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Olívia 🍂.

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Fazem alguns minutos dês de que Maxim disse que seu lobo queria me conhecer. Eu aceitei a ideia e agora estamos caminhando em direção ao que eu acho ser um salão.

Maxim se mantém calado por todo o caminho. Está caminhando ao meu lado e seu rosto se mantém sério, seus olhos sombrios e escuros como uma noite chuvosa.
Hoje realmente parece que Maxim acordou de mau humor, tenho medo que isso acabe de alguma forma sobrando para mim.

Só agora noto o quão silencioso Maxim é. Só ouço sua respiração quando ele respira alto de propósito.
Seus passos são tão suaves que se ele invadisse a minha casa eu nem me daria conta.
Embora ele seja silêncioso, isso não muda o fato de ele ser da altura da porta do banheiro.
Ou o fato de ele ser um lobisomem. Sinceramente, eu sempre me envolvo em encrencas.

Isso me deixa maluca. Sempre tem algo que faz com que eu esteja envolvida com coisas absurdas.
Talvez isso se dê ao fato de minha família ser....um tanto peculiar.

Os membros da minha família são pessoas peculiares, em certo período da vida todos despertaram uma vocação.
Foi assim por séculos, mas dessa vez houve algo um pouquinho estranho.
Nasceram 7 bebês no mesmo ano.
Todos os 6 primeiros bebês nasceram saudáveis, eram 4 meninas e 2 meninos.
A sétima criança não teve essa sorte. Nasceu mais frágil do que os outros, e com doenças crônicas que prejudicaram seu desenvolvimento.

As crianças foram apresentando suas peculiaridades aos poucos.
O primeiro que nasceu um menino.
Kain, ele desenvolveu um olfato tão apurado que sentia cheiros a metros de distância.
O segundo que também nasceu menino.
Abade, desenvolveu a habilidade de ser atencioso, tão atencioso que poderia sentir a hostilidade vinda dos outros.

A terceira nasceu uma menina.
Ella, ela tinha uma voz linda, cantarolava como um anjo em um lindo coral nos céus.
A quarta, nasceu também uma menina.
Geovana, nasceu linda, sempre teve o rosto perfeito, sem nenhuma espinha ou mancha.

A quinta, que nasceu uma garotinha linda.
Flora, que aprendeu a tocar qualquer instrumento que fosse entregue em suas mãos.
A sexta. Nasceu um pouco tarde.
Eva. Que dês de pequena aprendeu a falar e a escrever. Dona de uma mente brilhante e invejável.

A sétima, nasceu prematura e fraca.
Passou por problemas na gestação, nasceu frágil demais comparada as suas primas.
Seu dom foi ridicularizado por seus parentes.
Tudo o que ela pode fazer foi ter empatia pelo próximo

Suspiro e volto ao meu mundo atual.

Maxim e eu paramos de caminhar, ele me encara ainda sério e estica a mão em minha direção.
Seguro sua mão e ele com cuidado me leva até um sofá na grande sala em que chegamos.
A sala tem uma de suas paredes feitas de vidro, que da uma linda visão para o jardim.
Bem iluminado e com flores por todos os lados.

"Olívia.." Maxim sussurra e se senta ao meu lado.
"Sim?" Indago e ele se mantém em silêncio.

Por que isso agora? Tem algo errado comigo?

Já tomei banho, então não estou fedendo nem anda do tipo.

"Posso te perguntar algumas coisas?" Ele pergunta, seu tom de voz é sério.
Acho que agora eu realmente me lasquei muito.
"Pode sim!" Permito por estar curiosa a respeito de suas dúvidas.
Seria algo sério, ou só alguma pergunta boba?

duent obsessionOnde histórias criam vida. Descubra agora