14° ♟️

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Maxim 🫀.

Estou sentado ao lado de Olívia, esperando que ela diga o que quer comer.
Alarik também está olhando para ela.

Desvio meu olhar de Alarik e olho para Olívia.

Olívia o olha com medo, seu rosto em um semblante vulnerável. Estreito meus olhos e respiro fundo antes de a repreender mais uma vez. "Não o olhe com medo. Ninguém daqui ousaria por seus dedos em você. Não importa se ele é maior ou mais forte."

Minha voz sai um pouco mais grave do que eu gostaria, ela resmunga algo, seus olhos encontram os de Alarik e o silêncio toma conta da sala.

Ela parece pensstiva, está escolhendo o que quer comer?
Quero aprender tudo o que ela gosta ou não gosta, assim será mais fácil a agradar.

Seus olhos se arregalam e noto uma irregularidade em sua respiração, o suor escorre por seus rosto e ele começa a tremer.

Seu rosto assume um semblante assutado e arrependido.

"Luna?" Alarik a chama e me levanto bruscamente.

Mecho em seus ombros e seus olhos caem sobre os meus. Seus olhos estão marejados.

NÃO.

Ela está chorando. Meu anjo está chorando, minha pequena mulher está nervosa.

"Ei...não, não chore" Tento a acalmar passando minha mão em suas costas, eu não deveria ter a repreendido, eu devo ter a assutado.

Meu lobo frente a minha consciência, ele está ansioso.

Puxo a cadeira para trás e pego Olívia em meu colo, assim que a pego no colo ela respira fundo e começa a chorar, dessa vez soluçando.

Meu coração se quebra em mil pedaços.
Ver minha mulher assim é definitivamente a coisa que mais odeio nesse mundo.

Ela enrola suas pernas em volta de minha cintura e me abraça, escondendo seu rosto em meu pescoço e fungando contra minha pele.
A seguro com meu braço direito e com meu braço esquerdo acaricio sua cabeça.
Minha pequena está chorando....

A cada fungada que ela dá sinto como se eu fosse morrer, a sua angústia é tanta.
Me sinto mal, pela primeira vez na vida me sinto um monstro, minha companheira se sente assustada.

É lógico que ela está assutada, está em um ambiente que não conhece, com pessoas que ela não conhece.
Óbvio que somos assustadores aos seus olhos, por alguns momentos me esqueci o quão sensível minha garota é...

"Eu sinto muito." Sussurro e ouço outro soluço vindo dela.
Saio da cozinha a carregando em meu colo e vou até o jardim com ela. Ando com calma para não a surpreender.

Ela ja parou de tremer, parece mais calma agora.

"Eu sinto muito." Repito novamente e me sento em um dos bancos de madeira que estão no jardim. Ela está abraçada em mim.
Ela suspira e se ajeita em meu colo, sentada de frente para mim.
Tem lágrimas em seus olhinhos, seu olhos que antes eram belos como o outono, agora estão sem vida e assustados.
Ela está apavorada. Por que não notei antes? Tudo o que fiz foi dizer que ela era a luna, não a expliquei sobre.
Deixei de tentar a confortar.

"Eu não gosto disso" Ela sussurra com sua voz trêmula, ela põe as mãos em meus ombros e uma lágrima solitária escorre em seu rosto.
"O que está te incomodando?" Pergunto enquanto faço carinho em suas costas.
Ela está tão inconsolável.

duent obsessionOnde histórias criam vida. Descubra agora