07. 𝐓𝐞𝐧𝐭𝐞 𝐦𝐞 𝐜𝐨𝐧𝐪𝐮𝐢𝐬𝐭𝐚𝐫.

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𝐇𝐚𝐧 𝐉𝐢𝐬𝐮𝐧𝐠 𝐏𝐨𝐯:

07 𝐝𝐞 𝐌𝐚𝐢𝐨 𝐝𝐞 2024.

( 𝐂𝐚𝐬𝐚 𝐝𝐨𝐬 𝐋𝐞𝐞'𝐬, 05:46. )

Os primeiros raios de sol começam a se infiltrar pela janela do meu quarto. Aos poucos, o som insistente do despertador rompe o silêncio, me tirando do sono profundo. Abro os olhos lentamente, ainda meio sonolento, e estico os braços na tentativa de afastar a preguiça que insiste em me envolver.

Acordo e não estou com dor de cabeça, já é um bom sinal de que a ressaca foi embora.

Sento na cama e esfrego os olhos, tentando despertar completamente. Levanto devagar, sentindo o chão frio sob meus pés descalços.

Caminho até o banheiro e encaro meu reflexo no espelho. Observo meu rosto sonolento e inchado. Lavo o rosto com água e sabão, para acordar completamente os olhos que insistiam em se fechar lentamente pelo sono. Aproveitando já escovando os dentes, e fazendo as leves ondulações nas pontas do meu cabelo com a chapinha.

Visto a camiseta social branca que inisiste em ficar maior em meu corpo, pelo tamanho maior que eu havia pegado e a gravata azul marinho. Coloco a calça jeans larga, e visto o all star preto que já estava separado, como sempre.

Pego minha mochila e saio de casa rumo à escola, pela bebida do outro dia, acabo sem ficando sem vontade de comer.

Saio pela grande porta de madeira na entrada, e não vejo o carro de minho. Ótimo, mais um dia pegando o ônibus lotado.

Enquanto caminho em direção ao ponto de ônibus, sinto a brisa suave e gelada da manhã. Os passos firmes ecoam na calçada, criando uma melodia reconfortante em meio ao silêncio matutino. Observo as casas e árvores conhecidas ao meu redor, imerso em meus próprios pensamentos.

De repente, o ronco distinto de um motor se faz presente, interrompendo meus devaneios. Olho para o lado e vejo uma moto estacionando ao meu lado. Só reconheço quem é a pessoa quando minho retira o capacete, revelando um sorriso no rosto. Seus cabelos ficam levemente bagunçado ao tirar o capacete.

- Decidi te dar uma trégua depois de ontem. - O sorriso no rosto de minho poderia ser considerado de convencido.

Torço o nariz ao escutar sua frase.

- Tá com dó de mim? Eu me virei todas essas semanas indo de ônibus muito bem sozinho, não preciso subir na sua garupa como se fosse seu namorado agora só porque agora você decidiu que tá tudo bem entre a gente. - O indicador faz um rápido gesto, apontando entre eu e ele. - Por que não está.

- Como você consegue ser tão irritante logo cedo? - Ele pende a cabeça para o lado. Mas seu sorriso persistia em seu rosto, como se minhas palavras não tivessem o menor efeito sobre ele.

- Muito tempo convivendo com você tem os efeitos colaterais. - Coloco os fones de ouvido e continuo meu caminho. Sem me importar se o outro já havia terminado de falar comigo ou não.

[ ... ]

(𝐄𝐬𝐜𝐨𝐥𝐚 𝐜𝐞𝐧𝐭𝐫𝐚𝐥 𝐝𝐞 𝐒𝐞𝐮𝐥, 10:30, 𝐑𝐞𝐟𝐞𝐢𝐭𝐨́𝐫𝐢𝐨.)

- Não, não me olhem assim! - Dou passos para trás quando vejo meus dois amigos se aproximando, apontando o indicador, pedindo com esse gesto para que eles paressem.

Estávamos no final do intervalo, e finalmente se encontramos depois do fim de semana conturbado, (pelo menos para mim) , já que nossas primeiras aulas não foram juntas.

Conversamos normalmente inicialmente, até achei que eles tinham esquecido daquilo de ontem. Mas pelo visto eles só tinham deixado para perguntar o melhor para o final.

Mᴇᴜ ᴍᴇɪᴏ ɪʀᴍᴀ̃ᴏOnde histórias criam vida. Descubra agora