Quando meu pai me chamou para uma conversa, não esperava que fosse para me contar que, após sete meses de namoro com a Senhorita Lee, ele havia decidido que deveríamos nos mudar para a casa dela. A ideia de dividir o espaço com alguém que conheci tã...
-Tem algo aqui que esteja te incomodando,Jisung? - Meu pai rompe o silêncio da mesa do jantar entre nós dois, sua voz grave ecoando na sala. Observo-o beber um gole de seu suco, a expressão séria no rosto me deixando um pouco ansioso.
- Como? - Pergunto, com a boca cheia, tentando processar a pergunta inesperada. O garfo hesita no ar, enquanto olho para ele, confuso.
- Alguém... tem alguém dentro dessa casa te incomodando? - Ele insiste, seu cenho franzido revelando uma preocupação que eu não esperava. Seus olhos fixos em mim parecem querer arrancar a resposta certa.
- Se o senhor está se referindo a Minho, não se preocupe. Ele está me tratando bem.- Respondo rapidamente, tentando transmitir segurança. O peso da expectativa na mesa é quase palpável.
Os olhos do meu pai relaxam imediatamente, como se um fardo tivesse sido retirado de seus ombros. Um pequeno alívio ilumina seu rosto.
- Ele está me tratando bem... até suspeito que ele não seja a pessoa que você e a Yeon diziam ser. - Um sorriso leve surge nos meus lábios, buscando acalmá-lo. Ele parece querer acreditar nas minhas palavras, mas ainda há uma sombra de dúvida.- Não pegue tanto no pé do Minho, pai. Ele não tem a obrigação de cuidar de mim. - Tento suavizar o tom, mas sinto que minha defesa está um pouco mais forte do que pretendia.
- Eu sei que não... me desculpe... - A voz dele sai baixa e quase pesarosa. O olhar dele desvia por um momento, como se estivesse refletindo sobre suas preocupações.
[ ... ]
(21:14)
Estava estudando quando sinto minha garganta ficar seca, com a sensação desagradável, desço até a cozinha bebendo um copo de água. Voltando rapidamente para meu quarto.
Pego a pasta onde haviam algumas folhas soltas, os deveres de casa que os professores havia passado. Começo fazendo pela ordem que pegava aleatoriamente quando colocava a mão na pasta, mas com isso, acabei reparando algumas lições diferentes do habitual.
Fórmulas mais complicadas... não que eu não soubesse, mas não estavamos estudando aquele conteúdo. Aquele conteúdo era de uma pessoa do terceiro ano.
Minho havia entrado aqui. Oque ele queria aqui, e porque deixou o dever de casa. Ele achou mesmo que eu não iria reparar nessas fórmulas diferentes das que eu estou acostumado? Resolvo algumas delas, mesmo assim errando a maioria para não causar suspeitas. Se ele pensou que iria ganhar uma nota tão alta desonestamente, ele tá bem enganado.
Depois de terminar tudo que precisava, guardo minhas coisas. Deixando somente o dever de casa do idiota em cima da escrivaninha, ele deveria vir buscar em alguma hora.
No outro dia, ao acordar para ir para a escola, reparo que a lição não estava mais no lugar que havia deixado. Seria legal ver a reação dele ao ver que não tirou um 10 em matemática nas minhas costas.
Sigo meu dia sem me importar muito com isso. Não havia me incomodado com oque ele fez, até achei divertido ele achar que eu era burro ao nível dele ao ponto de não perceber a diferença. Na minha aula de geografia decido mandar mensagem para o mesmo, pertubando.
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