Piloto, Café e Proposta.

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Yunho se preparava para sair do edifício onde estava.

Era mais uma manhã cheia de fotógrafos e paparazzis chatos.

Vamo lá Yunho, você consegue.

Uma respirada funda foi o fim de sua mini meditação.

–Yunho, aquelas fotos são verdadeiras?– um pergunta a sua frente.

–Era você mesmo?–  um pergunta à sua direita.

–Poderia dar uma entrevista?– uma pergunta a sua esquerda.

Yunho manteve a cabeça erguida e seguiu em frente, oque era difícil graças às dezenas de pessoas o seguindo. Mas ele pega um táxi e sai do lugar.

Simplificando a história: Yunho havia saído em um encontro com outro cantor famoso, coisa que não ficou em sigilo durante muito tempo. Fotos do momento logo vazaram e ele se meteu em bons apuros com sua empresa.

Havia levado hate desnecessário por supostamente estar comprometido e bronca de seus chefes.

Todo castigo pra corno é pouco.

Ah céus, ele só queria um cafézinho agora.

Será que ele tinha jogado pedra na cruz para merecer tudo isso?

E ele nem ao menos tinha seguranças. Já que a maioria dos da sua empresa foram demitidos por serem espiões dos sites de fofoca.

No trajeto de táxi inteiro Yunho se imaginava tomando um cafézinho quente naquela manhã fria e agitada.

Seu telefone vibra em seu bolso.

–Fala logo, viado.– atendeu o celular já sabendo quem o estava ligando essas horas da manhã.

–A princesa tá de mal humor é?– o homem do outro lado da chamada pergunta.

–Me erra, Seonghwa.– disse pro homem que agora é identificado.

–Sem tempo pra essa sua carranca matinal mô. Você precisa estar aqui às 10h temos um ensaio marcado lembra?– o Park bem humorado do outro lado da linha o lembra de seu compromisso.

–Lembro sim, Hwa.– Yunho diz, parecendo estar sem paciência.

–Melhor estar aqui na hora Jeong Yunho!–  ele finge raiva.

–A ligação tá caindo!– o cantor finge estar com mal sinal na chamada e desliga na cara do moreno.

Seonghwa era seu maquiador, que havia se tornado um grande amigo seu, eles trabalham juntos a muitos anos e acabaram pegando intimidade demais um com o outro.

Num nível que parecem irmãozinhos birrentos.

E aliás.

Bem que Seonghwa disse que estava sem tempo.

Já eram 9:30, e Yunho nem havia chegado na cafeteria.

–Ah pelo amor de Jeová– Pediu misericórdia aos céus quando viu a hora.

Oque parece ter funcionado já que chegou mais rápido à sua querida loja de café.

–Se for um milagre eu dobro e fico pra mim.– disse ao descer do táxi, logo depois o pagando.

–09:40…Eu posso terminar a tempo se eu queimar a língua com o café.– disse um tanto otimista para uma coisa tão ruim. Logo correu para dentro da loja.

Yunho logo cobre seu rosto com uma máscara e cabelo com um boné.

Assim que entra na loja ele já avista o amigo com quem ele tinha marcado ali.

–Bom dia princesa, por favor sente na glock!– Yeosang disse em uma melodia gentil, parecia estar de bom humor.

–Será que vocês tiraram o dia com a minha cara hoje?– disse ao se sentar em frente ao Kang, esse que deu de ombros.

–Já fez nossos pedidos?– perguntou mais calmo para o moreno a sua frente.

–Sim, acho que já já ele sai.– fala simplista.

–Beleza. Aliás,  você tá muito lindo hoje, Yeo.– Yunho lhe oferece um sorriso gentil.

–Não tenho dinheiro, oque você quer sua naja?– Fala em deboche,  já conhecendo seu amigo.

–Me dá uma carona até a nacific por favor.– Desiste de bajular o mais novo e joga as cartas na mesa.

–Tranquilo.–  Yeosang parece tranquilo com a ideia.

–Toma, vai buscar nosso pedido.– O Kang entrega o bilhete com o número do pedido ao Jeong e o manda até lá.

–Você colocou muffin de chocolate pra você?– Yunho indaga.

–Sim.–

–Eu quero vey me dá.– o cantor faz olhos de cachorrinho para o estilista.

–Não dou vey, não dou, é só meu! Agora vai logo.– negou o pedido do moreno e o estapeou para levantar mais rápido.

–Eu quero ver quando eu morrer, minha fortuna vai toda pro meu gato.– Yunho se levanta contrariado.

–Miau.– o Kang o devolveu simplista.

Recebeu um dedo do meio como resposta.

Yunho marcha até o balcão de entrega.

–Oi, bom di- – o jovem ia comprimentar o atendente,  mas, o próprio o impede.

Um homem de cabelos platinados, ombros largos, braços fortes marcados na sua roupa, parecia ser mais alto que Yunho e tinha um cheiro ótimo.

Todo o mundo do cantor pareceu se concentrar na aparência do atendente.

Será que ele realmente havia dobrado seu milagre?

–Senhor?– O homem a sua frente o chama, vendo que ele paralisou.

Yunho se arrepiou.

A voz do homem era grave e profunda, parecia envolver o cantor de um jeito que o deixava completamente perdido.

–Sim?– Yunho finalmente o respondeu, se amaldiçoando por ter demorado tanto.

–Qual pedido o senhor veio buscar?– o rapaz pergunta, em fim de receber o bilhete numerado que Yeosang havia o entregado.

Mas Yunho estava avoado demais, agora ele estava chapado na maneira de como o platinado o chamou de senhor.

–Ah, é esse aqui..– Jeong o entrega o papel com o número 69 nele.

–Ok, um momento.– o garoto sai de sua vista por alguns instantes para buscar o lanche.

–Aqui está,tenha um bom apetite e um bom dia.– o homem lhe oferece um sorriso a por fim lhe entrega a bandeja com a sua comida e bebida.

O sorriso do platinado era tão bonito quanto o resto de si.

Yunho teve uma ideia.

–Você pratica alguma arte marcial?– ele solta do nada, obviamente surpreendeu o homem do outro lado do balcão.

Era uma aposta fácil de se ganhar, pelo físico do homem ele com certeza treina algo.

–Uhm…Boxe.– o jovem responde um tanto desconfortável pela pergunta repentina.

–Já ganhou algum cinturão?– o moreno se interessa pelo estilo de luta do rapaz.

–Não acho que isso seja de seu interesse. O senhor vai querer mais alguma coisa do nosso menu?– o platinado de repente assume uma postura séria,  como a que estava antes de entregar o pedido do cantor.

–Tenho uma proposta pra você.– ele sorri.

Proteja-me.Onde histórias criam vida. Descubra agora