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Olívia 🍂.
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Fazem alguns minutos dês de que o garoto sem nome desmaiou e acabou caindo em cima de mim.

Alaska o levou para algum quarto e minha preocupação mudou.

Ele foi desprezado por ser fraco.
Se eu estiver certa, com certeza eu serei a próxima a receber esse tratamento hostil.
Quero evitar isso, mas pra isso tenho que estar o mais longe possível.

Ainda no campo mantenho meu olhar fico em Maxim.
Meu medo por ele cresceu, ele vai me matar, eu tenho certeza.

"Se machucou?" Maxim pergunta e caminha em direção.
Não, não me machuquei, mas vou se eu continuar vivendo aqui.

Inferno.
Eu não deveria ter me acomodado a ficar aqui, esse lugar não me pertence, aqui só tem homens.
Homens fortes e grosseiros, até agora tenho sido bem tratada, mas não sei ate quando esse bom tratamento irá durar.

Maxim está parado a minha frente com seu cenho franzido. Seu olhar grita confusão.

Desvio meu olhar e encaro a porta que leva até a sala principal da grande mansão.

Esse campo deve ser os fundos, seguindo esse raciocínio.
A porta da frente deve ser na direção contrário de onde estou agora.

Se eu fugir daqui eu vou estar desempregada e sem lugar para morar.
Todas os meus bens estão aqui, a essa altura meu patrão já me demitiu.
Além de que minha família não está interessada em mim.
Então se eu morrer aqui, para eles não fará a mínima diferença.

O que eu fiz?

Ou melhor. O que foi fazer?

Eu não sei quais são os planos de Maxim para mim, mas duvido muito que sejam planos de paz.
Vou fugir? Ainda estamos na América?

Fico e aceito meu destino?

Sinto mãos fortes abraçarem minhas costas.
Maxim acaba de me abraçar, eu não quero que ele me abrace, mas ao mesmo tempo é confortável estar em seus braços.

Como posso achar conforto no motivo do meu medo?

"Te assustei de novo?" Maxim passa as mãos por minhas costas as acariciando.

Afirmo com a cabeça e o sinto subir sua mão até minha cabeça e a encostar em seu peito.

"Me odeia?" Maxim pergunta fazendo carinho em minha nuca e me puxando para mais perto dele.

Ódio.

Ódio é o pensamento mais sujo que existe. É capaz de destruir pessoas, famílias, corações, sonhos e a alma.
Eu tenho medo da situação que estou, e tenho raiva por isso.
Mas eu não o odeio, não é só culpa dele que eu esteja aqui, que eu tenha machucado a minha mão e nem que eu esteja com medo.

Nego com a cabeça me sentindo um pouco mais relaxada.

"Então você me perdoa?" Outra vez Maxim me questiona.
Afirmo com a cabeça e ouço um suspiro aliviado vir de Maxim.

Por que eu teria que perdoa-lo??
Não foi a mim que ele machucou, mas eu o perdôo por me assustar, se é isso que ele quer.

duent obsessionOnde histórias criam vida. Descubra agora