arregalei meus olhos — você pode ir pra casa, arrumar a sua mala que você irá hoje à noite. — ele se levanta — você não vai se arrepender

— imagino que não — abro a porta pra ele — obrigado por confiar em mim — ele apenas sorriu e sai

Estava explodindo por dentro eu precisava contar pro meu amor essa notícia e pra minha mãe também é claro!

CONTINUA....

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