003. 𝘭𝘢𝘳𝘶𝘴𝘴𝘰 𝘢𝘶𝘵𝘰 𝘥𝘦𝘢𝘭𝘦𝘳𝘴𝘩𝘪𝘱.

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CLARISSE E FLORA PASSEAVAM por toda região de Los Angeles. O teto solar do carro estava aberto, e os cabelos louros da mais nova dançavam ao ritmo da música "wildest dream" da famosa cantora Taylor Swift. Clare cantava cada estrofe da canção, entretanto, sua sobrinha estava perdida em um mar de pensamentos inquietos.

O motivo de seus devaneios: Johnny Lawrence, seu pai. A ansiedade começava a percorrer seu corpo graças ao peso da expectativa de conhecê-lo. O que diria a ele? Como se comportaria? Será que eles seriam amigos? As perguntas amontoavam-se em sua cabeça, criando dúvidas que a amaldiçoavam.

— O que está pensando?— Clare a cutucou com o cotovelo, fazendo com que Flora tirasse os olhos da janela.

— Estava prestando atenção na vista.— Deu de ombros. Clare continuava analisando seu rosto, como se desejasse ler sua mente.— O que foi, tia?

— Está gostando de Los Angeles? — Perguntou, voltando a olhar em direção a rua.

— Eu gosto do que vejo. A praia é bem bonita! Seria legal ir dar um mergulho, acho que só fui a praia uma vez na vida.

— Podemos ir no final de semana. — Clare apertou os olhos rapidamente, sussurrando "droga".— Eu deixei de te contar algo.— Flora arqueou as sobrancelhas ao olhar para a mais velha.

— O que?— Indagou, cruzando seus braços.

— Eu te matriculei na escola. E, antes que diga algo, eu sei que você ira passar apenas alguns meses comigo, mas achei que seria bom para você se enturmar e fazer amigos.— Explicou, esperando pela reação de Florence.

— Mas eu pensei que eu estava de férias.— Um bico falso de tristeza formou-se em seus lábios.

— Mas nem está em época de férias, Flora. Você ficaria sozinha a maior parte do tempo.

— Eu sei.— Respondeu, o bico formado em sua boca deu espaço para um sorriso.— Eu começo quando?

— Se tudo correr como o esperado, provavelmente esta semana. Devemos ir ao shopping comprar materiais para você?— Perguntou com um grande sorriso no rosto. Se havia algo que nunca mudaria, seria o amor de Claire por compras.

— Claro, por que não?

Então, a mais velha começou a dirigir a caminho do shopping. Florence, agora realmente prestava atenção na cidade e pode perceber que o Sol brilhava com uma intensidade própria. As palmeiras eram altas e esguias, pontuavam as largas avenidas e as praias, que no momento, estavam lotadas. Haviam vários zumbidos graças ao tráfego, mas a menina logo se acostumaria.

— Tia, esse chiado ta vindo do carro?— Questionou, olhando para fora da janela o capô que estava saindo fumaça.

— Ah, não!— Exclamou, colocando as mãos na cabeça.

O carro começou a sacudir, até finalmente se render no meio da avenida, o que fez um silêncio tenso se instalar pelas duas. O motor tossiu novamente, mas logo parou.

— Nem fodendo que isso ta acontecendo logo agora.— Disse Flora, suspirando.— Tia, liga para o guincho.

— Guincho demora, e além disso cobra caro.— Falou, pegando o celular do seu bolso.— Eu tenho um amigo que pode nos ajudar, ele conhece carros como ninguém.— Clarisse ligou para o homem por viva voz, torcendo para que ele estivesse livre naquele momento.

— Alô?— Uma voz masculina saiu do som do carro.

— Alô, Daniel? É a Claire. Meu carro quebrou no meio da rua, poderia me ajudar?

𝐏𝐑𝐈𝐌𝐎 𝐀𝐌𝐎𝐑𝐄 | 𝙘𝙤𝙗𝙧𝙖 𝙠𝙖𝙞 Onde histórias criam vida. Descubra agora