↳ Coletânea de Histórias de uma Mente Ansiosa
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"Viva como quem sabe que vai morrer um dia, e que morra como quem soube viver direito"
— Chico Xavier
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— Jeff? Jeff? — Mike chama, tirando Jeff do transe. Ele olha para Mike, um de seus amigos mais próximos e atualmente um dos integrantes do elenco que ele montou especialmente para sua série, uma realização de um sonho pessoal. Ele olha ao redor, vendo todos os olhares preocupados voltados para ele. Está tão focado em não demonstrar que está com dor que não presta atenção ao que o diretor está falando. Eles estão em uma reunião, decidindo os próximos passos da série.
— P'Jeff está bem? — Barcode pergunta, colocando a mão sobre a de Jeff. Ele sente-se milagrosamente melhor apenas com esse toque sutil. Não há melhor remédio para Jeff do que estar ao lado de Barcode. Se ele tivesse permanecido focado no garoto, sua dor já teria passado, ele pensa, sorrindo.
— Estou bem — garante, apesar do incômodo persistente na barriga.
A reunião continua, mas Jeff continua a se sentir mal. Cada vez mais, a dor se intensifica, e ele luta para se concentrar nas discussões sobre a série. Finalmente, quando a reunião chega ao fim, Jeff se levanta rapidamente e se desculpa, dizendo que precisa de um momento sozinho.
No banheiro, ao lavar o rosto, Jeff nota um pequeno sangramento no nariz. Um arrepio de preocupação percorre sua espinha enquanto ele segura um lenço contra o nariz, tentando estancar o sangramento.
A porta se abre repentinamente, e Jeff esconde o lenço sujo de sangue o mais rápido que pode.
— P'Jeff está mesmo bem? — Barcode insiste, aproximando-se. Jeff aprecia a preocupação do outro.
— Sim, só um pouco… cansado.
Não é uma mentira completa, tampouco toda a verdade. Jeff está sempre cansado, mas o cansaço é um sinal claro do seu trabalho, então ele realmente não se importa. Gosta de dizer aos outros, principalmente a Barcode, para se cuidarem, mas não segue o exemplo.
Depois de se livrar sorrateiramente do lenço com sangue, Jeff lava as mãos e acompanha Barcode para fora do prédio. Ele sempre pega o garoto em casa e faz questão de deixá-lo na porta, são e salvo; ele confia em Barcode, sabe que ele pode se virar sozinho, mas gosta de garantir que ele esteja bem e seguro. Enquanto Barcode está ao seu lado, Jeff não consegue tirar os olhos dele, sempre atento caso o garoto precise de algo. É um hábito que ele adquiriu quando o garoto que tanto ama era apenas um jovem rapaz que de repente estava sob seus cuidados; Jeff nunca se queixou, pelo contrário, ele ama cuidar de Barcode, passaria facilmente o dia fazendo isso. Isso também o assusta.
— Vamos almoçar? — Barcode pergunta, de repente. Ele parece empolgado, e sua animação faz Jeff sorrir, ignorando momentaneamente o incômodo.